I can't be loved

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Nem preciso dizer o escândalo que foi quando cheguei em casa e minha irmã ver aquela marca vermelha no meu pescoço e como sempre fiz, a ignorei ou dei quaisquer explicações. Mas de uma pessoa eu preciso de satisfação, Tin e seu comportamento maluco, entretanto, não terei o que tanto quero, já que o maior apenas repete a mesma frase de antes.

- Eu gosto de você Can, isso é tudo que deve saber.

Um mês depois... finais dos jogos...

Estou aplaudindo a ousadia do Tin, esse imbecil me abordou na saída da quadra fechada, depois do meu time perder por erro de um dos nossos, porém estavam me culpando. Para ser sincero, nunca o vi tão irritado, sendo que, eu não me importo, pois jogo por diversão e não faz diferença, já vencemos vários outros. Agarro seu pulso e o levo até o vestiário masculino, para conversarmos melhor, mas ele começa seus chiliques irritados.

- Você tem noção do que fez?! Pergunto já mais irritado.

- Eu que pergunto isso, ele estava te culpando por algo que não fez! Esbravejou impaciente.

- Eu não me importo com isso, e você também devia fazer isso, pois sabe muito bem que não fui eu que errei. Soltei um estalo de língua junto ao suspiro. - Por que você é assim? Desde que começamos a sair, tem agido de forma possessiva e seu ciúmes está passando dos limites. O encaro procurando uma resposta decente, mas acabo recebendo uma virada de olhos.

- Nem foi tão ruim assim. Responde já calmo, mas serio.

- Você bateu nele, Tin. Ele faz uma expressão confusa. - E ainda disse que se ele falar novamente comigo, iria mata-lo.

- É melhor desse jeito... Ele diz baixo se aproximando. não podia deixar ele machucar o que é meu... Seus dedos vão de encontro ao meu queixo. meu diamante precioso precisava ser preservado.

- O que diz não faz sentido, não sou feito de carbono. Retruco tirando sua mão invasora. - Vive dizendo essas metáforas estranhas 'pra mim, por que?

Ele suspira e umedece os lábios. - 'Pra te lembrar que me pertence. Citou com seriedade e firmeza.

- Está sendo possessivo de novo, isso não é normal.

- Como se você soubesse o que é ser normal. Lançou com tom sarcástico, mas irritado. Fechei os olhos e pressionei os lábios. - N-não espera, e-eu não quis dizer is... Sua voz arrependida é cortada por mim.

-Então é isso que pensa de mim? Sou uma pessoa anormal 'pra você? Minhas palpebras abrem lentamente e volto a olha-lo. - Depois de todo esse tempo ao meu lado, com seu papo de confiança e solidão familiar, tudo isso não passava de uma grande mentira.

- O que? Não, é tudo verdade, meus pais me odeiam e meu irmão é um idiota completo. Tin rebate desesperado já marejado, seus joelhos vão ao chão e lágrimas aparecem em seu rosto. - Por favor Can... acredite em mim. Soluçou baixo segurando minha direita e de cabeça baixa, provavelmente bloqueado pelo choro. - Esqueça o que falei, eu apenas estava irritado, porque... Ele para, procurando as palavras.

- Porque sabe que nunca irei ama-lo do jeito que quer. Completei sua fala e ele ergue a cabeça lentamente. - Se está com tanta certeza, por que ainda me quer ao seu lado? Assim só se machucará ainda mais. Passei o polegar por seu rosto molhado. - Este amor não é saudável, pois jamais será correspondido. Então, pelo seu bem, eu sairei da sua vida, para assim você encontrar alguém que faça o que eu jamais poderei exercer. Expliquei, ele arregala os olhos.

- Não Can... por favor... n-não faça isso comigo. Ele soluça novamente, tentando me convencer.

Eu apenas ignoro suas súplicas e puxo minha mão, dirigindo meu corpo até a porta, mas antes dou uma olhada por cima do ombro, e ele continuava a chorar de cabeça baixa.

- Adeus Tin, seja o que nunca serei... feliz.. E por um momento... só um momento... uma pequena lágrima surgiu e desceu pela extensão do meu rosto...... 

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