II

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Colocando uma rosa branca próxima ao túmulo de sua Mãe, Mark se ergueu e contemplou por um tempo em silêncio a lápide com o nome de Heloise Chader e suspirou. Era o aniversário de sua mãe adotiva. Sempre fazia aquilo em seu aniversário.

Não eram de fato parentes de sangue, ele era adotado, mais ainda assim, sua falecida mãe era sua única família. Não tinham muito tempo para conversar por estar sempre ocupado, mais se encontravam sempre que podiam, por ser um homem ocupado raramente vinha visitar sua mãe na América, embora ligasse todos os dias preocupado com sua saúde, por isso havia levado-a para a França depois de descobrir que ela tinha sido diagnósticada com uma doença terminal, e depois de sua morte precoce devido ao câncer, ele  retornara para os Estados Unidos.

Tinha decidido ficar de vez na América, depois de anos morando fora. Precisava focar em seu futuro, agora era mais que um simples policial, era um detetive e chefe de um departamento, desde que voltara tinha feito muitos trabalhos e os realizará com sucesso.

Mais aquele caso que pegara, tinha certeza que não seria fácil. Afinal o assassino não deixava pistas.

Estava trabalhando quando fora informada sobre a morte de uma garota em um aquário. Tinha ficado surpreso ao saber que um dos funcionários e quase vítimas era alguém que conhecera no passado. Ficara em choque ao descobrir quem era. Não estava surpreso com o método de matar do assassino, era um detetive e especialista em crimes.

Por isso havia decidido cuidar do caso. Mesmo que aquilo lhe colocasse frente a frente com uma pessoa indesejada de seu passado. Tinha decidido focar somente no caso.

Queria olhar na cara do monstro e saber o motivo de ele ou ela ter cortado a garganta de uma garota inocente. Não pegaria leve naquela investigação.

Tinha reunido uma pequena equipe e interrogado todos os funcionários do parque aquático, assim como alguns visitantes que estavam no local.

Mais todos estavam limpos, nenhum antecedente criminal, todos tinham um halibe, todos estavam onde as câmeras de segurança os capitassem.

Mais ainda havia algo estranho e suspeito. Umas das câmeras havia sido danificada, a câmera do local do crime. Possivelmente o próprio assassino havia cuidado  das imagens.

Sem a câmera e as imagens era impossível descobrir quem havia matado e desovado o corpo de Ana Potter.

Mais ainda havia um dos funcionários a serem interrogados, o homem que havia encontrado o corpo, ele havia desmaiado e entrado em choque depois de se deparar com o corpo de Ana, tinha ficado internado por dois dias, machucara um dos braços enquanto tentava desesperadamente sobreviver. Tinha recebido alta e voltado para casa.

Tinha interrogado o médico a respeito de seu estado de saúde mental, de acordo com o laudo, o homem e sua possível única testemunha levaria um tempo para se recuperar do trauma.

Mais ele não podia esperar, não quando o assassino poderia fugir para fora do país, não quando o miserável poderia está lá fora vivendo confortavelmente como se nada tivesse acontecido.

E foi pensando nisso que dirigiu até a casa de sua única possível testemunha do crime. Talvez ele lembrasse de algo que tivesse visto, embora soubesse que seria difícil. Aquela visita era desconfortável para ambos, mas ele estava fazendo seu trabalho como defensor da justiça.

Parando seu carro em frente a casa do homem ele saiu do carro e inspirou profundamente antes de começar a andar em direção a casa.

Não podia esperar. Apertou a campainha e esperou alguns minutos, impaciente apertou novamente e olhou para as casas vizinhas. O bairro era calmo e pouco movimentado, parecia um bom lugar para se viver notou ele.

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