0.9 - 𝑖𝑓 𝑖 𝑤𝑒𝑟𝑒 𝑎 𝑏𝑜𝑦

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❝É um pouco tarde demais
para você voltar
Dizer que foi apenas um erro
Pensando que eu perdoaria
você assim. ❞

~ 🦋 ~

Verônica caminhou para dentro do hospital. Sua cabeça bastante cansada da noite anterior na boate de Perrie.

Ela vestiu sua roupa de trabalho nos vestiários e logo subiu para o 4° piso.

— Dra. Verônica, bom dia. — Derek surgiu à frente da morena.

— Bom dia. — Verônica forçou um sorriso.

— Cheryl tem ido bastantes vezes ao jardim. A mãe dela já disse que isso não faz bem à garota. — o homem afirmou cruzando os braços.

— Dr. — Verônica suspirou. — Desde que eu cheguei aqui, minha paciente não teve crise esquizofrénica nenhuma. Aliás, Cheryl adora o ar livre. A mãe dela podia ser o papa. Não saberia mais que eu, que sou formada em medicina e médica da filha dela.

O médico assentiu. Um banana. Esse homem é um banana. - pensou Verônica.

— Com licença. — Lodge pediu antes de ir até ao quarto de Cheryl. — Bom dia. — cumprimentou a ruiva.

Os olhos de Cheryl brilharam vendo a médica entrar.

— Verônica! — exclamou sorrindo. — Bom dia.

Vendo a felicidade de sua paciente, Verônica se aproximou para beijar a testa da mesma.

— Dormiu bem essa noite? — a morena perguntou.

— Não dormi. Passei a noite contando as horas para você entrar pela aquela porta com um sorriso. — Cheryl confessou.

Àquele ponto Verônica sabia que tinha cometido um erro. Ela tinha deixado que Cheryl se apaixonasse por ela. Ou foi isso que ela entendeu no desabafo do dia anterior. Mas naquela altura estava bêbada demais para pensar. No dia de hoje não. Verônica sabia que precisava fazer algo. Mesmo que seu coração lhe dissesse que ela sente o mesmo, seu cérebro falava mais alto.

— Cheryl, vamos falar de uma coisa. — Verônica se sentou na poltrona ao lado da ruiva. — Eu sou sua médica.

— Novidades. — a paciente debochou rindo.

— Eu sou sua médica e... Não passa disso. Você sabe, certo?

— Oh. — Cheryl riu nervosa. — Claro, eu sei. Nunca me passou pela cabeça que você quisesse ficar comigo, descanse.

— Não, não é que eu não quei— Verônica ia falar mas rapidamente interrompeu suas próprias palavras. — Na área de psiquiatria não deve acontecer, entende?

— Eu entendo. — a paciente forçou um sorriso não querendo demonstrar sua fraqueza.

— Mudando de assunto. — Verônica riu de nervoso. — Você gosta de boates?

— Não, de verdade não.

— Sentia que todas as pessoas te observavam?

— Não. Eu só nunca gostei de confusão. — Cheryl fez uma careta.

— Está certíssima. — a médica riu.

— Você foi numa ontem, certo?

Verônica ficou confusa pensando como a garota sabia disso.

— Como sabe disso? — a morena perguntou.

— Eu vi sua roupa ontem pelo ecrã. E a maquiagem também. Estava linda. — Cheryl sorriu e suas bochechas avermelharam.

the help ⋅ cheronica [𝐜𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐨]  Onde histórias criam vida. Descubra agora