Capítulo 21.

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Naruto.

Eu estava tão ansioso para mostrar a Hina sua surpresa que não conseguia manter a calma, e quando isso acontece meu pé fica batendo no chão, ou eu fico mordendo minha boca, isso é muito chato, parece uma corrente elétrica passando por todo meu corpo.

O caminho para a casa foi tranquilo, mas eu estava preocupado com o silêncio da Hina, justo ela que adora falar, não acho ruim, eu amo ouvi-la falando pelos cotovelos, mesmo que seja um assunto que não é do meu interesse, eu a ouço e presto atenção a cada palavra.

Estava ficando louco com o silêncio no carro e resolvi puxar assunto.

- Aconteceu alguma coisa? - perguntei dividindo minha atenção entre ela e a avenida.

- Hm, não - balançou a cabeça - Só um pouco cansada.

- Então acho melhor deixar sua surpresa para amanhã...

- Não senhor - ela me cortou - Eu fiquei o dia todo querendo saber o que é, então vai ter que me mostrar.

- Tudo bem - eu ri - A senhora que manda - sorri - Eu tenho certeza que você vai gostar.

Hinata me olhou com um sorriso ladino e uma sobrancelha erguida, em minutos entramos nas dependências da nossa casa e estacionei na escadaria, descemos e pedi aos empregados para subir com as coisas da Hina para o quarto, ela entregou as sacolas dos presentes para o bebê e entramos juntos.

Eu fiquei bobo com aquelas pequenas peças no colo da Hina, imaginando um ser tão pequeno dentro daquele macacão branco, tentando imaginar como seria nosso filho, meus sogros e Neji vieram na nossa direção e seguimos todos juntos para o andar de cima.

- Calma aí - Neji disse tirando uma gravata do bolso, a colocou nos olhos da Hina e sorriu - Pronto.

- Vocês estão me assustando - disse ela - O que aprontaram?

- Logo vai descobrir - falei abrindo a porta, a puxei pela mão devagar e parei no meio do quarto - Fique com os olhos fechados - me aproximei atrás dela tirando a gravata e sorri - Abra os olhos meu amor.

Hinata os abriu e levou as mãos sobre a boca olhando tudo em volta, era um espaço somente para ela, a janela extensa aberta deixando a brisa entrar sobre a cortina de seda azul claro, duas poltronas brancas e confortáveis em um dos cantos com uma mesinha de centro, onde um jarro de lírios enfeitava, em outro canto um sofá de dois lugares também branco com as almofadas nos cantos.

Nos demais espaços as prateleiras cheia dos seus livros favoritos, a luminária com detalhes de lua caindo, nas paredes fotos dela com a família, os amigos, e claro comigo, na parede do sofá uma frase que Hirome me disse ser uma das favoritas dela.

" Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos."

O pequeno príncipe - sorriu e me olhou - Nossa eu...eu amei, então era por isso que esse quarto estava trancado?

- Sim, não podíamos arriscar de você ver - falei da porta - Curiosa como é.

Rimos, Hinata foi a cada prateleira olhando os livros, enfeites, cada detalhe do seu espaço particular.

- É a melhor surpresa que já tive em toda a minha vida - sussurrou vindo para perto de mim, deixou as mãos sobre meu peito olhando em meus olhos - Obrigado.

Segurei em seu rosto lhe dando um beijo e outro na testa, ela abraçou os pais e o irmão e eles desceram, entrei com a Hina no quarto e ela pegou um dos livros.

- As meninas e sua mãe me deram uma lista enorme dos seus livros favoritos, foi difícil para acharmos alguns, mas deu tempo o suficiente para deixar tudo arrumado, é o seu espaço particular.

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