Capítulo 36

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boa leitura 🐍


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BEBÊ

 DIA 7

{Narrado por Camila}

— Bem-vindo a casa, Ulric— , eu disse a ele enquanto ele olhava para mim, com aqueles lindos olhos cor de avelã. Sempre que eu falava, ele sempre tocava meu rosto. Tirei a pequena luva azul e verde que sua avó lhe dera e beijei seus dedos. 

— Jesus Cristo, esta neve!—  Shawn gemeu quando ele fechou a porta da frente, o assento do carro em uma mão e nossas malas na outra, a neve caindo de sua jaqueta de lã. 

— Está nevando de novo?—  Eu perguntei, voltando. Nós passamos a semana no hospital por causa da nevasca, o que foi ótimo porque recebemos muitas dicas e ajuda das enfermeiras. 

Mas, por outro lado, estávamos loucos e tão prontos para chegar em casa. 

— Sim. Apenas começou de novo. Parece que ainda não acabou,—  ele respondeu colocando as coisas na porta e tirando a jaqueta e o cachecol. Ele tinha ido duas vezes, primeiro para me ajudar a trazer Ulric para dentro e depois novamente para pegar nossas coisas. 

— Olá, Marshmallow— , disse ele, beijando a testa de Ulric. 

— Ah não. Não o chame assim, ou Bellamy nunca deixará passar.

Eu ri, balançando Ulric, enquanto seus pequenos braços acenavam. 

— Como mãe, como filha— , disse ele, chegando a tirar o meu chapéu. Eu manobrei meu pescoço para que ele pudesse tirar meu lenço.

— Ok, minha vez.—  Ele alcançou Ulric. 

Fazendo beicinho, eu beijei as mãos de Ulric mais uma vez, antes de gentilmente acomodá-lo nos braços de Shawn. 

— Venha para o papai— , ele arrulhou, saltando-o exatamente como as enfermeiras fizeram. Ulric sorriu. — Sim está certo. Eu sou seu pai, você quer ver o seu quarto? 

— Eu estou dizendo a você, todas essas coisas de baseball, e ele vai querer fazer uma dança interpretativa ou algo assim.—  No momento em que eu disse isso, Shawn olhou para mim como se eu tivesse perdido a cabeça, abraçando Ulric em seu peito. 

— Vamos ver seu quarto antes que sua mãe tente esmagar implacavelmente meu coração novamente— , ele sussurrou, indo para as escadas. Revirando os olhos, tirei meu casaco, colocando-o em cima dele, enquanto ele esperava por mim. 

— Eu vou pegar— , ele disse quando eu peguei a bolsa de bebê e o assento do carro. 

— Então você terá que nos deixar novamente. Eu tenho que ir.—  Eu sorri bem atrás deles. Ele fez tudo. Eu sabia que eu dava à luz, eu sabia que era como ser pais, mas ainda assim, ele estava carregando ele, então porque não. 

Ele fez uma careta, mas Ulric sabia exatamente como nos fazer sorrir e no momento em que olhou de volta para ele, ele nem se preocupou com isso. Ele subiu os degraus de madeira lentamente até chegar ao último andar. Ao lado dele, fechei o portão do bebê e o segui em direção ao seu quarto. 

— O que você acha?—  ele perguntou, levantando-o um pouco para poder ver a sala. 

Quase todas as paredes eram de um azul marinho, com exceção da parede adjacente ao berço de Ulric. Lá, a parede tinha sido feita perfeitamente com papel de parede com a imagem de uma bola de beisebol gigante. Então, era principalmente branco com a costura vermelha da bola de beisebol na esquina.

No centro, escrito em Boston Red Sox, estava a letra U ... e isso era apenas o começo. O trocador estava em cima da cômoda, pintado de vermelho. Escrita em letras brancas em negrito, dizia: 

— Fenway Park— , junto com — Red Sox Nation—  e as palavras — World Séries Champs— , e em torno disso em pequena numeração nos anos, — 2004, 2007, 2013— , e então — 20 —  com espaço ao lado. 

Aparentemente, durante o ano, Ulric venceria um. Ainda não pronto ... fechando a porta, ele mostrou-lhe os macacões de jérsei que ele usara em vermelho e branco. O nome Mendes bordado na parte de trás sobre o número 23 que originalmente era minha data de vencimento. 

— O que você acha? Uma sala campeã para um futuro campeão? ele perguntou a Ulric. 

Sentando na cadeira de balanço, eu observei enquanto eles andavam pela sala, Shawn dando a ele a grande turnê. Quando o conheci, ele parecia mais ligado à música e à lei do que ao beisebol. Sua casa era ordeira e elegante. Claro, ele tinha algumas coisas de beisebol. Como um abridor de cerveja e uma camisa. Mas era Boston, então era difícil encontrar alguém que não tivesse coisas assim. Foi somente quando me mudei para a temporada de beisebol que ele saiu como uma drag queen no Mardi Gras. 

— Lançador ou apanhador?—  Ele perguntou, levantando a luva de beisebol na frente dele. 

Querido Deus, por favor, deixe esse garoto amar beisebol.                 

ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora