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As coisas pareciam tomar seu destino adequado, finalmente. Jeon havia voltado para casa, para a escola e as coisas estavam correndo realmente bem... bom pelo menos era o que parecia.
Não estava tudo assim tão bem. Desde o incidente que o fez parar no hospital, nunca mais tocaram no assunto relacionamento. Na verdade, não falaram absolutamente nada que envolvesse os dois. Para Tae aquilo era estranho, já que ele vivia lhe dizendo o quanto estava apaixonado, tanto que até havia admitido sentir o mesmo.
— Tcs... — Resmungou, estava irritado no sofá enquanto apertava os botões dos canais da TV sem muito interesse.
— O que foi Tae? — A mulher lhe perguntou da cozinha ao notar seu desconforto em frente a grande tela.
— Nada. — Respondeu seco antes de suspirar mais uma vez.
Ouviu a pia ser desligada e em seguida os passos da mulher que se aproximava. Sua mãe era como uma vidente, sempre sabia quando algo ruim estava acontecendo. Ela só precisava olhá-lo para saber que algo estava errado.
Não demorou para ela se sentar ao seu lado no sofá, fazendo-o cruzar as pernas sobre o móvel tendo a cara ainda emburrada.
— Te conheço desde o ventre Tae, a mim você não engana. – Seu rosto era gentil e ainda assim preocupado. Não conseguia esconder nada dela e até então ainda não havia dito nada a respeito de Jeon, nada que fosse da situação atual.
— É Jeon não é? — Ela rapidamente continuou, o deixando chocado com sua perspicaz eficácia como mãe.
Assentiu com um movimento suave antes de puxar uma almofada para o colo, abraçando-a com força.
— Ah querido, eu sei o quanto é complicado estar com alguém novo em casa. Eu achei que vocês estavam se dando bem, pareciam estar. — Seus ombros abaixaram um pouco e isso lhe partiu o coração.
Soltou um longo suspiro antes de olhar para a almofada em seu colo. Não conseguiria esconder as coisas dela por muito mais tempo e precisava de alguém que não fossem Suga e Hobi para lhe aconselhar, se sentia perdido.
— Você vai me odiar. — Murmurou constrangido.
A mulher apenas negou a sua frase balançando a cabeça, incentivando-o a continuar com um gesto simplório. Sua garganta naquele momento pareceu seca e grosseiramente áspera. Estava realmente nervoso por ter que revelar isso de forma tão direta, mas não sabia ficar fazendo rodeios.
Juntou o resto de sua sanidade e aproveitou que estavam sozinhos em casa, ela sempre foi seu porto seguro e com certeza não seria diferente agora. Esperava que não fosse.
— Eu gosto dele, mãe. — Comecei nervoso. Sua voz soava falha demais, o que era ruim, ela por outro lado inclinou a cabeça pensativa antes de lhe sorrir gentil.
— Eu já imaginava. — Admitiu um segundo depois, tirando todo aquele peso de cima de seus ombros, mas estava chocado. — Você disse algumas coisas incoerentes no hospital, agora faz mais sentido. — Ela riu.
Tae gelou temeroso do que poderia ter dito, já que não se lembrava de nada do acontecido anterior.
— Isso é um problema? — Tinha medo dessa resposta, mas precisava saber de uma vez por todas.
— Não para mim querido. Para o pai de Jeon também não pareceu ser. — Aquela revelação o deixou de olhos arregalados, então o pai dele também sabia. Era tão ridículo que o fez ficar ainda mais atordoado.
Se encolheu ali no sofá antes de sentir as mãos gentis da mulher lhe puxarem para seu colo, onde se deitou confortavelmente. Olhá-la ali de baixo enquanto tinha os cabelos acariciados era um daqueles momentos mãe e filho que mais lhe agrada e relaxa.
— Eu ainda tenho medo. Eu nunca gostei de um cara, mãe. Não imaginei que isso poderia acontecer um dia. — Começou tentando tirar de seu peito todo aquele desconforto. — Mas aconteceu, eu percebi isso quando ele se afastou, não consigo ficar longe daquele garoto metido e não sei o que fazer ao mesmo tempo. Eu não desejei ele, não desejei esse tipo de relação e olha para mim agora! Estou completamente preso a ele. — Bateu as mãos contra as pernas, afobado com a situação, porém a mais velha apenas lhe acalmou ao abraçar seu corpo mesmo naquela posição ruim.
— Oh Tae! É tão bonito estar apaixonado, não importa por quem seja. Não precisa temer filho, tudo acontece no seu tempo e eu estarei te apoiando sempre. Mesmo que ele seja um cara, ele ainda é o cara que você ama. — Seus lábios macios tocaram sua face gentilmente lhe fazendo fechar os olhos momentaneamente.
Só de ter o apoio da mais velha, fazia com que Tae não se sentisse tão perdido assim, mas ainda não sabia o que deveria fazer.
— Ele tem me evitado, desde o hospital. Não sei o que eu deveria fazer mãe, não sei se ele me odeia. — Murmurou entristecido.
O que mais o irritava e o que o perturbava profundamente, não era o fato de gostar de um cara, mas o fato de esse cara estar o ignorando completamente após finalmente assumir o que sentia. E incomodava mais ainda o fato de isso doer bem fundo em seu peito.
— Deve haver uma razão. — Ela tentava lhe encorajar, mas apenas se endireitou sentando novamente no sofá antes de fitá-la.
— Eu estou com medo! Estou com medo de que Jeon esteja se afastando de mim. EU NÃO QUERO QUE ELE SE AFASTE DE NOVO! Não agora que eu me declarei. — Sua voz saiu alta demais, em pânico demais e só percebeu isso quando a porta da sala foi aberta de uma vez, o fazendo dar de cara com um Jeon surpreso. Provavelmente ele havia ouvido tudo e agora tinha o rosto em chamas. — Ótimo! — Escondeu-se com a almofada.
— Eu acho melhor que vocês conversem. — A mais velha falou antes de lançar um olhar suplicante para Jeon que fechava a porta atrás de si, para então encarar Tae com o rosto indecifrável.
— Eu não vou me afastar, idiota. — A voz de Jeon foi tímida, mesmo que suas palavras tentassem lhe confortar, aquele aperto ainda não sumia. — Acho que devíamos conversar... de novo.
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In-desejável
RomantizmTae tinha uma vida perfeita, mas essa perfeição não durou muito, já que, o novo namorado de sua mãe arrastou de brinde um "irmão" indesejado. Jeon surge em sua vida para confundi-lo, irritá-lo e mexer completamente com todos os seus sentimentos. Se...