Capítulo 4: Rosas negras.

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Portal... portal... Natas estava naquele lugar novamente, tudo escuro, e um portal logo abaixo dele que o sugava, olhava ao redor com desespero para tentar agarrar alguma coisa para não ser puxado, conseguia enxergar rosas negras circulando o portal, intrigante, mas infelizmente não deu tempo de raciocinar, foi puxado...

Mr. Natas: Ah!

Ele acordou assustado, em cima do telhado de uma casa, "Como eu vim parar aqui?" Pensou Natas, a noite tinha sido muito longa, matar zumbis não era um trabalho nada fácil, mas isso não o incomodava, o que ele estava pensando era no sonho estranho que teve duas vezes.

Hikaru: Ei, Natas!

Natas virou a cabeça e logo ali em baixo da casa estava Hikaru, agora ele pareceu se lembrar, após lutarem com os zumbis, Hi chamou Natas para passar um tempo na casa dele e de Emy, mesmo já amanhecendo, todos dormiram.

Mr. Natas: Oi, Hi.
Hikaru: Desce daí, vem almoçar com nós.
Mr. Natas: ... Alright.

Ele pulou do telhado e bateu um pouco as asas para planar até tocar no chão, o lugar era bonito, uma casa pequena com cor branca e um telhado alaranjado, tinha uma chaminé, os vidros eram meio azulados, a porta e alguns detalhes eram em carvalho.
Era num pequeno campo, com grama bem verde, cheio de flores coloridas e uns caminhos de pedra, além de umas árvores e pequenos riachos, era bem perto do parque.
Hikaru abriu a porta e os dois entraram, lá dentro era bem interessante, havia uns itens meio demoníacos que provavelmente eram de Hikaru, e coisas mais naturais, mas em geral uma casa normal, Natas sentou na cadeira e olhou ao redor, numa parede tinha um mural com algumas fotos de Hikaru, Emy e Noah.
Emy começou a colocar a comida na mesa.

Emy: Bom dia, "capeta do telhado".
Mr. Natas: Hah, good morning.

•••

Após almoçarem, Natas deitou no galho de uma árvore ali perto da casa, Hikaru estava deitado na grama, com os olhos fechados, não parecia estar dormindo pois ele bocejava as vezes (Preguiça até para dormir?), era domingo, não havia muita coisa para se fazer mesmo, e ainda precisavam de recuperar do cemitério.
Mas Natas não estava muito relaxado, andou pensando nos sonhos do portal, nas rosas negras, aquilo era familiar de algum modo, não sonhava faz muitos anos, e agora começou com esses sonhos intrigantes.

Mr. Natas: Ei, Hi.
Hikaru: Hm... fala.
Mr. Natas: Já ouviste falar de rosas negras?
Hikaru: Nope.
Mr. Natas: Okay then...
Hikaru: ...
Mr. Natas: E de um portal? Por exemplo o de qual seu pai contava.
Hikaru: ...
Mr. Natas: Hi?

Hikaru roncou.

Mr. Natas Hi!
Hikaru: Ah... oi, oi, portal?
Mr. Natas: Yes.
Hikaru: Acho que aquilo era história só pra eu dormir, Natas.

"Você dormiria de qualquer modo, com história ou sem." Pensou Natas.

Mr. Natas: But... e se não for?
Hikaru: Por que tá pensando nisso?
Mr. Natas: Eu sonhei esses dias... ehm, eu senti algo familiar nos sonhos, e neles tinham um portal.
Hikaru: Nós enfrentamos um exército de zumbis ontem e tu ta com medo da história do meu pai?
Mr. Natas: No. É que eu não sonho faz muito, muito tempo.
Hikaru: Quanto tempo?
Mr. Natas: I don't know, milhares de anos? Isso não vem ao caso, o que importa é que eu nunca senti algo assim antes, trust me.

Natas pulou da árvore e sentou próximo de Hikaru, que abriu os olhos e se sentou também.

Hikaru: Ok... é estranho, então.

Natas contou como era os sonhos para Hikaru.

Hikaru: Hm... vai fazer o que sobre isso?
Mr. Natas: Well, estou pensando em procurar rosas negras.
Hikaru: ... Pra que?
Mr. Natas: Não sei, sinto que é algo importante, não é?
Hikaru: Talvez...?
Mr. Natas: E ainda é domingo, tem algo melhor para fazer?
Hikaru: Ehm...
Mr. Natas: Eu sei que não, vem aí.

Mr. NatasOnde histórias criam vida. Descubra agora