— Mae cheguei com uma visita surpresa. - Laura gritou assim que abriu o portão.
— Trouxe minha farinha? Quem é essa gente Laura? - Isaura questionou.
— É Belinha mãe, filha do seu Osvaldo, sua memória ta ruim mesmo hein, essa moça aqui é noiva dela. Vou lá buscar a farinha quando vi o carro parando em frente à casa dele fiquei olhando já que o homem não recebe ninguém. - Laura disse e saiu.
— Anabella, quanto tempo minha filha, vem cá me dá um abraço - Isaura pediu tirando o avental do corpo.
— Muito tempo, saudades da senhora. - A jovem abraçou a mulher de face cansada e puxou Camille que estava quieta demais. — Essa é Camille. - Apresentou sua noiva fazendo Isaura analisar a agente
— Suas intenções?
— As melhores. - Camille respondeu se sentindo desconfortável.
— Então seja bem vinda, essa menina é como uma filha cuida bem dela, a vida já foi dura demais. - A mais velha pediu olhando Camille nos olhos e apertando sua mão.
— Claro.
Isaura levou a visita para sala, ofereceu bolo e café, quando sua filha chegou com a farinha terminou de preparar a massa para o pão e voltou para o cômodo em seguida.
Anabella contou tudo o que passou desde quando saiu de sua cidade indo para o Rio de Janeiro, deixou as três mulheres de boca aberta, até Camille que sabia a história porem não detalhada como Bella fez agora.
— Graças a Deus que esse anjo apareceu na sua vida, imaginar você dormindo na rua me parte o coração. - Isaura disse se referindo a Mônica quando Bella mencionou ter lhe ajudado a estabilizar.
— Quero conhece-la porque não trouxe junto Belinha? - Questionou Laura
— Não era preciso. E Camille já está comigo me dando suporte. - respondeu Bella.
— Mas minha filha agora falando de assunto sério, você quer mesmo ver seu pai?
— Preciso tentar dona Isaura, o que acontecer depois disso eu não sei, mas estou ciente que é necessário. - A jovem disse convicta.
— Bom, se você está aqui depois de tudo o que houve então acredito em você. Mas foi o que eu te falei ele está muito doente a bebida acabou com Osvaldo, agora só fica no quarto a fraqueza não deixa mais se levantar. Dona Maria cuida dele todo dia, vai de manhã, a tarde e à noite. Laura pode ficar com você se achar melhor.
— Eu posso ficar com ela. - Camille se adiantou
— Ninguém ficara comigo. - Bella disse cortando qualquer tentativa das mulheres. — Farei isso sozinha.
Depois de terminar o café Bella saiu com Camille para a casa que morava, decidiu parar de enrolar e entrou fechando o portão em seguida. A porta estava aberta então não viu problemas. De mãos dadas com Barcellar parou no meio da pequena sala, viu que apenas os moveis estavam mudados e outros permanecia os mesmos. Viu os portas retratos onde tinha foto dela com sua mãe sorrindo, conteve a emoção e olhou para Camille.
— Me espera aqui se eu precisar de algo eu te chamo, está bem?
— Ta bom! Qualquer coisa.
Anabella assentiu e caminhou até o quarto que era de sua mãe com Osvaldo. A porta estava aberta dando a ela visão do seu pai deitado na cama imóvel de olhos fechados.
— Pa...Pai - a jovem chamou sentindo sua voz falhar na palavra. Viu o homem abrir os olhos e olhar em sua direção. — Posso entrar?
— Anabella, filha você voltou. - Osvaldo disse com a voz baixa. — Entra por favor, eu ouvi sua voz do lado de fora, mas não estava acreditando.
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Aos Seus Pés - Romance Lésbico - Concluída(Sem Revisão)
RomanceDuas mulheres com traumas, ambas por terem perdido pessoas que amavam. Anabella Vieira e Camille Barcelar são pessoas marcadas pelo passado. De personalidades fortes as duas têm dificuldades de confiar nas pessoas e manter vínculos. Depois de várias...