O que nasce do ódio?

Mudança

Olá! Essa é minha primeira fanfic e espero que vocês gostem.

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Capítulo 1

Pov Macarena

Cheguei em Madrid não muito animada pela mudança. Acabara de ser expulsa da escola a qual eu estudava em Barcelona. Foram muitos avisos que meus pais receberam do diretor até de fato eu ser expulsa e eles resolverem me levar embora para outra cidade a fim de transformar nossas vidas para melhor. Eu não estava muito convencida de que um novo lar fosse resolver o meu jeito impulsivo de ser. Já havia arranjado algumas brigas na outra instituição e reprovado um bocado de vezes... Então, por que seria diferente se estivesse em outro espaço, em outra cidade?

Pov Zulema

Estive muito ocupada esses dias escutando atentamente à diretora que me passava os nomes de alunos que entrariam agora para a escola. Não gostava de ter de dar-lhes boas vindas assim, em pleno período letivo à todo vapor. As aulas já haviam começado faziam três meses, teria que ter paciência com esses novos alunos que chegavam transferidos de outras escolas seja por que motivo for. A verdade é que isso me cansava, sentia falta da minha vida como assaltante, exceto a parte em que já estive na prisão...

Joder, para quê fui me meter em uma vida acadêmica? Reconstruir minha história? Ter uma vida normal como qualquer outra pessoa? Na prisão eu era Zulema Zahir, a elfa do inferno! Aqui, sou professora Zahir. E mesmo que metade do corpo docente tenha medo de mim por saberem de meu passado, os alunos são uns pivetes que pouco me respeitam já que só cursam a minha disciplina porque não tem outro jeito. Está na grade curricular.

- Ah, Zahir... - a diretora fala interrompendo meus pensamentos.

- Aproveitando que estamos quase encerrando... Gostaria de lhe informar que sua aluna Helena anda tirando algumas notas baixas. Devo me preocupar? - ela pergunta com ar de desdém pra variar.

Quase reviro meus olhos, mas mantenho a compostura pensando que essa reunião logo irá se encerrar.

- Claro que não, senhora diretora. Ainda temos algumas provas ao longo desse semestre para que Helena recupere sua nota.

A diretora me olha da cabeça aos pés, sinto um arrepio na espinha ao lembrar do dia em que me descuidei e ela me viu lendo uma carta de amor deixada pela menina endereçada à mim na mesa da sala dos professores. O que aconteceu em seguida foi que para não preocupar os pais da menina que eram seus amigos próximos, a diretora resolveu se calar e me fez prometer que não magoaria a garota, tampouco ficaria com ela. Teria de aguentar até o seu último ano na escola recebendo cada carta que ela me desse. Onde fui me meter?

Apesar dos alunos não se sentirem intimidados pela minha presença, as alunas, por sua vez, parecem quase sempre se interessar por mim. Se Saray trabalhasse por aqui, talvez aproveitasse melhor que eu toda essa situação... Entretanto, preciso me manter na linha uma única vez na vida. Nada irá me impedir de seguir adiante dessa forma e estou disposta a pagar o preço de uma vida sem graça e sem aventuras. Para a prisão não volto nunca mais! Prefiro minha liberdade.