Overlord: Os Nove Supremos - Os Reis de Nazarick

C.12 - O Vilarejo Carne - Negociação e Nunca Perca sua Humanidade parte 2

Aos poucos, a imagem de cinco silhuetas saindo de dentro da floresta de Tob revelou-se para todos os aldeões do vilarejo. A tensão que antes permeava o ambiente foi totalmente dissipada no momento em que eles reconheceram as cinco silhuetas que se aproximavam.

Eram três de seus salvadores, o estranho Death Knight que eles controlavam e Enry Emott, a qual pertencia a esse vilarejo.

A primeira em reagir a chegada deles, lógicamente havia sido Nemu, irmã mais nova de Enry, a qual havia sido deixada no vilarejo com antecedência. Vendo como sua irmã se aproximavam,  Nemu começou a correr na direção de Enry.

Todos os aldeões sorriram de alegria ao ver como a jovem se aproximavam deles, ainda com vida apesar de toda calamidade que havia caído sobre o vilarejo. Mas logo, os seus sorrisos foram substituídos por expressões de espanto.

Nemu parou de andar, e seu sorriso também foi substituído por uma expressão de medo. Logo depois, ela começou a correr com ainda mais força o mais rápido que ela pôde em direção a sua irmã.

As roupas de Enry estavam cobertas de sangue.

Não apenas as roupas de Enry estavam completamente cobertas de sangue em toda a frente de seu corpo, mas também a espada que ela carregava. O fio da espada que havia sido entregue a ela estava coberto pelo vermelho do sangue, e algumas poucas gotas ainda pingavam de tempos em tempos.

"Nee-chan! Nee-chan está bem?"

Enry estava com um olhar parcialmente vazio em seu rosto, em um estado quase morto para aqueles que a viam, mas no momento em que as mãos de Nemu tocaram seu corpo os olhos de Enry abaixaram levemente, chegando a altura de sua irmã. Vendo a irmã que parecia prestes a derramar lágrimas, os olhos de Enry recuperaram um pouco de seu foco e ela sorriu para Nemu.

"Está tudo bem, Nemu. Eu estou bem."

Enry forçou um pequeno sorriso nos cantos de sua boca, o que acalmou um pouco a expressão de preocupada da Nemu. Mesmo assim, algumas lágrimas ainda saíram de seu rosto quando ela o enterrou gentilmente nas roupas de Enry.

Aos poucos, os aldeões começaram a se aproximar, cada um deles preocupados com o estado de Enry, mas uma vez que eles observassem que a jovem estava sem nenhum ferimentos eles se abstinham de falar qualquer coisa. Eles provavelmente puderam perceber pelos olhos de Enry, que estavam tão vazios quanto os olhos de uma pessoa morta, que ela não iria querer falar no assunto.

"Momonga-sama. Nós somos realmente gratos ao senhor e aos seus companheiros. O senhor e os seus companheiros não apenas salvaram o nosso vilarejo como também foram piedosos o bastante para fornecer cura para todos as pessoas no vilarejo que estavam feridos. Realmente, não haveria dinheiro que pudesse pagar tudo isso."

Momonga desviou os seus olhos para o líder do vilarejo, o qual deveria ser a pessoa que melhor estava acostumada com situações como essa por ter viajado bastante para outras cidades. Apesar de os seus olhos estarem presos a Enry, que estava coberto por sangue que claramente não pertencia a ela, ele ainda poderia conter todas as perguntas que estariam atormentando sua mente e falar como se nada estivesse acontecendo.

"Não se preocupe por isso."

O mínimo que Momonga deveria fazer, como assalariado e homem de negócios, seria agir da mesma forma que o chefe do vilarejo e ignorar o clima tenso que se formava ao redor deles. Agir como se tudo estivesse normal, embora fosse quase impossível para Momonga devido ao olhar de seus companheiros que estavam presos a ele, ainda era algo que ele tinha que atuar a todo custo na frente dos aldeões que eles haviam salvo.

"Agora, chefe do vilarejo, será que poderíamos conversar em privado? Isso tornaria as nossas negociações mais fáceis."

"Cl- Claro, Momonga-sama. Por favor, me acompanhem!"