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Elena e Rose haviam ido ao famoso evento: Miss Mystic Falls. Maya por outro lado ficou em casa com Jeremy, os dois tinham planos de ver um filme. Ou pelo menos, Maya tinha.

—Ainda não te lembras de nada? — perguntou Jeremy ligando a televisão e atirando-se ao lado de Maya

Sem se importar, o Gilbert passou o braço pelo sofá, sua mão tocando no ombro de Maya.

Ele ainda não aceitava o facto de que ela não se lembraria. Que era um dano irreversível.

—Não. — deu de ombros — Talvez seja melhor assim. Talvez a realidade seja dolorosa demais para mim. Às vezes estar na ignorância é bom.

Jeremy riu, mesmo que mentalmente discordasse. Elena já o deixou na ignorância várias vezes. E sua experiência não era tão positiva como Maya fez parecer. Mas ele sabia que ela tentava se iludir, usar como desculpa para não ficar triste pela falta de memória.

Não podia culpá-la. De certa forma, era culpa dele.

Maya encostou a cabeça no peito de Jeremy e sorriu suavemente com o cheiro dele. O Gilbert a puxou para mais perto.

Ele queria muito beijá-la. E talvez...talvez algo mais. Mentalmente repreendeu-se por sua linha de pensamentos. Ela tinha só 15 anos. Não que ele fosse muito mais velho. Quem perdera a virgindade precocemente fora ele. Com 14 anos apenas, tendo como parceira a Vikki Donovan.

—Jer...— ela o chamou e ele sibilou, concentrado em seus pensamentos — tu sabes que tens que pôr o filme, certo? — perguntou divertida e ele sorriu envergonhado

Estava concentrado demais nela para perceber que não pusera o filme ainda.

—Queres ver o quê? — perguntou e ela deu de ombros

—Surpreende-me. — sorriu divertida, já que não se lembrava de nenhum filme que vira na vida

Jeremy assentiu e com um sorriso roçou o nariz no dela antes de a beijar. Ele gostava da forma como seus lábios se encaixavam.

Parecia irreal de tão perfeito.

Os dois se afastaram quando o telemóvel de Jeremy começou a tocar. O Gilbert bufou irritado. Não podiam ter ligado em outro momento?

Maya passou a língua pelos lábios entreabertos, os mesmos formigando com a sensação fantasma dos lábios de Jeremy. Ela queria mais.

—O que foi? — perguntou assim que levou o aparelho ao ouvido

Maya viu a expressão de Jeremy contrair-se de frustração para preocupação e nervosismo.

—Ela não voltou para casa. — respondeu passando a mão pelo cabelo e Maya franziu o centro tomada pela preocupação, apesar de não saber o que acontecia

—Se ela aparecer aqui, nós avisamos. — prometeu por fim desligando o telemóvel e encarou Maya — A Elena desapareceu!

—Como assim a ‘Elena desapareceu’? — repetiu indignada

—Ela estava no baile e Damon e Stefan a perderam de vista. Eles juram que ela não está lá. Estão a pensar até que ela foi possivelmente sequestrada.

—Deveríamos procurar por ela. — Maya levantou-se do sofá num pulo e Jeremy refez a ação dela

—Eles disseram para ficarmos aqui. — Jeremy disse insatisfeito

—Não! Eles disseram para tu ficares aqui! — ressaltou o ‘tu’ — Eu estarei lá fora a procurar. — afastou-se

—Maya! — Jeremy gritou sendo ignorado prontamente — Maya!
































A busca de Maya não havia rendido em nada. No final só ficou com Jeremy a perturba-lá durante meia hora. A apontar o quão teimosa e irresponsável ela foi. Como se ele fosse responsável. Ela bufou.

Rose uniu as sobrancelhas em confusão quando a amiga bufou. Elena já estava intacta em casa. Os Salvatores a encontraram. Então estava tudo bem.

Ocultando a parte que tinham Elijah ‘morto’ no porão da Mansão Salvatore. Ou que Katherine estivesse a ameaçar Elena. Mas esses pequenos detalhes eram desconhecidos por Rose e Maya.

Maya abriu a porta de sua antiga residência e entrou sendo seguida por Rose. As duas olharam em volta. A casa estava um pouco empoeirada por falta de limpeza nos últimos dias, mas era superficialmente. Não era irritante.

—É estranho estar aqui. — Maya comentou — Parece que todo tem uma história, e eu simplesmente esqueci como se não fosse importante. E é importante.

Rose pousou a mão no ombro da amiga e deu um sorriso triste.

—Tudo bem ficar triste. Eu não vou ser hipócrita e dizer que entendo, porque eu não entendo, afinal nunca passei por isso. Mas acho que é normal sentir essa dor e tristeza. Afinal a nossa história é a trilha que caminhamos até ao que somos hoje. — disse Rose

—Isso foi... profundo. — brincou a Adams e Rose deu uma risada

—Eu tento. — devolveu divertida — Mas não quero que sintas que estás a menosprezar o teu passado por quereres seguir com a tua vida. Não é porque uma pessoa muda que significa que é ingrata. Mudanças positivas para connosco é sinal de amadurecimento e crescimento. — voltou a postura série e compreensiva

—A forma como falas parece até aula de filosofia ou psicologia. — Maya comparou e Rose deu um sorriso arrogante, fingindo essa postura — Mas obrigada pela aula.

—De nada. — disse sincera — Mas por onde queres começar?

—Sinceramente...— disse e logo deu um sorriso maroto — não faço ideia!

—Então podemos procurar pelos cómodos. Talvez encontremos algum álbum de fotos ou diário que te ajude a estar de alguma forma conectada com o teu passado. — sugeriu Rose e Maya assentiu

Ela queria encontrar algo para se apegar. Precisava de pelo menos uma foto de sua família. Saber com quem viveu a maior parte de sua vida até ao acidente que sofrera.

Maya tirou os quadros que estavam pendurados na parede e pousou na mesa de centro da sala. Rapidamente tirou as fotos da moldura e as analisou. Numa das fotos estava ela e Lewis quando crianças. Ela só sabia porque Jeremy a dissera da outra vez que vieram juntos buscar suas roupas.

Na semana da fotografia estava ela, Lewis, Eve e sua tia. Estavam sujos de tinta, mas Maya não sabia o porquê. Dava para sentir a alegria da foto.

Na terceira, tinha ela e Lewis novamente, com um casal que ela arriscou serem seus pais.

Tomando cuidado para não amarrotar as fotografias, ela guardou na mochila que trouxera. Caso não encontrasse nada, ao menos tinha aquelas três fotos.

—Maya, acho que encontrei algo. — gritou Rose do andar superior

A Adams rapidamente subiu as escadas indo ter com a Summers.

Rose segurava um álbum de fotos e uma câmera. Maya pegou na câmara com cuidado, como se fosse uma preciosidade. Só não sabia porquê.

—Estava no teu quarto, acho que fotografia era um hobby teu. — deduziu Rose e Maya admirou a câmera

Parecia ser velha, apesar de se encontrar num ótimo estado. Era realmente importante.

—Obrigada por me acompanhares Rose. — agradeceu sincera

—Não precisas agradecer, sou tua amiga, sei que é importante para ti! — abraçou-a e as duas sorriram

01 | MemoriesOnde histórias criam vida. Descubra agora