Capitulo 5- Respostas

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Tomoe abraçou Yoko e ela a abraçou de volta sorrindo, os outros sem entender o que estava acontecendo ficaram estáticos em seus cantos, sem graça e Tomoe disse:
-Quero que conheçam minha tia, Yoko! -ela disse feliz e Yukiteru estranhou dizendo:
"Mais uma tia feiticeira?"
-Aparentemente...-Misaki disse.
-Sejam bem vindos a Neji- Yoko disse- peço desculpas pela primeira impressão que demos -ela se curvou a eles- ele é treinado para isso. É uma área muito sagrada para nós. -Yukiteru se ajoelhou e pediu desculpas por ter invadido seu templo se atirando e com as palmas da mão batendo ao chão e Misaki o puxou pelas vestes constrangida.

Em seguida, Ayano foi levada ao centro de cura. Yoko ofereceu uma pequena estadia a eles, que cansados, aceitaram, e assim cada um passou a ter seu quarto. Ayano estava dentro de um ofurô com a água quente, paralisada ainda sobre tudo que havia acontecido, deixava escapar umas lágrimas e emergiu na água por uns segundos e quando ouviu alguém bater na porta saiu rapidamente e passou as mãos em sua cabeça e em seu rosto tirando a água dele. Colocou uma toalha envolvendo seu corpo e abriu a porta e não havia ninguém, ela estranhou e colocou um roupão vermelho que haviam deixado para ela, ouvia alguém chamando seu nome e assim foi em direção até sair do templo.

Ouvir:


-Ayano! -ela ouviu a voz e quando se virou deparou-se com o espírito de Kirihara envolvido por uma luz azul brilhante, ela correu até ele e o abraçou com lágrimas nos olhos- querida, você precisa ser forte. Você é o meu bem mais precioso desde a perda de sua mãe, não quero vê-la por esses lados tão cedo. Você resistiu, foi muito corajosa. Está na hora de Kyoto ter sua primeira Imperatriz.
-Mas eu tenho medo -Ayano disse- nunca saberia como governar como você, meu pai.
-Você tem o sangue real em suas veias e quando sua mãe partiu, você me deu forças para ser quem eu fui até o final dos meus dias. Haverá uma grande guerra e eu quero que lute e continue viva para nosso império não padecer aos desejos sombrios de meu irmão.
-Por que ele fez isso? -Ayano disse chorando e com raiva- eu vou matá-lo.
-Não. Não é seu dever de matá-lo. Mas sim, de lutar. Os tempos serão difíceis daqui em diante e eu estarei aqui -ele segurou sua mão e seu espírito se dissipou no ar.

Ayano havia sentido o poder nas palavras de seu pai e ficou pensativa sobre o assunto, Tomoe apareceu na sacada olhando fixo para a princesa de longe imaginando como seria seus dias daqui para frente, finalmente havia chegado em Neji e nem sabia como começar os flashes que começou a ter sobre os últimos momentos no palácio em frente Xuan a atormentava, ver seu amigo morto estirado ao chão e depois um branco estava em sua mente. Por algum motivo não conseguia se lembrar do que havia feito e se incomodava com isso, pensou ser uma ilusão , mas sabia que aquilo era real.

Ouvir:


No palácio de Crista, Xuan andava impaciente pelos cantos do salão real e ordenou que os soldados trouxessem o prisioneiro. Ao adentrar, Kazuo continuava se debatendo, com marcas e feridas em seu rosto, e suas vestes partidas ao meio. Ele foi arrastado no meio do salão pelo tapete vermelho até chegar no trono imperial, foi colocado de joelhos pelos soldados que se posicionaram ao lado com as lanças a mão.
-Ótimo trabalho, homens -Xuan disse e os olhos verdes dos soldados brilharam e eles abaixaram a cabeça, o reverenciando. O imperador fez um sinal com a mão para os soldados deixarem o salão e assim eles fizeram. Ele desceu as escadas e Kazuo se levantou ofegante para encará-lo.

Lendas De Kyoto: O Código SamuraiOnde histórias criam vida. Descubra agora