Parte 7 - Você é muito malvado Do Kyungsoo!
- O que é tsundere? - Perguntou o menor enquanto descascava uma batata.
- Hmmm... É você. - Explicou o outro se arrumando na cadeira, ao mesmo tempo que escrevia alguma coisa. - É esse seu jeito estranho de me amar.
- Que ridículo! Eu não sou isso.
- Claro que é, todo mundo sabe disso.
Kyungsoo não entendia porque as pessoas diziam que ele era esse tal de tsundere, ele era uma pessoa tão amável.
- Você acha que eu sou... Malvado? - Refutou colocando os vegetais na panela.
- Você é muito malvado Do Kyungsoo!
- Não sou não, me de dois argumentos!
- Ok! Deixe-me ver. - Respondeu se levantando da mesa e indo em direção ao balcão da cozinha. - Teve uma vez que você estava com o estômago ruim e eu que cozinhei naquele dia, você se recusou a comer dizendo que eu iria te envenenar, outro dia eu queria que você comesse minha batata com cebolinha porque li que faz bem para o cérebro e o que me disse? Que era mais fácil eu comer, pois precisava ficar mais inteligente, aquela vez que ficou sem conversar comigo por uma semana só porque estava com ciúmes do Junmyeon e não sabia, teve também aquele dia em que eu me machuquei e quebrei a perna, pedi que fizesse um chocolate quente para mim e mandou-me ir fazer porque eu não faço chocolate com a perna, mas com o braço, ou quando me disse que eu deveria prestar mais atenção porque pareço um urso desajeitado e...
- Tá bom! Eu pedi só dois, credo.
Kim riu e voltou a sentar enquanto isso Kyung reclamava no canto da cozinha.
(...)
Alguns dias se passaram e a neve caía rapidamente, fazendo com que Do pegasse uma gripe.
- Eu não vou comer nada que tenha cebolinha Kim Jongin. - Afirmou assoando o nariz vermelho.
- Quem disse que eu coloquei? - Respondeu dando meio volta, para claro tirar a cebolinha do prato.
O pequeno chefe nunca ficava doente, era difícil alguma coisa derrubá-lo, porém andar sem uma blusa de frio no meio de tanta neve realmente não o faria bem.
- Olha o aviãozinho Kyunggie!
- Se você fizer isso mais uma vez eu te faço engolir essa colher. - Expressou fechando a cara.
- Você é malvado demais! - Falou fazendo biquinho.
Kyungsoo respirou fundo e começou a comer a sopa, por incrível que pareça estava saboroso, então comeu tudo em instantes tirando um sorriso no rosto do mais novo.
- Estava gostoso? - Interrogou o outro sorrindo.
- É, estava comestível.
- Nossa Kyungsoo, parece que você piora de humor credo, eu não recebo nem um obrigado.
- Obrigado. - Murmurou embaixo da coberta. - Eu não tenho culpa se minha personalidade é assim.
Jongin sabia disso, entendia que era complicado o humor do seu marido e que qualquer coisa podia tira-lo do sério. Mas era isso que ele mais amava no pequeno, aquele sentimento de nunca saber como ele estará naquele dia e se surpreender quando ele disser eu te amo.
No meio tempo em que ficou vagando em seus pensamentos o menor acabou dormindo, encolhido na cama, respirava fundo.
''Parece até um anjo'' pensou.
Kim se aproximou e deitou ao seu lado, seu cabelo moreno caia sobre suas pálpebras, a boca em forma de coração era vermelha e seu rosto redondo estava brilhando com a luz do sol que entrava por uma fresta na janela, ele passou os dedos sobre suas mechas desarrumadas e sorriu.
- Eu te amo tanto meu pequeno. - Sussurrou deixando um selinho na testa dele.
(...)
Do dormia tranquilamente, Jongin lavava a louça e o passarinho cantava na janela, o dia estava tranquilo, quando o telefone tocou e o mais alto correu para atender.
- Quem está falando? - Uma voz feminina soou do outro lado.
- Kim Jongin, quem é?
- Sr. Kim Jongin, sou a Sra. Soha da instituição de adoção, liguei para falar sobre o pedido que vocês fizerem.
O coração dele batia rápido demais.
- Infelizmente seu pedido foi recusado, vocês terão que procurar outro lugar.
Ele já sabia que isso iria acontecer, mas se sentia tão animado que pensou que de alguma forma fosse dar certo.
- Obrigado mesmo assim.
Kim Jongin colocou o telefone de volta ainda meio sem saber o que fazer, algo quente escorria em seu rosto, eram lágrimas que percorriam seu rosto sem saber por quê.
E agora o que fariam? Já era a quinta instituição que se recusava a ajudá-los, será que ninguém estava disposto a fazer com que duas pessoas realizassem seu sonho? Será que ele era uma pessoa tão ruim para não merecer um filho? Eram muitas perguntas, as quais não sabia responder, entretanto, a mais importante era, deveriam desistir?
Obrigada por ler <3
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Meu marido um Tsundere
FanfictionTsundere é uma combinação de duas palavras, tsuntsun e deredere. Tsuntsun é a onomatopéia para - - frio, brusco -, e deredere significa - tornar-se amável/amoroso - Kim Jongin um jovem professor de jardim infância, uma pessoa animada e gentil é cas...