O filho do pastor

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POV ANY

Já faz 1 mês que eu estou aqui e as coisas não estão indo como eu pensava que seriam. Eu me enturmei, fiz algumas amizades, entrei pro grupo de líder de torcidas, mas não estou indo muito bem nas provas. Minha notas não são tão boas, eu não consigo seguir o ritmo desse povo. Eu só estudei até o 3 ano do ensino médio, assim como todos os meus amigos da máfia.

Nós só estudamos até o 3 ano e depois nos dedicamos única e exclusivamente a máfia. E mesmo assim, quando estudamos não damos nosso melhor por estarmos exaustos com tudo o que acontece conosco. Mas só que longe da máfia e sem todo esse drama, eu tenho que me tornar uma adolescente normal, que estuda como todos os outros e isso é difícil. Mas difícil do que eu imaginei.

Ontem o professor de história pediu para que eu ficasse até mais tarde, pois ele queria conversar comigo.  Eu acordei 6:00 am como sempre, e fiz toda minha rotina matinal. Hoje optei por deixar meu cabelo preso em um rabo de cavalo baixo. Decidi que meu look de hoje seria um top branco, uma calça jeans clara soltinha e meu tênis da fila.

Desci e fiz meu café da manhã, decidi fazer um café já que estava com sono ainda e um pão com manteiga na chapa. Após terminar de comer eu subo novamente e faço minha maquiagem de sempre, mas passo uma sombra meio marrom e um pouquinho de iluminador. Após isso eu passo meu hidratante e perfume de morango, pego minha mochila e desço em direção ao estacionamento.

No caminho para a universidade eu fui penando em como minha vida tem mudado de um tempo pra cá, estou com saudade dos meus pais e meus amigos. Mas eu também estou amando ficar aqui e cuidar mais de mim. León me ligou algumas vezes mas eu rejeitei todas elas. Será que é tão difícil entender que eu não quero ficar perto e nem saber dele? Estava pensando tanto que quando vi já tinha chego na escola.

As pessoas me tratam normalmente agora, além do que já estou aqui já 1 mês né, nada mais justo. Ao entrar na universidade eu me deparo com o grupinho do Belmont. Eles estão sempre lá quando eu chego, e ele sempre me olha de cima a baixo, mas eu sempre finjo que não vejo mesmo observando todos os movimentos dele quando eu posso.

Nós nunca nos falamos, apenas nos encaramos em algumas aulas. As vezes ele encara tanto que eu sinto minhas bochechas queimarem involuntariamente. Mas eu não entendo o motivo dele me olhar tanto, já que ele namora a Taylor, que por sinal é muito linda e parece ser uma pessoa muito simpatica.

Com as meninas eu falo só o necessário nos ensaios de líder de torcida. Não que eu não goste delas, elas são muito legais e simpáticas, mas não temos tanta intimidade já que eu ando com meninas não tão populares.

Já Bailey e Noah já me abordaram várias vezes em festas e até mesmo nos corredores da universidade. Aqueles lá não cansam e parece que eles estão em uma disputa entre eles para conseguir algo comigo, mas se depender de mim, isso não vai acontecer.

Estou saindo da sala de história e me deparo com o professor conversando com Joshua do outro lado do corredor e o mesmo está apenas assentando com a cabeça. Quando ele me vê, ele abre um sorriso e assente de novo para o professor sem tirar os olhos de mim, me fazendo olhar para o outro lado corada.

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Estamos na última aula, e essa eu tenho com o Belmont. Estava guardando meu material quando ouço o diretor falar no auto-falante da universidade. 

- Ana Accola e Joshua Belmont, por favor comparecer a sala dos professores quando a aula acabar.- Diz o diretor.

Eu olho para Joshua que está olhando para mim e fico me perguntando o que será que querem com nós dois. Ah, e eles me chamam de Ana Accola já que eu não posso ser reconhecia como Any Gabrielly Rolim Soares. O sobrenome dos meus pais é conhecido por todos por serem mafiosos perigosos e eu não posso correr o risco de ser presa.