Alerta de violência no meio do Capitulo.
<~<~>~>Anabella como das outras vezes acordou de madrugada sentindo dores nas costas mudava de posição na intenção de aliviar a dor, mas com isso já não conseguia voltar a dormir. Levantou um pouco a cama para ajeitar a coluna, estava sozinha no quarto não deixava que dona Sônia ficasse com ela. Naquele momento sentiu falta de Camille da mulher que segurava suas mãos e sussurrava bobeiras para ela ouvir. Olhou para o lado e pegou o livro debaixo do seu travesseiro, mesmo com certa dificuldade estava conseguindo ler era o mesmo que a gerente tinha levado quando ela ainda estava de coma. -A menina feita de espinhos - passou os dedos pela capa e antes de folhear levou até as narinas e sentiu o perfume da mulher empreguinado nas páginas, parecia que ela dormia e acordava com o livro.
...- Pelo contrário eu estou amando esse livre, eu me sinto essa menina às vezes no quesito espinho. Eu os tenho e isso te machucará, mas como são invisíveis já te machuquei. Eu não queria ter jogado esse muco venenoso e te afastar assim, eu acho que te amo também porque quando você não está aqui meu peito dói de saudade, as lagrimas descem sem permissão, eu acho que eu te amo também porque no meu futuro eu te vejo lá, na minha formatura eu te vejo sentada e quando meu nome ecoasse pela caixa de som eu veria você se levantar e bater palmas junto com a Mônica e sua família, quando olho meu futuro eu vejo uma casa que é só nossa, e bichos de patinhas, eu acho mesmo que eu amo você porque eu me sinto uma idiota por ter te tratado mal quando na verdade eu deveria ter lhe beijado e agradecido por tudo que você fez e pela sua dedicação em querer cuidar de mim. É eu tenho certeza, eu amo Camille Barcellar. Mas agora já é tarde. - Bella dizia baixo com o livro e colar em mãos se arrependia de ter mandado sua chefe embora e não tinha coragem de enviar uma mensagem com medo de ser ignorada.
Leu até o sono tomar conta de si novamente, seria liberada para ir embora daqui uns dias mesmo sabendo que ficaria acamada não via a hora de sair do hospital e ficar mais à vontade, faria sua faculdade a distancia, iria se distrair. Era bem melhor que qualquer coisa naquele momento.
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Do outro lado da cidade Diogo era levado para a prisão, foi preciso manter na cela para cuidados, e depoimentos onde ele afirmou ter abusado de Anabella
-Não é querendo ser machista como vocês mulheres falam, mas eu sou homem e tenho necessidade. E ela estava lá um pouco bêbada talvez, porém não ouvi o famoso "não". Ou seja, ela permitiu. - O rapaz disse olhando fixamente para a delegada, dando um sorriso de canto.
Depois de todo o processo estava no camburão do lado de fora esperando para entrar, os carcereiros empurraram o rapaz para dentro do seu novo lar. Estava tudo silencioso dando a entender que os presos estavam dormindo. Depois de ser revistado e trocado de roupa um guarda o levou para sua cela, onde mais três detentos dormiam ou fingiam dormir, pois quando a cela foi aberta todos se levantaram. Diogo olhou assustado para os homens grandes em sua frente, virou para o carcereiro e perguntou se não tinha uma cela para ele sozinho fazendo seus amigos de dormitório gargalhar chamando sua atenção.
- Então a princesa não consegue dormir acompanhada? - falou o detento maior.
- Acho que ela precisa de ajuda chefia - disse outro homem alto.
- Por que você está aqui?
- Briga pequena
- Esse arrumou briga com a Agente Barcellar essa cara quebrada aí foi ela, fiquei sabendo que só não morreu porque a delegada apareceu. - disse o carcereiro em tom baixo.
- Ela pegou minha mulher - Diogo tentou se defender.
- Porra logo com ela, dá pra ver que os machucados tem personalidade - falou o chefe e todos gargalharam e pedidos de silencio foi feito.
- Rapazes se comportem e deem a boa vinda direito para seu parceiro de cela. - O carcereiro avisou empurrando o ex de Bella. - Rapazes esse aí é completo - falou piscando, saindo para a ronda.
Os presos se entreolharam e permaneceram quietos, Diogo deitou na cama com medo achando que algo aconteceria, mas ao que parece seus companheiros não fariam nada.
Pela manhã foram todos liberados para o café e mais tarde banho de sol, Diogo ficava retraído em um canto tentando não chamar atenção dos outros o que ele não queria era a vaia por ser novato.
Na janta quase passou mal pela comida, achou tudo muito ruim. Pensava que seu pai tinha que o tirar logo da cadeia, pagar sua fiança e sair daquele lugar imundo.
Antes do toque de recolher estava no banheiro com outros detentos escovando dente, aos poucos foi esvaziando e quando terminou de enxaguar a boca ouviu uma tranca fechar a porta, olhou pelo espelho e viu o total de 5 homens em pé com braços cruzados três deles era seus colegas de cela.
- O que vocês vão fazer? - perguntou com medo.
- Cala a boca princesa - chefia respondeu se aproximando e segurando Diogo pela nuca - seus príncipes encantados estão aqui para serem servidos, e te aconselho a não dar nenhum pio.
- Eu tenho dinheiro, pedem e eu pago - falou quando foi virado brutalmente de frente para os outros detentos.
- Já falei pra calar a boca porra - um deles de estatura média acertou seu rosto com um soco. - A gente vai acertar as contas de outra maneira - Max desceu suas calças. - Ficamos sabendo de muita coisa que você aprontou e uma delas era abusar de meninas indefesas não era? Sabe o que a gente faz aqui com esses caras? Damos o mesmo tratamento pra ver se ele acha gostoso. - Chefia disse fazendo aceno para outro homem.
- Não, por favor. - Implorou, mas já era tarde o homem o espancou e violentou sexualmente. Deixando Diogo sangrando no chão, mas chutes e socos foram desferidos em seu corpo e rosto.
-Isso é pra você aprender a nunca mais abusar de uma mulher e muito menos agredi-la seu covarde de merda - chefia disse cuspindo no rapaz. - Não! Melhor, chega aqui matador - chamou o outro parceiro. - Asfixia logo esse desgraçado.
Enquanto Diogo estava sendo morto no banheiro, os carcereiros rodavam despreocupados. Era assim, sabiam que abusador não paravam ali nem um dia se deixasse e este era o caso do rapaz dando por encerrado. Viva para cumprir seus crimes e morra por cometer um com mulher, esse era o lema deles na cadeia.
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De manhã bem cedo enquanto a delegada estava dormindo seu telefone tocou soando pelo quarto.
- Amor desliga isso - uma voz doce falou reclamando.
- Alo - disse a mulher saindo do ambiente escuro.
- Desculpe incomoda-la delegada, mas o detento que deu entrada ontem Diogo Cabral encontra-se morto.
-Eu já imaginava, daqui três horas eu apareço na prisão. Sabe me dizer se desconfia de alguém? - perguntou desconfiada.
- Achamos que uns dos carcereiros vazou informação e o chefia ficou à frente - disse o soldado.
- Porra, chefia não vai sair nunca da cadeia assim. Tudo bem, mas tarde eu vou aí. - Completou e desligou.
Antes da delegada voltar para a cama pensou em Mônica e Camille essa notícia mesmo ruim fará alguém feliz.
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Aos Seus Pés - Romance Lésbico - Concluída(Sem Revisão)
RomanceDuas mulheres com traumas, ambas por terem perdido pessoas que amavam. Anabella Vieira e Camille Barcelar são pessoas marcadas pelo passado. De personalidades fortes as duas têm dificuldades de confiar nas pessoas e manter vínculos. Depois de várias...