Capítulo 3: O amuleto.

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Lugar escuro, vazio, com uma névoa, lá estava Natas, aparentemente no meio do nada, caminhando sem rumo, a fumaça batia no seu peito, após andar um tempo sem rumo, encontrou algo.
Várias lápides, em uma linha horizontal, todas contendo dois pontos e um risco para representar um rosto, menos uma; todas começam a rachar e criar rosas de cor preta em suas rachaduras.
Natas olhou intrigado para aquilo, chegou perto e tocou numa flor, quando fez isso, as lápides começaram a rodar ao seu redor, numa velocidade muito alta.
As rachaduras começaram a soltar uma luz negra (se é que isso é possível), até que enfim, as lápides explodiram, as rosas começaram a derreter e criar um círculo no chão.
Natas ficou assustado com aquilo, nunca tinha visto nada igual, ele começou a flutuar, e em baixo dele estava um portal, girando, se misturando, de cores pretas e avermelhadas, ele começou a ser puxado, por um portal, um portal, um portal, um.

•••

Natas acordou assustado, estava bem, deitado no galho de sua árvore, o Sol brilhando, pássaros cantando, olhou para as folhas, balançando conforme a brisa...
Ele, mesmo sem fome, pensou que seria bom algo pra comer.

Mr. Natas: Se pelo menos essa árvore realmente entregasse alguma maçã verde.

Ele pulou do galho, planou um pouco batendo suas asas, quando chegou ao chão começou a caminhar.
Passou entre as pessoas, ainda era algo novo pra ele, por muito tempo ele se escondia na maior parte do dia, essa nova sensação era incrível, qualquer reação das pessoas era incrível, curiosidade ou medo, algumas falando "Aquele ali já ouvi falar".
Quando chegou na floresta do parque, começou a procurar, caminhando tranquilamente e cantarolando.

Mr. Natas: Dorom... Dorom...

Após mais um tempo, lá apareceu, uma maçã verde perfeita! Agarrou-a e voltou voando.
Logo atrás de sua árvore, tinha uns arbustos que levava a um pequeno lago, ninguém ia ali pois era insignificante, então Natas dominou a área.
Lavou a maçã ali na água, e foi voltando para a árvore, empurrando as folhas dos arbustos ao seu redor, e olhando com um pouco de receio para as flores ali.
Ao chegar na árvore, ele voltou para o galho, mordeu a maçã que... começou a dar mais energia que o normal... Natas olhou atentamente e estava soltando alguns choques.

Mr. Natas: Of course...

Uma pedrinha bateu em sua cartola, Natas olhou para o lado e ali em baixo estava Hikaru.

Hikaru: Eaí, Natas.
Mr. Natas: Opa, Hi.
Hikaru: De boa?
Mr. Natas: Estaria se minha maçã não começasse a lançar raios...

Os dois riram.

Mr. Natas: O que vieste fazer aqui?
Hikaru: Ah, vim te convidar.
Mr. Natas: ... Convidar para o que, exatamente?
Hikaru: Meh, nada demais, se encontrar com nós no fim da tarde.
Mr. Natas: Nós?
Hikaru: É, vai ter umas pessoas lá, eu acho.
Mr. Natas: Hm... não sei não.
Hikaru: Também não queria ir, só de pensar na longa noite que vai passar me deixa cansado.
Mr. Natas: Hm...
Hikaru: Mas a Emy vai, e tem um negócio a mais... tu precisa ir, precisamos de ti.
Mr. Natas: Eu... trabalho de noite.

O que Natas dizia não era totalmente mentira, os poderes dele funcionavam melhores de noite pois são sombras, e é mais escondido e silencioso, então é a hora perfeita para pegar almas.
Mas esses últimos dias, Natas parou um pouco de coletar almas, o que aquela humana estranha Apollo tinha pergutado lhe deixou intrigado. "... tem algum motivo pra coletar almas né?".

Mr. Natas: Aonde é o lugar?
Hikaru: Ah... no pequeno campo aberto.
Mr. Natas: Aquele que é perto do cemitério?
Hikaru: Esse aí.
Mr. Natas: Hm...
Hikaru: Vai ter fogueira... comida... e maçã verde
Mr. Natas: Hm... alright, talvez eu apareça.
Hikaru: Beleza, até logo.

Mr. NatasOnde histórias criam vida. Descubra agora