Capítulo 2 - Babadas, Krakatoa e Rosas

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 [Hoseok]



O sol entrou pela janela do hospital e eu acordei com a luz no rosto, olhei para baixo e tinha uma figurinha dormindo e babando no meu peito.

-- Eca...que nojinhuu!

Eu não lembrava direito de tudo o que tinha acontecido na noite anterior por ter acabado de acordar, mas assim que alguns flashs de memória foram aparecendo, por mais nojento que fosse ter um ser babando no meu peito, eu fiquei feliz de pelo menos ter alguém ali.

Suspirei e fechei os olhos pensando o porque daquela total estranha estar sendo tão estranha assim e conclui que pessoas estranhas dão boas amizades. Eu confesso que estava gostando da companhia dela.

Mas porque ela me chamou de namorado?

Senti ela se movimentar e no impulso voltei a dormir, pelo menos fingir, não queria que ela me pegasse a observando. Amizades estranhas são legais, mas eu não conheço essa estranha o suficiente para concluir que ela não é uma estranha estranha entende?

[Zoe]



Acordei e o garoto ainda estava dormindo, arrumei uns fios de cabelo que caiam em seu rosto e me levantei cuidadosamente para não acordá-lo. Nesse exato momento em que levantei ele segurou o meu braço eu o olhei assustada jurava que ele estava pelo menos no sétimo sono.

-- Yaah! - Lhe dei um tapa leve no ombro. - Estava acordado a quanto tempo?

-- Um tempinho. - Deu um sorriso sutil entre os lábios vermelhos. - Acordei antes de você. Aliás, você babou no meu peito sabia? - Minhas bochechas coraram de leve, puta vergonha men.

-- Er... desculpinha haha. - Quando ele soltou meu braço eu, toda consumida pela vergonha, corri até a porta do quarto. - Já que você tá de pé vou chamar a enfermeira ok? ok.

Sai antes mesmo que ele pudesse me responder. Chamei a enfermeira e ela foi na frente, fiquei morrendo de vergonha de voltar pra lá. Primeiro chamo ele de namorado, depois ele me dá um beijinho na testa, e pra agradecer o jeito que ele me ilude bem eu vou lá e babo nele. Mas eu queria muito pegar meu celular, que obviamente eu tinha deixado onde?

Ao adentrar o quarto vejo a enfermeira dando em cima do meu namorado, pera que? Em cima do garoto, ela tava dando em cima dele, e daí, que que tem em? Entrei e fingi demência, peguei meu celular e estava prestes a sair.

-- Pode ir enfermeira, estou me sentindo muito bem já e quero falar com minha...namorada - Ele enfatizou o final da frase e pude perceber seu olhar sob mim de canto de olho.

Eu olho para ele e sorrio constrangida, fiquei nervosa é claro, conseguia ouvir o som da minha respiração, sentir meu coração pular umas batidas, acho que tenho problemas cardíacos. Conseguia até ouvir o som dos pássaros lá fora, estava nervosa como se fosse acontecer o meu primeiro beijo com o garoto que eu mal conhecia, mas mesmo assim chamei de namorado.

-- Tem certeza que não quer que eu fique mais um pouco anjinho? - A enfermeira, que claramente era uma estagiária em torno da nossa idade, me olhava com a maior cara de deboche.

-- Não, tudo bem, eu realmente preciso falar com a minha namorada, sabe?

-- Tudo bem, eu volto em uma hora então querido. - Apenas assentiu e ela saiu, fechando a porta com força atrás de sí, o que me fez dar um pulinho no lugar, de susto sabe.

𝑍𝑜𝑒 𝐴𝑔𝑛𝑒𝑠 𝑒𝑚 "𝓝𝓪𝓶𝓸𝓻𝓪𝓭𝓸 𝓹𝓸𝓻 𝓐𝓬𝓲𝓭𝓮𝓷𝓽𝓮" - Onde histórias criam vida. Descubra agora