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Foi um martírio para Camille e Bella se despedirem, passavam das uma da manhã quando a jovem adentrou o apartamento, em seu corpo a blusa da gerente a esquentava e junto sentia seu perfume adocicado. Estava feliz, queria não ter se despedido, queria poder beijar aqueles lábios que era muito melhor que em sonho. Jamais imaginou que sua chefe tomaria tal atitude, e que o que nutriam uma pela outra era recíproco.

Depois de tomar seu banho e comer um sanduíche, pegou seu celular e notou a ausência de mensagens do numero desconhecido, apenas mensagens de Mônica, e dos pais de sua amiga que encheu sua caixa de notificação.

— Estou bem amiga, não se preocupe. – tratou de responder Mônica assim que leu as mensagens, esta estava preocupada.

— Caralho Bella, por que não me respondeu?

— Estava com minha chefe na praia, conversando, não vi sua mensagem.

— Só conversando? A essa hora? – indagou

— Eu cheguei já tem um tempo, relaxa, só isso mesmo curiosa. Agora eu preciso dormir estou com sono e cansada - digitou e largou o aparelho no balcão para lavar o copo de suco e o prato em que lanchou.

— Ok, até amanhã. Boa noite, te amo pintinha.

— Também amo você!

Depois de ter escovado os dentes, deitou e se permitiu pensar em Camille, no quanto foi bom ter passado aquele tempo na praia, e na volta para casa o quanto tinham coisas em comum, outras nem tanto assim. Se arrependeu de não ter lembrado de pedir seu número.
Pegou a blusa de frio da gerente e dormiu agarrada a ela sentindo o cheiro que inalava suas narinas.

         °°°
As oito em ponto, Mônica após sair do departamento se encontrava no apartamento de sua tia tocava a campainha sem parar. Estava irritada por x motivos e esperava resolver todas as questões antes de ir embora. Quando sua tia abriu a porta, saiu entrando sem nem dar bom dia para a mais velha.

— Eu posso saber o que deu na sua cabeça para agredir o Diogo? Você quase arrancou o nariz dele fora! – concluiu encarando Camille que ainda estava aérea.

— Ele ia abordar Bella novamente, estava bêbado, fora de si apenas impedi, contrariado veio para cima e eu me defendi, apenas isso, defesa! – afirmou — defesa de um homem que ia agredir uma mulher.

— Mandasse para a delegacia algemado, mas não tentasse nada. Olha só a sua mão está até machucada. Quando eu falei de ter seguranças para Bella, não estava falando para você se envolver desta maneira. – disse Mônica menos alterada.

— Não tivesse pedido então porra, como eu ia adivinhar que era logo ela, a menina que fica martelando na minha mente dia e noite. Fiquei puta ao saber o que estava acontecendo, eu posso maneirar, mas não vou deixar esse desgraçado encostar nela. – Camille devolveu no mesmo tom, fazendo Mônica prestar atenção nas palavras.

— Como disse? Martelando sua cabeça? – perguntou para ter certeza, mesmo ciente do que poderia ser.

— É isso aí que você ouviu! Eu gosto dela, é a primeira vez que me permito gostar de alguém depois da Malu, primeira vez que estou me dando essa oportunidade para tentar ser feliz novamente e se não acontecer continuo como sempre, me lamentando. – a gerente declarou guiando seu corpo até a cozinha, ambas ainda estavam paradas perto da porta fechada. — vem vamos tomar café.

Mônica a seguiu processando as palavras de sua tia, de fato era a primeira vez que ouviu tanta convicção na voz da mais velha, porem tinha medo que Bella não correspondesse, temia que ambas sofresse nesse envolvimento, as duas já tinham traumas demais para viver mais um.

Aos Seus Pés - Romance Lésbico - Concluída(Sem Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora