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Mizuki on:

    Andamos pelos corredores do prédio kage e Temari foi me apresentando aos funcionários que diariamente trabalhavam ali. Andamos mais um pouco até que paramos em frente a uma porta que eu deduzi ser a sala de reuniões onde todos me aguardavam. Respirei fundo já que eu tremia. A loira entrou na minha frente acho que tentando fazer um suspense, e ela conseguiu, ouvi vozes perguntando onde eu estava e abrindo a porta ela me deu passagem.

     A sala era grande, com uma enorme mesa redonda, composta por treze cadeiras, com doze conselheiros incluindo Temari e Kankurō e na cadeira maior o ruivo que era meu noivo. Gaara me recepcionou com seu melhor sorriso, já os conselheiros nem piscavam. Notando aquele absoluto silêncio eu resolvi me apresentar.

- Senhores - fiz mesuras aos doze conselheiros de forma respeitosa - Sou Mizuki Senju Uchiha.  

       Caminhei pela sala até a ponta oposta onde o Kazekage estava sentado. Por onde eu passava os doze conselheiros em sinal de respeito também se levantavam e me reverenciavam. Assim que me aproximei do Kazekage ele se pôs de pé me estendeu a mão que eu prontamente segurei. Me aproximando dele ele depositou um beijo em minha mão e se sentou novamente me pedindo para que eu me sentasse ao seu lado, e atendendo ao seu pedido eu me sentei.

Gaara: Quero apresentar oficialmente ao conselho minha noiva Mizuki, futura primeira dama de Sunagakure.

Joseki: Como primeiro conselheiro de Suna eu gostaria de dizer que é uma honra pra nós termos uma primeira dama tão respeitada como você. Suna esta alegre pelo casamento e faremos de tudo para que se sinta em casa.

- Senhor ... - esperava que ele dissesse seu nome

Gaara: Este é Joseki.

- Senhor Joseki, agradeço as palavras, mas acho que são exageradas demais pro meu gosto. Com o passar dos dias vocês perceberam que eu sou uma ninja comum.

Ryusa: Nem todas as kunoichis são consideradas heroínas da guerra - o homem sorria procurando apoio dos demais conselheiros - Nem todos tem poder pra matar Madara Uchiha.

    Fiquei ofendida pela forma que o ancião falava do meu pai, como se matá-lo fosse uma coisa boa. Gaara notou meu desconforto e acariciou minha mão, me lembrando que ele estava ali, e que era solidário pelo meu sofrimento. Olhei pra ele e percebendo que eu buscava aprovação para responder o velho ele permitiu que eu o fizesse.

- Não acho que matar o próprio pai torne alguém um super herói e acredite, se houvesse outra forma de deter Madara ele ainda estaria vivo. Peço respeito quando citarem as pessoas que perderam a vida naquela guerra.

Joseki: Mas Madara era o mentor da guerra, não acho que um homem como ele mereça respeito.

-  Assim como os outros que perderam a vida naquele campo de batalha ele era especial pra alguém.

Joseki: Senhorita, não queira comparar a vida de shinobis honestos que abriram mão de esposas, filhos e seu futuro pelo bem da nação com a vida de um criminoso. Até hoje suas mulheres e filhos choram ... Já Madara Uchiha? Quem sentira falta dele ?

- Eu sinto - me levantei brava, mas sem deixar de demonstrar meu repúdio ao tom usado - Ele morreu e deixou sua filha que em seu casamento sonhava tê-lo ao seu lado. Se não tem empatia pela sua jornada em vida, tenha empatia pelos que choram por sua perda. Se me derem licença eu tenho coisas do meu casamento pra resolver.

Gaara on:

    Ela nem esperou a resposta do conselho e batendo os pés deixou a sala de reuniões. A maioria dos conselheiros estavam chocados pela postura da Uchiha ... Ja eu não escondia meu sorriso pela cena.

Joseki: Kazekage, essa senhorita não se encaixa nos padrões de uma primeira-dama.

- Ela se encaixa na descrição que vocês estipularam na lei que criaram, se eu me lembro bem a primeira dama devia ser uma ninja respeitada e ela é. Se o senhor discorda da noiva que eu escolhi é problema seu. O máximo que você pode fazer é ir atrás dela e dizer pra ela o que pensa dela e de sua atitude, mas eu sei que não fará isso por medo. Se me derem licença - me levantei - Tenho que recepcionar minha noiva e os kages que estão chegando.

Joseki: Cuidado para Kazekage, sua atitude pode lhe trazer muitos problemas.

- E o que farão, irão contar que mentiram perante um documento oficial ? Não, além de serem presos ainda provocaram mais guerras. Irão atrapalhar o casamento ? Façam isso e Konoha verá essa atitude como uma desfeita e isso também provocaria guerra. Ou pior, tentarão matar minha esposa ... Se for isso lhes desejo boa sorte, nem Madara conseguiu. Muitos aqui viram o que Mizuki faz com quem entra no caminho dela ... se ela foi capaz de matar o Pai que tanto amava nem sei o que ela faria com um desconhecido.

    Sai da sala deixando os conselheiros amedrontados pelas minhas palavras e fui atrás na minha noiva. Encontrei ela saindo do prédio. Corri até ela e a puxei para meus braços.

- Peço desculpas por Joseki e Ryusa. 

Mizuki: Não se desculpe Kazekage, você não tem culpa pelos seus conselheiros. Sou eu quem peço desculpas pela cena na sala.

- Só te perdoo se aceitar almoçar comigo.

    Assim que ela aceitou eu a guiei de volta pra torre até minha casa. As funcionárias já haviam preparado uma mesa para nós dois a pedido meu. Ela ficou encantada assim que atravessou a porta da área restrita. Era um longo corredor, que dava acesso a uma cozinha pequena que só fora usada para meus cafés da manhã. O corredor acabava em uma ante-sala que tinha uma mesa redonda, uma parede com lareira e uma enorme estante de livros e um sofá. A ante-sala possuía uma porta de correr que dava acesso ao quarto. O quarto era bem espaçoso com uma enorme porta que pegava a parede inteira onde era a sacada, uma cama de casal e duas portas na parede lateral. Uma porta dava acesso ao closet e a outra a suite.

  Mizuki on:

    Fiquei espantada pelo bom gosto do ruivo. Tudo era tão lindo e de primeira linha. Me sentei na mesa ao lado do kazekage. Percebi que a mesa estava recheada de comidas aparentemente muito gostosas. Me senti bem estando ao seu lado, já ele não escondia seu total entusiasmo.

Gaara: E então, o que achou da comida ?

- Uma delicia.

Gaara: Que bom que gostou da comida típica de Suna. Se gostou da comida imagino que gostará de Suna.

- Tomara, a única coisa que eu não gostei até agora foi dos seus amigos do conselho

 Gaara: Amigos ? - ele deu aquela risada que aqueceu meu coração - Agradeço mas dispenso.

    Ria enquanto a porta do quarto foi aberta por Temari que trazia consigo meus pertences, dentre eles os presentes de Tsunade, meu vestido e o presente que iria entregar para o ruivo. 

Temari: Desculpas casal, vim trazer seus pertences Mí e vim avisar que o Kiddo e Mei acabaram de chegar.

Gaara: Droga! Mi, vou lá recepcionar os kages, daqui a pouco eu volto

- Se não for incomodo eu posso ir com você ?

Gaara: Claro que sim. 

    O ruivo estendeu a mão pra mim e nós fomos até os Kages que chegaram.

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Esposa de MentirinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora