C.10 - O Vilarejo Carne - Ataque ao Vilarejo

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Londes Di Clamp não conseguia entender como aquele tipo de cena que se desenrolava diante de seus olhos fosse possível. Era simples e puramente a demonstração de algo que não deveria ter sido possível de ser feito por um ser humano.

Mesmo assim, sem dúvidas, o homem que estava por detrás da armadura prateada que havia chegado repentinamente havia feito tudo aquilo de uma única vez.

"Co-... Como isso é possível?"

Londes não pôde deixar de murmurar essa pergunta, no tom de voz mais baixo que sua garganta poderia liberar, tentando evitar que seu pequeno murmúrio fosse ouvido por todos.

Não. Nesse momento seria mais correto dizer que Londes, um soldado treinado e aventurado que conhecia a maior parte dos homens desse pelotão, não se importava com mais ninguém além de si mesmo. Tudo o que Londes queria era que os olhos da pessoa que estava por detrás daquela armadura branca prateada não se voltassem na direção dele.

O sangue que fluía do corpo de Erion, vazando através das pequenas aberturas que haviam sido abertas em sua armadura pela força do impacto, manchava o solo rachado de vermelho e indicava a morte de um dos companheiros com quem Londes havia marchado até aqui. Esse sinal de uma morte tão brutal que Londes jamais imaginaria acontecendo era um dos motivos de seu medo e tremor.

O que havia acontecido aqui?

Para saber esse tipo de coisa, deveria se voltar alguns segundos no tempo.

◆     ◆     ◆

Touch Me corria com todas suas forças focadas em um único objetivo: salvar o máximo de vidas dos aldeões que ele pudesse.

Um toque de culpa assolava o coração do paladino devido a saber que ele havia quebrado o acordo que ele havia feito com seu amigo, mas Touch Me sentia que na situação atual, cada segundo iria contar uma vida que poderia ter sido salva. Ele não poderia esperar pelo sempre cauteloso Momonga.

E além disso, se eles foram tão em contra de salvar os aldeões, eu duvido que o Punnito-san e o Ulbert-san vão querer gastar itens de uso limitado para ressuscitá-los.

Dizendo essas palavras dentro de sua própria mente como se para motivar a si mesmo, Touch Me correu ainda mais rápido do que antes.

Claro, não era como se fosse demorar muito tempo para que Touch Me chegasse ao vilarejo em questão. De fato, embora a jovem em perigo a quem eles haviam ido originalmente em socorro tivesse corrido entre cinco e dez minutos na floresta, essa distância poderia ser percorrida por Touch Me em apenas alguns segundos em sua velocidade máxima. Então, no fim, tudo isso havia sido apenas a pressa que ele sentia por querer salvar as vidas de todos.

Embora em sua mente Touch Me estivesse se desculpando profundamente com Momonga, a quem ele havia prometido seguir há apenas uma noite, ele havia perdido o mesmo de vista há apenas dez segundos. Todos esses pensamentos passando pela sua cabeça apenas estavam passando por sua cabeça por quê, para Touch Me, tudo isso parecia muito mais lento.

E então, num piscar de olhos que para Touch Me havia sido mais parecido com uma eternidade, o vilarejo para o qual ele queria ir apareceu diante de seus olhos. Com os seus sentidos aguçados, embora não tanto quanto alguns de seus companheiros mas ainda o suficiente para serem excelentes, Touch Me percebeu que os aldeões haviam se reunido no centro da praça e seguiu naquela direção.

Assim que Touch Me chegou em um lugar onde ele tinha total visão do centro da praça ele pôde ver como todos os aldeões haviam sido encurralados pelos cavaleiros. Os adultos haviam sido todos ajoelhados na praça enquanto os jovens estavam atrás de uma torre de vigia construída de madeira um pouco afastada, com pedaços de paus e pedras em suas mãos.

Overlord: Os Nove Supremos - Os Reis de NazarickOnde histórias criam vida. Descubra agora