NADA SERÁ COMO ANTES

Faça a dor parar

Na manhã seguinte brenda foi ao meu quarto me ajudar a fazer as malas   ela estava eufórica ao contrário de mim que  estava num estado de torpor.
____ Estou tão feliz  jenny,  nem acredito que conhecerei  rio de janeiro 
___ você vai gostar, rio de janeiro é Lindo  .
TIA SAndra não  era e nem estava na lista de minhas tias favoritas  considerava _a muito frívola e interesseira  mas era com ela que ficaria por longos seis meses,  a presença de brenda amenizaria um pouco , já havia perdoado ela por ter dito mentiras  a meu respeito,   sabia perfeitamente quem eu era e isso já era o bastante.
Finalmente terminamos de arrumar as malas e descemos para comer,   nana havia feito um delicioso macarrão de forno e suco de uva.
___ vai mesmo embora menina jenny?  Nana indaga
Descanso o garfo na borda do prato e dai então respondo:
___  SIM nana
___ sentirei saudades.
___ também  naninha.
___E de mim não sentirá falta? Indaga brenda
___ claro que  sim menina brenda  , sentirei falta de vocês duas. 
Depois de comermos brenda foi dormir um pouco  , o avião só sairia as seis da tarde ,aproveitei esse tempo para dar uma volta pela fazenda me despedir de tudo aqui que havia se convertido num lar para mim.   Assim que cheguei no riacho  me joguei de braços abertos na grama verdinha que estava fresca  e como um raio as lembranças de aquele dia a mês atrás em que calaghan me beijou pela primeira vez  me atingiu com força , seus lábios sensuais movendo sobre os meus com sofreguidão,  suas mãos grande acariciando meu corpo , maldito calaghan,  maldito,  como pode me fazer apaixonar por ele e logo após me mandar embora?
Me levantei e meu olhar foi atraído para o riacho , a água cristalina  corrente me convidava à me lançar nela.
""'Faça a dor parar,  faça a dor parar
Faça a dor parar ""
O vento morno me sibilava essa frase  constantemente e a passos lentos me vejo marchando para a margem do riacho , a água fria lambe meus pés me estimulando a continuar caminhando até que a água alcance meu pescoço  daí então afundo.  Água começa a entrar no meu ouvido,  minha boca,  meu nariz,  meu pulmão ardendo reclamando ar,  e todo esse tempo apenas um nome havia na minha mente,  apenas um nome minha alma clamava:   ""calaghan, calaghan,  calaghan, ""
Sinto a  inconsciência me dominar  e antes que o sono da morte me invada completamente novamente aquele nome insistente  surge na minha mente:calaghan ""