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    Ashy saí do banheiro depois de quase uma hora. Ela encara Marco sentado na cama já vestido e cabeça baixa. 

— Eu abri seus pontos não foi? – Marco pergunta rouco e Ashy ignora a pergunta.  – Ashy, Hannah não é muito amigável, então tome cuidado com o que diz.

—Você ja viu o quanto eu sou amigável? O que pretende fazer?

— Vou descer e me reunir com alguns acionistas. É melhor você ficar no quarto. Amanhã de manhã, após o café, vamos para o barco. – Marco diz sério e Ashy concorda. Marco levanta e toca a testa de Ashy abruptamente, a pegando de surpresa. – Está com febre... Maick vai providenciar tudo que precisar.

   Marco a encara sem emoção e se afasta.

— Eu te avisei para ficar longe várias vezes. Você ignorou meus avisos Marco! E vai se machucar se continuar... Trate de matar isso antes que esse isso te mate. – Ashy sussurra olhando para a cama.

Marco paralisa na porta e olha para Ashy por cima do ombro.

— Estava tão na cara assim? – Marco pergunta e Ashy concorda.

— Eu sou perigosa...Um surto e eu te mato sem querer. Leve isso em consideração. Não sou alguém que você pode levar para a cama por diversão! – Ashy sussurra séria.   Marco olha para a porta do quarto e sai em silêncio. – É isso que eu tenho levado em consideração por sua segurança...

   Ashy sussurra sozinha no quarto. Ela coloca a mão na testa e alisa onde Marco a tocou.

      Sua pele ainda formiga onde Marco a tocou na noite anterior, e ela nem mesmo conseguiu dormir. O sabor da boca de Marco e o cheiro de seu perfume ainda estão frescos na memória.

Ashy bagunça os cabelos e bufa.

"Sentimento novo bagunça tudo!", seja fria, Ashy, seja mortal... afunde esse sentimento na lama!

    Ashy retira as roupas, as deixando no chão do quarto. Ela entra no banheiro e pula debaixo da água de olhos fechados.

— Esquece, esquece, esquece... Só trabalho, você não retribuiu nada... – Ashy sussurra. – Maldito beijo!

    Marco bate as mãos no bolso do blazer e se da conta que esqueceu a carteira. Ele volta e abre a porta do quarto, pega a carteira apressado e olhas as roupas de Ashy no chão e a porta do banheiro aberta.

Ele caminha até a porta onde vê a garota nua de costas, deixando a água gelada banhar seu corpo.

— Merda... pra que você foi me beijar, Marco? Por que eu quero isso de novo? Ashy, Ashy, sem nome, sem teto, sem nada, querendo o que não pode ter! – Ashy sussurra sem se dar conta do mesmo na porta a encarando sem expressão.

   Seu coração bate fortemente, o volume em sua calça bastante notável.

— Ashiley...– Marco chama e Ashy se vira de uma vez. Marco prende a respiração ao ver o corpo totalmente nu da garota. – O que você quer que não pode ter?

Marck retira o blazer e joga no chão.

— Marco... não!  O aviso... Vai embora! – Ashy sussurra tensa.

— O que você quer que não pode ter? – Marco pergunta novamente retirando a camisa e desabotoando os cintos da calça.

— Para Marco! Droga! Para! – Ashy grita em um rosnado  pegando a toalha e se cobrindo,  senta no chão e cobre a cabeça com as mãos. – Sai daqui! _ a voz sai chorosa e abafada.

Marco para abruptamente ao ver tal reação desesperada.  Volta a se vestir sem expressão.

— Você não quer nada.... Você pode ter o que quiser! Se não tem, é porque não quer! – Marco diz apanhando o blazer no chão  e voltando a vestir.

      Código X-04Onde histórias criam vida. Descubra agora