O Pai

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Ela se virou encarando o chão e descobriu que o som fora produzido por cascos que nunca foram ferrados. Um cavalo selvagem, ela pensou. Seu olhar subiu pelas patas do cavalo, que tinha a pelagem branca como a neve e o rabo prateado. Era um animal grande e forte, magnífico. Ela continuou olhando para cima mas, ao invés do pescoço do cavalo, encontrou o torso nu, com pelos que saiam do tórax e mergulhavam pelo abdômen, ombros largos e braços poderosos, terminados em mãos grandes de dedos longos. A cabeça tinha lábios grossos e vermelhos, rodeados por uma barba espessa e prateada como o rabo. Os olhos eram verdes como a mata que os cercavam e as sobrancelhas eram grossas, sem muita definição, e negras. Os cabelos eram prateados como a barba, pretos em algumas partes, e era raspado nas alterais. A besta a observava com severidade, as sobrancelhas arqueadas, enquanto ela se dava conta que ainda pinçava um mamilo com os dedos e tinha a outra mão sobre seu púbis.

Percebeu que Eralógon olhava para a criatura e viu o homem-cavalo retribuir o olhar apara então fitá-la novamente. Permaneceu imóvel, paralisada pela surpresa, mas não sentia medo. A criatura, então, se ajoelhou nas patas dianteiras e se aproximou dela, levantando as mãos para tocar seus ombros. Sentiu os dedos grandes e pesados no tecido da sua túnica que cobria seus ombros, as mãos enormes que avançaram pelo seu pescoço e envolveram seu rosto. Eram quentes e tinham um cheiro almiscarado, masculino e selvagem, que inundou suas narinas, fazendo-a inalar profundamente para sentir um pouco mais. O cheiro inebriava seu sentidos, enquanto o toque das mãos enormes fazia um braseiro se acender entre suas pernas, avançando pelo ventre e esquentando seu corpo. O ser se aproximou ainda mais, inclinando o tronco para ela, as mãos medindo sua cabeça, palmeando seus ombros, envolvendo seus antebraços. Ele parecia medir seu corpo com aquelas mãos grandes, que percorreram suas costas e então apertaram seus seios, fazendo-a gemer baixinho. A criatura não pareceu se importar e desceu as mãos medindo seu ventre, a circunferência da cintura, o diâmetro dos quadris, espalmou suas nádegas e apertou suas coxas. As mãos subiram para sua cintura e a criatura olhou para Eralógon novamente, para depois chegar seu próprio rosto bem perto do rosto da Beza, que continuava sentindo seu cheiro e o calor inexplicável que dominava seu corpo. Sentiu seus dedos apertarem sua cintura e a criatura a puxou, abraçando-a e levantando em suas patas. Ela foi içada e sentiu o tórax forte dele em seus seios, o abdômen entre suas pernas, seu queixo roçando a barba. As mãos foram pras suas acostas, apertando-a num abraço forte. E, então, ela ouviu sua voz pela primeira vez, como se fosse um trovão.

-Minha cria! - as palavras ecoavam em sua mente enquanto ela esquecia do mundo e mergulhava em seu abraço, sentindo seu corpo quente apertar o seu. O tempo parou, não fazia mais diferença, ela apenas sentia o toque e o cheiro, que agora estava mais forte, fazendo o calor entre as pernas ficar úmido e sua boca salivar. Nos instantes infinitos que se seguiram, ela percebeu sua umidade se acumular e escorrer pelas pernas, enquanto ela cheirava a barba do centauro e apertava seu torso forte com suas mãos pequenas. A criatura a puxou para cima, seus rostos se tocaram e ele aproximou seus olhos dos dela, sorrindo. Seu olhar era penetrante, embora olhasse com ternura. Eles sorriram um para o outro e então as narinas do homem-cavalo se dilataram, ele parecia farejar algo. Talvez estivesse sentindo seu cheiro, o cheiro de donzela, cuja umidade escorria por entre as pernas como o riacho que cortava a clareira.

Seus sorrisos se transformaram em desejo, ela respirava ofegante e sabia que ele podia sentir seu hálito. Entreabriu os lábios e sentiu ele chegar mais perto, até que eles se tocaram num beijo profundo, abrindo suas bocas para que fossem exploradas pelo outro. Sentiu seus dentes, sua língua, seus lábios grossos. O gosto do seu beijo era como a luz do sol em sua pele, só que junto com o roçar do tecido nos mamilos.

Ela fechou os olhos e se deixou devorar pela fome daquela besta, um centauro, metade homem, metade cavalo. As mãos fortes sustentavam-na no ar, apertando suas costas, suas nádegas, explorando sua pele. A boca do homem mordiscava seu queixo, pescoço, ombro, desceu pelo seu colo e beijou seus seios por cima da túnica, voltando aos seus lábio, fazendo-a gemer e se entregar ainda mais. Suas pernas se abriam e ela roçava, por instinto, o púbis em seu abdômen, enquanto o centauro esfregava sua barba em seu pescoço. As mãos poderosas se moveram para sua cintura, e então ele a ergueu.

Suspensa há quase três metros do chão, ela viu a clareira do alto enquanto ele enfiava seu rosto sob sua túnica branca, procurando seu sexo com a boca. Ela segurava suas mãos em sua cintura com força, temendo cair, mas abria as pernas para ele. Sentiu a respiração ofegante em sua boceta, e então sua barba roçando sua virilha e lábios inferiores. Ela percebeu que ele se demorou sentindo seu cheiro de mulher para, só então, lhe tocar o sexo com sua língua e lábios. Sentiu o toque úmido e quente de um a língua grande e grossa, que antes ela provou em sua boca. Agora ela desbravava sua gruta, sorvendo sua umidade e beijando seus lábios inferiores.

Sentia aquela boca quente devorando seu clitóris, a língua abria sua vulva e penetrava-a devagar, enquanto ele suspirava e arfava entre suas pernas. Ela ergueu um pouco a túnica para olhar e seus olhos se encontraram por alguns instantes, mas logo ele voltou sua atenção para sua boceta molhada. Sua língua era habilidosa e tocava em lugares que despertavam seus instintos mais selvagens. Ele alternava a língua com chupadas vigorosas em seu grelo e depois voltava a esfregá-la, passando pelo clitóris, abrindo seus lábios inferiores, que eram pequenos, sentindo a entrada molhada, que escorria de tesão, derramando seu melzinho de menina virgem que era devorado por ele, tornando a enfiar a língua em sua vulva. Dessa vez ele enfiou um pouco a língua grossa mas continuou para baixo, até que chegasse em seu cuzinho. Ela sentiu um arrepio e estremeceu em suas mãos, fazendo-o voltar para a entrada da boceta e penetrá-la com sua língua, cada vez mais fundo, cada vez com mais tesão. Ela soltara suas mãos das dele, segurava-o pelos cabelos, tentando ver seus movimentos, se excitando ainda mais com os barulhos que ele fazia enquanto sua boca lhe dava muito prazer.

Uma de suas mãos saiu da cintura e segurou uma de suas coxas, a outra seguiu o mesmo caminho, e então ele a abriu ainda mais, expondo aquela bocetinha, que ele lambia e sorvia, bebendo todo o seu mel, aproveitando cada gota que escorria do seu tesão. E como escorria, Beza nunca havia sentido aquilo e sua vulva estava ensopada. Toda aquela fricção despertava nela sensações que nem podia imaginar que existissem, ela começou a sentir uma onda de calor irresistível, irradiando da sua gruta e espalhando pelo seu ventre, membros, cabeça e mente. 

Ela sentia em sua mente aquela língua que perscrutava sua vulva, ouvia seus próprios gemidos e aquilo a deixava ainda mais excitada. E então ela começou a tremer, e suas mãos puxaram seus cabelos, forçando sua boca contra seu sexo. Ele parecia enlouquecido, percebendo seus sinais. Tirou sua boca da entrada e começou a chupar seu grelo, com força, alternando em movimentos rápidos e lentos, com a língua roçando lugares que a faziam gemer. Ela jogou a cabeça para trás, numa expressão de prazer absoluto, suspensa no ar, recebendo os raios solares em seu corpo e o prazer em sua vulva, até que os tremores se tornaram espasmos incontroláveis e ela gemeu mais alto, a cabeça pendendo, as mãos firmes em seus cabelos, as pernas pulsando sem governo, com ele arfando e relinchando.

-Isso, goze! Goze na boca do seu pai, do seu homem.

Brumas de AeolusOnde histórias criam vida. Descubra agora