C.15 - Confronto - A Resolução de um Guerreiro

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Depois de caminharem até o vilarejo Carne, Momonga e seus companheiros, juntamente de Gazef seu bando de guerreiros, explicaram a situação para o chefe do vilarejo e para os demais aldeões. A tensão que antes permeava através dos preocupados aldeões agora desaparecia, deixando no lugar apenas alguns sorrisos complexos.

Gazef não poderia culpar esse tipo de reação por parte dos aldeões.

Aqueles que realmente deveriam protegê-los - Gazef e seu bando de guerreiros - chegaram tão tarde que, se a vida dos aldeões realmente estivesse nas mãos deles, então todos já estariam mortos. Não é estranho que, enquanto os aldeões apenas sentissem gratidão por aqueles que os salvassem, a forma como eles viam Gazef e seu bando fosse um pouco distinta.

Não é como se os aldeões odiassem Gazef e seu bando por chegarem tarde, afinal eles eram apenas humanos assim como os próprios aldeões. Mas a confiança que os aldeões tinham nos cavaleiros do reino de que eles viriam salvá-los já não existia, e eles já não viam Gazef e seu bando com a mesma admiração de antes, e agora essa admiração se dirigia aos sus salvadores.

Os habitantes do vilarejo Carne agora admiravam os membros da Ainz Ooal Gown.

Claro, os aldeões não eram os únicos que os admiravam. Embora Gazef tivesse lutado contra um undead de força monstruosa, o qual ele não se surpreenderia se este soubesse que tinha o poder para destruir uma pequena cidade sozinho, Gazef e seu bando de guerreiros começaram a desenvolver uma pequena admiração por Momonga e seus companheiros.

Em um mundo como esse em que Gazef vivia, força era um pré-requisito obrigatório. E Gazef sabia; o Reino de Re-Estize não possuía tal força. Se eles estivessem na fronteira contra uma nação Semi-humana como o Reino Dracônico, lutando contra as tribos Semi-humanas como a Teocracia Slane e o Reino Sacro Roble ou possuíssem um exército constante de soldados treinados como no caso Império Baharuth, então talvez o Reino de Re-Estize pudesse ser tão forte quanto essas nações, mas no estado atual em que o Reino se encontrava, ele apenas serviria como alimento para os famintos semi-humanos.

Mesmo assim, quando se observava o estado do Reino de Re-Estize, se pode dizer claramente que isso era impossível para o Reino atual. Seus soldados, recrutados todos os anos para lutar nas guerras, não passavam de fazendeiros sem treinamento, sua posição segura enfraqueceu seus soldados regulares de uma forma que os soldados imperiais os superavam em força e a depravação se espalhou entre as seções mais baixas do Reino de Re-Estize.

Quando Gazef olhava para os membros da Ainz Ooal Gown, por outro lado, ele podia ver o completo oposto a isso. Eles aparentavam ser um grupo de pessoas boas e honestas, com um poder avassalador. Gazef nem sequer podia imaginar em que tipo de lugar eles viviam antes de serem transferidos para esse local.

"Agradeço novamente à Yamaiko-dono por curar a mim e aos meus companheiros. Mesmo que nós não tenhamos como pagá-la..."

Gazef disse isso com um toque de culpa em seu coração. O preço que normalmente iria custar para curar esses ferimentos em um templo não seria baixo e, além disso, segundo o que Gazef ouviu dos aldeões, ela também havia curado todos os feridos do vilarejo. Gazef nunca havia ouvido falar de um magic caster que pudesse curar esse tanto.

Mesmo assim, a outra parte apenas moveu a cabeça no sentido horizontal, sem aparentar se preocupar com o assunto do pagamento.

"Não se preocupe com isso, Gazef-san. Nós não iríamos cobrar depois do que aconteceu, então apenas considere isso como uma mão amiga."

Yamaiko falou isso, com o seu tom de voz indicando que havia um sorriso em seu rosto. Mesmo assim, talvez devido ao seu grande corpo e a roupa que cobria o seu rosto, era impossível para Gazef identificar se seu tom de voz condizia com seu rosto.

Overlord: Os Nove Supremos - Os Reis de NazarickOnde histórias criam vida. Descubra agora