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Jimin

Depois de me despedir de Taehyung caminhei até ao portão da escola, com a intenção de sair do edifício e me dirigir até ao salão, visto que hoje, iria pintar, novamente, meu cabelo. Apesar disso, minha mente estava sendo rodeada, constantemente, por pensamentos de que meu mais novo melhor amigo não deveria estar na presença do outro rapaz, um autêntico brutamontes. Eu sabia que, não sendo culpa de Taehyung em primeiro lugar, o de cabelos negros tinha dado continuidade à discussão infantil dos mesmos e, infelizmente, ele estava nessa embrulhada devido a ele mesmo e suas atitudes.

Suspirei, não havia nada que eu pudesse fazer, portanto, me limitei a esvaziar minha consciência de tais pensamentos negativos e percorrer todo o caminho até ao local onde havia registado minha marcação. Fui recebido na instalação com um sorriso caloroso de Hyuna, minha cabeleireira, a única que tocava em meu precioso cabelo e o deixava com um acabamento perfeito. A moça de cabelos castanhos e lábios bonitos se encaminhou até mim, me abraçando com força, sendo retribuída imediatamente.

— Jimin! Como você está? — ela perguntou, animada, mexendo em meus fios e analisando os mesmos, procurando por qualquer falha. — Faz algum tempo que você aqui veio, seu cabelo está começando a desbotar... porque não marcou para mais cedo? Tive saudades suas, seu bocó!

— Yah, não me chame assim, noona! — Hyuna era um pouco mais velha, porém, no auge dos seus vinte e oito anos, parecia bem mais nova. Quando a vi pela primeira vez — que também foi quando pintei meu cabelo virgem —, a moça tinha vinte e seis e eu lhe daria, no máximo, uns vinte. Sua pele branca e sem imperfeições ressaltavam seus olhos bem desenhados e a expressão sorridente que sempre carregava no rosto. — Também tive saudades suas, acho que faz quase três meses que não venho aqui.

— Está bom, então vamos tratar desse cabelinho, tudo bem? — assenti e, em minutos, tinha meu couro cabeludo massajado pela morena em toques delicados e suaves, apenas como ela sabia fazer. Pouco tempo depois de me afastar do lavatório, a mulher se enfiou em um armário sobre a parede, vasculhando todo o seu interior. — Qual cor vai querer dessa vez, Ji?

Pensei um pouco. Eu gostava do meu laranja, mas também adorei ele preto ou até mesmo rosa. Decidi, todavia, optar por uma nova cor, mais ousada e, talvez, mais sexy. — Cinzento, Hyu.

— Cinzento será, então!

E, assim, passei cerca de três horas na companhia da mais velha, que me contava histórias suas e do seu namorado, enquanto eu ria e contava algumas coisas sobre minha vida pessoal. A moça não se impediu de me questionar acerca de minha vida amorosa, afinal, tínhamos bastante intimidade um com um outro — apesar de nossa ligação cliente-funcionário, nós também éramos amigos. Eu, no entanto, não sabia o que lhe responder e, por isso, tentei fugir do assunto, algo que não passou despercebido pela outra. Porém, isso não a incomodou e ela, compreensiva, decidiu respeitar minha decisão de não contar sobre o assunto.

No final da tarde eu me dirigia até minha casa, contudo, algo me parou. Um rosto familiar, que reconheci como sendo Jin, abraçavam uma moça, e, como eu sou bem curioso, decidi me esconder atrás de uma parede branca, observando sua interação e tentando descobrir quem era a pessoa mistério. Todavia, quando ela se virou e eles mudaram de trajetória, eu pude ver seu rosto mais claramente.

O Hyung estava com a... Joohyun?

Ambos pareciam felizes, os sorrisos abertos e as faces coradas evidenciavam esse facto. Mas o que me deixava extremamente curioso era o facto de Seokjin saber que Namjoon odiava a moça, ao ponto de não poder estar no mesmo ambiente que ela e, mesmo assim, conviver com a mulher. Para meu espanto, ele apresentava estar extremamente bem em sua companhia — talvez em um encontro com a mesma?

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