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      Não sei que horas era quando nós fomos dormir, mas eu não ligo, pela primeira vez eu entendi Kakashi e Hinata e aquele fogo todo, com ela é igual, eu não me canso de amar ela, não me canso de levar ela ao ápice do prazer, de ver ela se aconchegar em meus braços tentando regular a respiração depois de uma intensa rodada de amor.

     Neste momento, acabo de acordar com ela ainda aconchegada a mim, dormindo feliz, em paz e principalmente segura. Meu maior desejo é sempre acordar assim, ou ser acordado por nossos filhos. Sou tirado do meu sonho quando batem na janela, me levanto, visto uma calça, a cubro e abro a janela, encontro um Anbu pedindo que eu e Mizuki nos apresentemos na sala do Hokage.

    Volto pra cama, tento acordar ela mas ela esta muito cansada. Desisto de tirar ela da cama, tomo um banho, me arrumo e desço até o andar debaixo da casa. Meu pai e Itachi começam a rir de mim a cada passo que eu dou, e isso esta me irritando, fiquei tantos anos sozinho que me esqueci como é ter uma família te perturbando e provocando. Mesmo não curtindo coisas desse tipo eu não consigo me sentir bravo, eu amo ter eles aqui, amo ser zuado pelos homens da minha família.

Fugaku: Dormiu bem filho ? - Itachi riu

Itachi: A pergunta correta seria " Você dormiu filho" ?

- Vão a merda!

    Caímos na risada. Meu pai me chamou na cozinha e encheu meu prato de pães e bolos 

Fugaku: Coma filho.

Itachi: Depois da noite intensa você teve eu suponho que esteja desnutrido.

Fugaku: Sorte sua que seu sogro não voltou pra casa essa noite, senão ele teria te castrado.

- Fizemos tanto barulho assim ?

Fugaku: Não, não fizeram - ele estava sendo sincero, suspirei aliviado quando Itachi tira meu alivio.

Itachi: Mas isso não significa que não sabíamos o que estavam fazendo - sem entender o encaro esperando que ele se explique - O Sharingan.

- Não me digam que vocês ?

Fugaku: Não acredito que você cogitou que nós espiamos vocês ... 

Itachi: Não seja burro Sasuke, só estávamos jogando verde para te provocar e você mordeu a isca mas papai está certo, se Madara estivesse aqui não sei se ele teria se contido a esquadrilhar o quarto da filha.

- Não acredito que Madara seria capaz de fazer isso 

Madara: Capaz de fazer o que ? - Madara apareceu na janela da cozinha e eu gelei, que desculpa daria agora ?

Fugaku: Estávamos falando de sumiço, sugeri que você tivesse saído de Konoha e meu filho disse que vc não seria capaz.

Madara: Ele estava certo, eu não deixei Konoha, eu só dormi em um lugar bem mais interessante

Mi: Posso saber que lugar é esse pai ? - Ela passou pela porta da cozinha, cumprimentou meu pai e Itachi com um beijo no rosto, depois ela me beijou, e se aproximou da janela da cozinha, beijou o rosto do pai e o olhou esperando uma resposta - Não vai responder pai ?

Madara: Preciso mesmo responder ?

Mí: Se você me ama e quer que eu faça parte de sua vida sim, agora se não quiser me contar de nada eu vou entender, já estou acostumada com isso ... - Caraca, ela é a única pessoa no mundo que não tem medo dele e que consegue manipular ele com esse papo.

Madara: Estava dormindo numa das casas inabitadas do distrito.

Mí: E o que essa casa tem de tão interessante ? - Madara tremeu minha gente, tremeu com a pergunta da filha, ele estava sem saída.

Madara: A casa não tinha nada demais, demais era a mulher que passou a noite comigo.

Mí: Pai!

Madara: Fazer o que ? Eu sou homem e mesmo morto não deixo de ser homem.

Mí: O ditado não é Sou homem mas não estou morto ?

Madara: Sim, mas eu estou morto, quero dizer reencarnado mas isso não me impediu de mostrar pra ela o verdadeiro dom de Madara Uchiha.

Mí: Credo Pai, não quero detalhes, só quero nomes.

Madara: Credo porque , vai me dizer que você e o Uchiha não aproveitaram a noite ?

  Mizuki ficou roxa de vergonha e se engasgou com o chá, Itachi e meu pai seguravam o riso, já Madara me olhava bravo por conta da confirmação que eu e sua filha passamos a noite acordados.

Mi: Não disfarça pai, eu quero poder olhar pra essa mulher do mesmo jeito reprovador que você esta olhando pro Sasuke agora.

Madara: Não posso dizer.

Mí: Só me diz qual o clã ...

Madara: Piorou.

Mi: Pelo visto eu conheço ela, e o pior, ela deve ser de um clã pequeno - ela congelou, parou de comer e olhou assustada pro pai - Me diga que essa mulher  não é do mesmo clã que a mamãe.

    Madara se calou, ela indignada se retirou da cozinha e saiu pisando duro até o quarto. Madara parecia triste, ele não queria ter arrumado problemas com a filha, não agora que eles estavam se dando tão bem.

Madara: Sasuke ...

- Pode deixar, eu irei falar com ela. Pai, vou sair com a Mizuki pra torre Kage, volto depois.

   Sai da cozinha, indo atras dela, mas a encontrei descendo a escada já arrumada, pronta pra sair de casa. Saímos da casa e seguimos até a torre. Mí estava calada, queria ajudar ela e Madara então curioso eu perguntei:

- Pensei que você gostasse da sua prima. - ela me olhou.

Mi: Eu não gosto dela, eu amo Tsunade, a tenho como uma mãe. Ela cuidou de mim desde que aquela guerra acabou, sempre me ajudou, sempre me ouviu.

- Então porque está tão chateada assim ?

Mi: Não é chateada é que ... Tsunade já sofreu demais na vida, perdeu tantas coisas. 

- Então o problema é seu pai ?

Mi: Não - ela suspirou - Meu pai também sofreu muito na vida, também perdeu muita coisa.

- Ainda não entendi o que te preocupa.

Mi: Essa situação me preocupa. Fiquei muitos anos presa mas eu sei o tipo de mulher que agrada meu pai e Tsunade preenche todos os requisitos, pra ser sincera ela é a perfeita pra ele, do tipo que ele pode facilmente se apaixonar por ela e ela por ele, só que ele não esta vivo. Uma hora ou outra ele vai ter que ir embora - ela chorou - Ele vai me deixar destruída quando esse dia chegar e não quero que ela sofra como eu vou sofrer quando ele partir.

Madara: Filha!

  A gente se virou e encontrou Madara atrás de nós. Nem notei que ele nos seguia, que ele escutava nossa conversa. Ela se jogou nos braços do pai e eu resolvi dar privacidade para que os dois aproveitassem um tempo sozinhos enquanto eu ia até a torre.

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Esposa de MentirinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora