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POV ANY

                         Atualmente

Meu nome é Any Gabrielly Rolim Soares. Eu tenho 18 anos e moro em NY. Eu faço parte da maior máfia dos Estados Unidos junto com minha mãe. Eu sempre morei aqui, então, tudo o que eu sei, vem daqui. A adrenalina corre solta nas minhas veias.

Eu não conheci meu pai. Ele morreu antes de eu nascer, mas Ron sempre cuidou de mim como uma filha e eu o considero meu pai, e sempre deixei isso claro. Minha mãe sempre me conta a história deles, desde de a época da escola, até o casamento dela com Ron. E sim, ela me contou sobre o tal bebê desaparecido. Até hoje ela não contou para ninguém que ela que sumiu com ele, só eu sei disso.

Aqui é meu lar. Não só um lugar onde eu moro, mas o lugar onde eu me encontro, onde eu posso ser feliz e não me preocupar com o que os outros acham de mim. A não ser meu pai, que sempre espera o melhor de mim. Ele nunca chegou a me cobrar nada, mas eu vejo em seu olhar a confiança que ele põe em mim.

Mas apesar de amar o que eu faço e amar estar aqui com as pessoas que me fazem bem, eu pedi afastamento das atividades. Eu não estou passando por um momento muito bom, na real, é um momento bem delicado que eu não estou sabendo muito bem como lidar.

Eu sempre fui uma menina muito sorridente e aberta com as pessoas. Nunca abaixei a cabeça para ninguém, muito menos para homem nenhum que não fosse minha mãe e meu pai. Sempre contei tudo para minha mãe, e ela sempre fazia o mesmo comigo. Mas isso parou de acontecer quando meu pai disse que seria legal se eu namorasse com um de seus homens de confiança.

E não sabendo como recusar isso, eu aceitei. Sempre deixei claro para León que eu não sentia nada por ele, enquanto ele sempre disse que me amava mais que tudo no mundo. É óbvio que nos beijávamos e tínhamos relações, eu sou mulher e tenho meus desejos, mas nunca foi algo que tivesse paixão. Mas León nunca chegou a me desrespeitar. Quando eu falava que não queria, ele concordava e não insistia.

Até o dia em que meu pai decidiu dar uma festa na sede. Naquele dia León passou do limite na bebedeira e não tinha mais controle sobre suas ações. Até a hora em que ele me puxou para o quarto dele e me forçou a tirar minha roupa e transar com ele à força. No dia seguinte eu me senti uma pessoa imunda, mas mesmo assim criei coragem e terminei com ele.

Depois desse dia, eu nunca mais contei nada para minha mãe, e até evito ficar perto dela pois sei que vou acabar contando e não posso fazer isso. León é sobrinho de Ron, e eu não queria causar uma discórdia na família, pois sei que isso afetaria toda a máfia. Então, ninguém a não ser eu, ele e Deus sabemos o que aconteceu naquele dia.

Depois desse pequeno trauma que eu passei, não venho conseguindo me concentrar nos deveres que eu tenho com a máfia. E eu não gosto disso, já que sou da família do chefe e sempre gostei de fazer as coisas com total excelência. Então pedi para que me afastassem por alguns meses, para que eu colocasse as coisas em ordem.

Decido que vou para LA fazer faculdade. Uma coisa que nenhum dos meus amigos fizeram, já que os deveres e obrigações da máfia ocupam bastante tempo e exigem total dedicação. Eu estou indo para a universidade mais cara de LA, já que todos sabem que dinheiro não é o problema aqui. Neste momento estou me despedindo de todos.

Não estou deixando somente minha mãe e meu pai para trás. Todos os meus amigos de infância estão e trabalham aqui. Sina, Lamar, Krystian, Sabina, Shivani, Sofya e Savannah são meus companheiros de vida toda, e eu vou sentir muita saudade deles.

Depois de muita choradeira, abraços e beijos eu vou até o aeroporto, usando minha identidade falsa, já que poderiam reconhecer meu sobrenome. Eu vou ficar morando em um triplex perfeito que encontrei por lá. Não me importei com o valor, só em saber que isso ia me fazer bem.

O filho do pastor Onde histórias criam vida. Descubra agora