Segredo obscuro.

~ capítulo dois ~

                                                           ~ Eloisa ~ 

Jane tinha me chamado, nunca fui com a cara daquela loira aguada, não sabia o porque dela ter me chamado, nunca me chamava pra nada, a não ser para fazer coisas, que ela dizia, que só eu conseguia.Então eu fui, chegando lá me deparei com uma menina muito bonita, estava com algumas olheiras, com um rabo de cavalo, o seu jeito de se vestir era simples, e havia algo muito misterioso nela. Então a loira aguada se virou para mim e disse : 

- Eloisa, acompanhe Júlia, e a leve para conhecer a escola, ela é aluna nova, e se for conhecer por si... - E então não sei porque, ela se virou baixinho para mim e disse - ela se assusta. 

Então uma mulher, não muito velha que aparentava estar com pressa, saiu para a sala de Jane, acompanhada por ela, não se despediu da tal Júlia, muito menos olhou na cara dela, pensei que não fosse a mãe dela. Então Júlia estava quieta olhando para a sala de Jane, quando eu tive que dizer:

- Vamos conhecer um pouco da escola, pois as aulas começam daqui á uma hora.

Júlia me olhou de um jeito meio estranho, ela deve ter achado ruim de eu ter puxado assunto com ela, não ligo. Mas ela ficou me encarando de uma forma, não parecia de um jeito ruim, talvez porque ela não me conhecesse. 

                                                  ~ Júlia ~ 

Devia estar encarando ela demais, então desviei meu olhar rapidamente, tentando não soar estranha, mais do que já era:

- Acho que não vai ter que me apresentar a escola inteira.

- Não vai dar tempo mesmo. Mas se tivesse tempo eu apresentava. 

- Bom nem se tivesse. - Devo ter soada um pouco grossa. - Não vou usar boa parte daqui. 

- Você que sabe!  Depois converso com Jane sobre isso. 

- Jane é aquela loira, bonitona e alta ? 

- Isso, aquela loira aguada.

- É, ela parece ser legal.

- Bom, porque você ainda não conheceu seu outro lado. - Ela riu de uma forma sem graça mais sorriu.

- Com o tempo eu conheça esse lado dela. - Eu ri também.

Então estavamos andando e ela me dizendo onde era o que, que me peguei pensando em uma coisa. Ela foi a única pessoa que me tinha feito sorrir depois desses dois anos. Uma coisa era certa, eu tinha gostado de conhecer essa tal de Eloisa.