05

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Maya bebericou um pouco do sumo de maracujá enquanto via Damon cortar os tomates. Jenna estava sentada no balcão a beber — apreciar — o vinho em sua taça. Já Rose estava ao lado de Maya, a ler um livro ao qual Maya não deu a devida atenção de descobrir.

—O meu pai não aprovava nenhuma das minhas namoradas. Então eu as tinhas. — Damon sorriu e Rose revirou os olhos enquanto lia

—Interessante. Não achas Rose? — Jenna cutucou a filha

Seria eufemismo dizer que Jenna não reparou no interesse de Damon sobre Rose. E ela roubaria o lugar de cupido, caso necessário, só para juntar a filha ao Salvatore.

—Sim mãe? — rebateu Rose fingindo que não ouvira nada

Maya espremeu os lábios, numa tentativa de conter as risadas pela careta de Damon.

—Alguém quer jogar? — Jeremy atira-se no sofá e agarra no comando branco

—Eu quero. — Maya disse animada enquanto Rose roubava uma das rodelas de tomate

Damon a encarou com um sorriso. Maya desceu do balcão e dirigiu-se à sala onde atirou-se no colo de Jeremy.

—Eu não sei jogar. — ela murmurou cruzando os braços à frente do peito

Jeremy mordeu o lábio com um sorriso. O cabelo dela espalhado por suas pernas atiçava a vontade de pôr seus dedos entre os fios. Mas Jeremy conteve-se começando a explicar como funciona o jogo. Maya assentiu, apesar de não compreender nada.

—Eles são tão fofos. — comentou Jenna bebendo um pouco mais do seu vinho

No momento, Elena entrou na cozinha, surpresa por ver Damon a cozinhar.

—Quem é fofo? — perguntou curiosa

—O Jeremy e a Maya. — respondeu Rose que ainda lia o livro tentando roubar mais uma rodela de tomate

Elena virou-se para o sofá vendo os dois jogarem — no caso, Maya a perder estupidamente para Jeremy. Eles realmente eram fofos. Maya era uma rapariga muito verdadeira, Elena com total certeza a aprovava como namorada de Jeremy. E mais, ela os juntaria.

—São adolescentes. — Damon deu de ombros — Pode ser perigoso os dois na mesma casa...

—A tua forma de ver indecência e malícia em tudo é traumatizante. — Rose interrompeu revirando os olhos

—Sou só realista, flor. Só realista. — sorriu debochado — E para de roubar tomates. — repreendeu

—Chato. — ela levantou-se indo para a sala.

—Mal posso esperar para ter os dois como um casal. — Jenna diz e Elena assente, pensando que a tia referia-se a Maya e Jeremy

Por partes, referia-se a eles. Mas também a Damon e Rose.































Maya penteou o cabelo quando viu Anna entrar pela janela do quarto. A morena virou-se com tudo, olhando para a vampira de olhos arregalados.

—Entraste pela janela! — exclamou surpresa, largando o pente na mesa de Elena

—Não importa. — Anna deu de ombros antes de aproximar-se de Maya com a velocidade vampírica — Estarás morta de qualquer das formas.

Anna então fincou seus dentes no pescoço de Maya. A Adams deu um grito de pavor e debateu-se. Stefan que estava no andar de baixo, subiu velozmente as escadas, ao som do grito. Mas quando chegou ao quarto, não havia nada. Estava vazio. A janela do cómodo estava aberta, e o mesmo cheirava a sangue fresco.

Maya tinha sido raptada por uma vampira. Era mais um problema a adicionar à lista de problemas.

Foi tudo muito rápido e brusco. Num momento Maya estava a ser atacada, noutro a Adams estava quase inconsciente. Deitada no chão duro e sujo. Aquele seria o seu fim? Tão triste! Ela nem ao menos sabia quem era.

—Maya, ai meu deus! — Bonnie exclamou horrorizada

A Adams estava com uma ferida no pescoço que sangrava. Além de estar inconsciente. Bonnie sacudiu-a, mas a mesma não despertou.

O que ela faria? Tinha sido enganada por Daniel e agora era refém assim como Maya.

Parecia sem sentido. Mas, Anna tinha um plano. Ela precisava abrir a tumba e libertar a sua mãe, Pearl, custe o que custasse. E apesar de seus ciúmes em relação a Maya e Jeremy, ela usaria a relação deles como uma vantagem. Se Maya morresse, Jeremy ficaria devastado. Então Elena faria qualquer coisa para Maya sobreviver. E Stefan faria qualquer coisa por Elena, assim como Bonnie. E Damon faria qualquer coisa para abrir a tumba, por Katherine. Era uma cadeia que conspirava em seu favor. Ela só teria que mexer as peças certas e seu plano seria perfeito.

Anna foi esperta. Ao invés de ameaçar diretamente Stefan e Damon, ameaçou os Gilbert. Sabia que Damon não se importava com Maya e Bonnie, assim como Stefan só queria saber de Elena.

Jeremy entraria em desespero. Era engraçado que, Elena pensava que Jeremy não sabia do sobrenatural, e vice versa. Então havia falta de entendimento.

Então Damon teve que agir por si só, assim como Jeremy.

Damon recorreu à avó de Bonnie, e apesar da velha senhora ter negado a princípio, ela logo aceitou quando soube da vida em risco da neta. Então os dois encaminharam-se para a tumba, onde estava Anna com Maya e Bonnie.

Bonnie aparentemente estava bem, apesar de aterrorizada. Mas Maya não aparentava o mesmo. A Adams ainda estava ferida, mas Bonnie estancou o sangue com um pedaço da própria blusa. A bruxa sentiu-se inútil. Ameaçava atear fogo em Damon, mas ela não sabia fazer o mais simples que era um feitiço de cura. Ela realmente necessitava dedicar-se ao estudo de feitiços.

As duas Bennett então iniciaram o feitiço. Mas foi tão inesperado o que aconteceu a seguir.

Jeremy, que fora muito mais radical e inconsequente, simplesmente pediu o carro de Matt emprestado e foi até a tumba. Chegando lá, ele simplesmente bateu em Anna com o carro, atirando-a para longe.

Bonnie o encarou surpresa, assim como Maya que estava tonta.

—Estás bem? — Jeremy perguntou descendo do carro e correndo em direção a amiga

Quando ele aproximou-se, revirou os olhos. E repreendeu-se mentalmente, foi uma pergunta tola e desnecessária, tendo em conta a situação.

—Tu atropelaste a Anna? — foi o que Maya respondeu e de repente Jeremy assentiu, com uma timidez desconhecida — Nunca gostei dela, de qualquer das formas.

Os dois sorriram um para o outro. O Gilbert então ajudou a Adams a levantar-se e levou-a para o carro.

Bonnie quis dizer algo, mas não podia. Tinha que focar no feitiço. Elena e Damon estavam na tumba, assim como Stefan.

—Vão! — mandou Sheila Bennett e Jeremy assentiu arrancando o automóvel

Anna quis muito ir atrás de Jeremy e explicar-se. Talvez ela estivesse a desenvolver uma pequena paixão no Gilbert. Mas sua mãe era muito mais importante. Depois ela resolvia. Qualquer coisa, podia recorrer a compulsão.

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