Overlord: Os Nove Supremos - Os Reis de Nazarick

Interlúdio - 1

Três dias haviam se passado desde o dia em que a Grande Tumba de Nazarick, junto de todos que estavam em seu interior, haviam sido transportados para um novo mundo. Nesse momento, no meio da noite, Touch Me, seguido por Sebas, observavam as estrelas no mausoléu exterior.

Claro, o Sexto Andar também possuía um céu noturno estrelado, construído por seu amigo, Blue Planet. Mesmo assim, para Touch Me, o céu do Sexto Andar, embora belo, perdia em realidade quando comparado com o céu que brilhava sobre ele.

"É verdadeiramente um belo cenário, não?"

Virando-se para o dono da voz que havia falado essas palavras, Touch Me viu como o seu amigo de aparência esquelética se aproximava. Ainda vestindo seu manto negro, Momonga se aproximava a passos lentos de Touch Me, com Albedo seguindo-o.

"De fato, é um belo cenário."

Touch Me apenas murmurou isso antes de voltar seus olhos em direção às estrelas mais uma vez. Sebas, que estava por detrás de Touch Me, fez uma reverência em direção à Momonga, mas foi detido por um gesto do mesmo.

Enquanto isso, os pensamentos de Touch Me vagavam para um lugar distante, imaginando uma coisa mais distante do que os seus olhos podiam ver. Até mesmo mais distante do que aquelas estrelas daquele céu.

"E então, Momonga-san? Por quê você me chamou até aqui?"

Momonga encarou Touch Me, que havia perguntado isso, durante alguns segundos. O silêncio foi tudo o que reinou entre os dois amigos, sem que qualquer palavra fosse falada nesse momento.

Finalmente, quando os olhos de Touch me vislumbraram Momonga mais uma vez, Momonga falou, como se os seus pensamentos também regressassem.

"Você esteve muito calado nas últimas reuniões. Não fui apenas eu que me senti preocupado com você por causa disso."

"Fuhuhu..."

Touch Me riu para as palavras de Momonga. Mesmo assim, Momonga sabia; aquela não era a risada de uma pessoa feliz, ou o risada de alguém que estivesse zombando de outra pessoa. Momonga já havia visto aquele sorriso em seu passado, como o assalariado Susuki Satoru.

Aquela era uma risada autodepreciativo.

Momonga — Susuki Satoru — já havia encontrado essa mesma risada autodepreciativa em um de seus companheiros de trabalho no passado. No dia seguinte em que ele riu daquela forma, o companheiro de trabalho de Susuki não foi trabalhar, e nunca mais se ouviu falar dele na empresa.

Aquela era a risada de um homem que havia desistido de tudo.

E isso deixou Momonga muito zangado.

"Me siga."

Removendo um item de seu inventário; um pequeno colar com um pingente na forma de uma asa de pássaro de cor azul e entregando-o para Touch Me, Momonga entoou a magia [Fly] e flutuou para o céu. Albedo, que estava atrás dele, bateu suas asas e decolou atrás de seu mestre, o qual ela deveria proteger.

Touch Me havia sido surpreendido pela ação de Momonga, mas reagiu pegando um item similar em seu próprio inventário e dando-o para Sebas, afinal, ele também possuía tal item, e depois, Touch Me voou para o céu, atrás de seu amigo.

Quando ambos haviam subido uma boa altura, que lhes havia proporcionado uma excelente vista, Momonga parou. Com um gesto de sua mão, nem Albedo nem Sebas ousaram se aproximar de onde Momonga estava, mostrando que nenhum dos dois tinha permissão para ouvir o que seria conversado.

Mesmo que Albedo quisesse proteger Momonga, vendo-o tão sério, ela não tinha coragem para pedir para se aproximar. Tudo o que ela poderia fazer nessa condição seria pedir que Touch Me, que tinha um alto poder defensivo, o protegesse caso algo acontecesse.