Capítulo 5: O portal.

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Era uma noite até que bem iluminada, curiosamente o centro estava cheio de pessoas, mesmo naquele horário, humanos e demônios disfarçados, todos com agasalhos, pois as noites sempre eram frias por ali.
O fogo dentro dos postes era forte, iluminando bastante todo o local, diferente da floresta que estava num breu total, onde pouca luz tinha chances de alcançar.
Natas, Hikaru e Apollo estavam com as rosas negras em suas mãos, saindo do Ponto do Coração e entrando no centro, lotado de pessoas sentadas em bancos ou na grama, todos conversando descontraídos.
Os três começaram a passar pelas pessoas, e como sempre... olhares, aqueles olhares para Natas, de humanos estranhando e demônios disfarçados com olhos de "Como tem coragem de aparecer assim?".
Os demônios sempre se disfarçaram quando estavam perto da sociedade de humanos, vivendo ali desde sempre é bem comum para eles, raros eram as pessoas que sabiam sobre a existência deles ali (Como a Emy).
O que pensariam se vissem aqueles seres de chifres, asas e rabos? Seria algo terrível, mas também, aparentemente o motivo de não ficarem em suas formas normais vem de raízes muito antigas...
Hikaru mostrava suas asas mas, as pessoas não ligavam muito para aquilo que poderia ser uma fantasia enquanto estavam vendo um homem vermelho com partes a mais se mexendo.
Os três chegaram em um banco finalmente vazio.

Apollo: Beleza, eu e o Hi vamos pegar as coisas pra preparar o portal.
Mr. Natas: Well...
Apollo: Natas, tu fica sentado ai segurando as rosas, acho que é melhor tu mesmo pra protegê-las.
Mr. Natas: Okay then.

Apollo e Hikaru foram andando para o caminho que tinha atrás do banco, indo para escuridão da floresta.

Hikaru: Ah peraí, onde nós vai buscar as coisas?
Apollo: Na minha casa, tonto.
Hikaru: Mas é muito longe...

Natas ficou com o rosto virado olhando eles partirem, quando não conseguiu mais vê-los se virou para frente, olhando concentrado para as rosas, tinham demorado muito para obtê-las, então todo cuidado é pouco com aquilo.
Qualquer pessoa que se aproximava muito, mesmo sem intenção alguma, ele fazia seu rosto bizarro para espantar, uma hora ele quase lançou uma bola de fumaça de sombras num homem que estendeu a mão para o banco, mas ele só queria pegar seu celular que estava próximo.
Como parecia que eles iam demorar um pouco, Natas começou a relaxar no banco e pensar sobre algumas coisas, algo sobre o que ele ouviu.

~

Natas estava lá, antes de escurecer, disfarçado e pegando informações com os humanos para saber o que fazer com as rosas.

Mark: Há muito tampo havia duas terras diferentes, o Inferno e o nosso mundo, cujo chamado de "Mundo Superior"...

(Havia também uma terceira, o Paraíso, mas como o livro só comentava de duas, eles não sabiam disso.)

Mark: ... no Inferno viviam os demônios, no Mundo Superior os humanos, um dia de algum modo um portal se abriu e trouxe os demônios para o Mundo Superior, isso foi a muito tempo, os demônios surgiram nessa sociedade a milhares de anos...
Mr. Natas: Hm...

De algum modo, familiar.

Mark: ... com o portal aberto por pouco tempo, ele infectou algumas rosas espalhadas por aí com seus fragmentos, diz uma lenda que as rosas podem ser utilizadas para reabrir novamente o portal do Inferno, mas requerem também muita energia da alma de um demônio para funcionar.
Mr. Natas: Oh...
Mark: Então é, como ninguém é demônio aqui, essas rosas só tem uma cor interessante, não tem nada demais para se fazer com isso.
Mr. Natas: Certo, apesar...
Mark: Hm?
Mr. Natas: Por qual motivo pesquisam tanto sobre demônios?
Mark: Ué, pelo mesmo motivo que você estuda, mas também...

Mark falou tão baixo que quase foi inaudível.

Mark: ... um "Mister Natas" pegou a alma do nosso amigo...
Mr. Natas: Hm?
Mark: Nada demais, bem, espero ter ajudado.
Mr. Natas: Claro, muito obrigado.

Mr. NatasOnde histórias criam vida. Descubra agora