Mr. Natas

Capítulo 7: A resposta.

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No meio da noite, que parecia mais uma manhã com a neve e vento que se formavam no ar, batendo nas árvores e em tudo por perto, uma neve densa que caía rapidamente, mesclada com um pouco de chuva.
Lá estava John, caminhando, com a neve no nível do joelho, segurando um mapa pequeno em suas mãos, e observando ao seu redor, tremendo e com um pouco de dificuldade de se locomover, as vezes limpando seu monóculo ou tirando a neve de seu corpo.
Parecia que estava procurando faz horas, só que nem sabia quanto tempo havia se passado, rodeou aquele lugar mais de uma vez, já se familiarizou com as árvores e pedras ali, até mesmo com uma mina que ficava próxima.
Enquanto caminhava, olhava para o chão branco e pensava no que Alowny havia dito para ele antes de sair naquela busca.

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Alowny: Senhor, acho que não deveria ir agora.
Mr. John: Por qual motivo, meu caro?
Alowny: O tempo tá se fechando, e também começou a escurecer, vai se perder desse jeito.
Mr. John: É só um parque, não vou me perder fácil, ainda por cima tenho um mapa.
Alowny: De qualquer modo é perigoso.

A neve começou a cair e o vento começou a bater mais forte, John olhou para cima.

Mr. John: Não posso perder tempo, fique aqui, te vejo depois.
Alowny: Certo, senhor.

Alowny saiu e foi para o caminho do cemitério, provavelmente para falar para Jack sobre a partida de John, pois ele havia saído ao perceber a escuridão que vinha.

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Naquelas circunstâncias, ficar em casa até teria sido uma boa ideia, só que por outro lado John não poderia perder mais tempo sem saber quem era e o que deveria fazer.
Mas estava perdido, a neve só subia cada vez mais nas voltas que dava naquele local, John começou a se questionar se aquilo que procurava existia mesmo.
Parou de caminhar, apenas ficou observando o mapa e ao seu redor, até que finalmente percebeu algo curioso ali, ele aproximou mais o mapa de seu rosto.
Em cima de uma pequena montanha tinha uma mancha, antes ele achava que era uma gota de cappuccino que caiu enquanto bebia, mas aquilo certamente estava desenhado ali.
Coincidentemente ele se encontrava ao lado da montanha da mancha, só que ao virar para observar a montanha, não tinha nada de especial, só era algo coberto de neve.
"Talvez a neve tenha coberto o que o mapa diz." Raciocinou, e com isso ele foi se locomovendo lentamente para a montanha de neve, que não era muito alta, o que seria até que bom para ele.
Ao chegar na montanha, John colocou o mapa na parte da gravata e tentou começar a escalar, mas a neve o fez escorregar e ficar soterrado, ele se limpou com frio, e tentou novamente, só que dessa vez agarrando-se na grama abaixo da neve.
E desse jeito conseguiu subir um pouco, virou seu olhar para cima e aquilo não era tão pequeno também, iria ter que usar muita força para subir toda a montanha, mas era algo que teria que fazer.
Foi subindo aos poucos, um braço, outro braço, uma perna, outra perna, sempre atravessando a neve e segurando a grama em baixo, toda neve tirada escorria  e caía no chão, John continuou nesse ritmo por um tempo.
O vento batia no seu rosto, com um ruído familiar, a neve em suas mãos já não esfriava mais com o calor que seu corpo estava produzindo ao subir aquela montanha.
No meio do caminho as pernas de John começaram a falhar um pouco, ele estava ofegante, mas faltava pouco, então não era hora de desistir.
Ele continuou, quase sem força, se parasse agora iria rolar até lá em baixo, além de talvez provocar uma pequena avalanche, seus dedos já estavam azulados, assim como um pouco de sua boca, a pele clara e os olhos cerrados.
Com a determinação que lhe ainda restava, fez uma cara de bravura e prosseguiu, quase acabando com seus braços, até que depois de um tempo, conseguiu chegar ao topo.
Caiu de cara na neve, suspirou, mal conseguia mexer o corpo, mas de algum modo ele se levantou aos poucos, ainda com seu rosto determinado, apoiou-se na sua perna, e logo se levantou completamente.
Olhou para o horizonte nevado, suas roupas mexendo ao vento, percebeu que havia outro caminho que poderia levar em cima da montanha, só que estava soterrado de neve, então o que ele fez não foi em vão.
Ofegante, começou a dar uma revisada no mapa e olhar ao seu redor, e...