Mico até demais

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— ABRAM ALAS, PORQUE O DOCINHO CHEGOU! — Jimin gritou após abrir a porta da casa de meus pais.

Jimin e eu somos amigos de infância, e por conta disso ele vivia dentro da minha casa e eu na dele — por isso essa intimidade toda — Assim que saímos da empresa eu liguei animado pra casa dos meus pais, falando que eu e Jimin tínhamos uma surpresa e que era para chamar os "tios", ou seja, os pais do Jimin. E minha mãe como a boa senhora que era, disse que iria preparar um almoço especial pra família.  

— Jimin!!! — minha Irmã de treze anos grita. A mesma nem liga para minha presença, pois é tenho uma irmã e a peste nem liga pra mim.

— Yumi!!! — E mais uma coisa, quando ela e Jimin se juntam, pode ter certeza que vai dar merda. 

— Hey! eu sou seu irmão aqui! — faço birra, quem nunca? Eu cuidei dessa peste durante boa parte da minha vida e ela nem agradecia, não foi assim que a eduquei. Tá bom, talvez esse temperamento dela tenha haver comigo sim.

— Você é chato. — Dá a língua em forma de afronta e eu faço o mesmo. 

— Filhos!!! — Minha mãe e a senhora Park dizem em uníssono ao aparecerem, logo elas vem nos abraçar, felizmente alguém me ama. Dramático? Nem um pouco.

— Mãe, a Yumi falou que eu sou chato — faço birra e aponto para ela, que ainda está abraçada com Jimin, pirralha maldita.

— Oh filho, até eu tenho que concordar, você parece mais sedentário que seu pai.— Poxa mãe, cadê o amor?

— Alguém falou de mim? — Meu pai aparece na sala e eu vou correndo para abraçá-lo. Sabe aquela amizade entre pai e filho? Então, ela existe entre mim e meu pai, e eu sempre vou ser eternamente grato por isso. Talvez o universo não seja tão ruim assim, e ao menos me deu uma família incrível.

— Filho, quanto tempo — Meu pai retribui meu abraço em um aperto forte, ah que saudade. 

— Hey! assim eu vou ficar com ciúmes — minha mãe fala e vem até nós. Meu velho e eu nos entre olhamos, sorrimos um para o outro como a confirmação de uma resposta oculta e assim puxamos ela pra um abraço em grupo. Logo o senhor Park aparece, e assim todo mundo resolveu participar do abraço.

— Tá bom, chega de contato físico! — eu exclamei exaltado.

— Já tava' demorando — Jimin bufa e revira os olhos, o que fez todo mundo rir, menos eu.

— Mas voltando ao assunto principal, qual era a novidade que vocês têm para nos contar? — A tia Park nos pergunta. 

— Acho melhor todos nos sentarmos primeiro — Digo tentando conter a animação que corria em meu corpo.

— Então vamos lá para fora, o almoço já está servido — Minha mãe diz e fomos para a parte de trás da casa, que se consistia em uma espécie de jardim com uma mesa grande no meio dele, sempre fazíamos essa coisa de juntar as famílias, por isso temos essa área perfeita pra isso. Nos sentamos e começamos a comer.

— Vão falar ou não? — meu pai pergunta.

Eu e Jimin nos olhamos com olhares e sorrisos cúmplices, enfim nos levantamos, demos as mãos e gritamos.

— NÓS VAMOS VIRAR IDOLS — Jimin e eu falamos — gritamos — em uníssono. Demorou um tempo até eles raciocinarem direito, porém quando isso aconteceu, meu pai começou a engasgar, minha mãe e a senhora Park começaram a gritar e dar pulinhos, o senhor Park tentava ajudar meu pai, e minha irmã gravava tudo isso — essa geração de hoje.

— FELIZMENTE MEU FILHO VAI DEIXAR DE SER GARÇOM! — Papai grita após se recuperar.

— Olha só, eu sou um ótimo garçom tá! — digo completamente emburrado e ofendido com aquela fala.

Ídol?! Eu?! Fala sério... (Taegi - Yoontae)Onde histórias criam vida. Descubra agora