A Filha da Empregada

VINTE E UM

Melissa

Já passava das seis da tarde quando Fernando parou o carro à algumas residências antes da mansão, já começava a escurecer. Por ele, nós dois ficava até amanhã trancados naquele apartamento, mas como eu tinha horário pra voltar ele concordou em me trazer de volta.

Depois da refeição e da pequena conversa sobre as nossas vidas, eu e Fernando começamos a nos beijar e o clima entre nós dois aumentou. Subi no colo dele ainda sentado na cadeira, o tesão entre nós dois voltando com força, foi inevitável em não ir pro quarto repetir a dose, mesmo ainda dolorida por baixo eu quis mais. Mas Fernando foi carinhoso o tempo todo e sempre preocupado por saber se eu estava me sentindo confortável, a minha excitação era tanta que na hora a dor era mínima. Como ele mesmo disse, ele está me fazendo viciar nele e no sexo. Depois do nosso segundo round eu realmente não aguentaria mais uma maratona de sexo, minha vagina estava literalmente dolorida e passamos o resto da tarde deitados na cama, conversando coisas aleatórias enquanto Fernando fazia um cafuné na minha cabeça. Eu estava nas nuvens em seus braços.

Agora estamos aqui no carro, depois da tarde maravilhosa, é hora de encarar a realidade. Me viro pra olhar pra ele, Fernando dá um leve sorriso e levanta a sua mão me acariciando no rosto.

__ Adorei passar o dia com você.

Dou também um sorriso, mas ao mesmo tempo meu sorriso se desfaz com o pensamento de ele não me querer mais, agora que ele já conseguiu o que queria.

Sinto uma coisa ruim se apoderar dentro de mim ao pensar nessa possibilidade. Olho para as minhas mãos que estão no meu colo, sentindo uma certa tristeza, acho que não aguentaria se ele me desprezasse.

__ Aconteceu alguma coisa? - Fernando pergunta e levanto o meu rosto o olhando.

__ Não é nada... eu também adorei passar o dia com você. - Falo não querendo sair do carro, eu só quero ficar mais um pouco com ele.

Fernando se aproxima de mim e me beija com delicadeza nos lábios, depois ele me olha profundamente e não consigo saber o que ele está sentindo ou pensando. Pra quebrar o contato eu desvio o meu olhar e abro a porta do carro, mas antes eu me viro pra ele de novo e falo.

__ Até logo Fernando.

Saio do carro e fecho a porta, cruzo os meus braços sobre os meus seios e começo a andar sem olhar pra trás, onde ele ainda espera dentro do seu carro. Não sei o que estou sentindo agora que não estou mais em sua presença, mas algo me diz que isso foi a última vez que ficamos juntos. E com essa sensação sinto o meu coração doer só por sentir essa possibilidade. Não quero pensar nisso agora, isso irá me consumir e não posso deixar isso acontecer.

Ando de pressa e logo chego na mansão, entro e sigo pelo os fundos da casa. Mas assim que entro na cozinha eu vejo um homem desconhecido procurando algo na geladeira, me assusto e o rapaz que estava de costas pra mim se vira me vendo parada ali, nunca tinha visto ele antes e fico desconfiada. Ele ainda sem dizer nada, percebo o seu olhar em meu corpo, vejo ele abaixar os seus olhos para as minhas pernas e logo depois vai subindo novamente pelo o meu corpo, até que para nos meu olhos. Encaro o rapaz sem entender de quem possa ser e percebo que algo nele me parece familiar. Depois de alguns segundos sentindo o seu olhar preso em mim, vejo ele se aproximar mais de mim e diz.

__ Eu sou o Vítor. - Ele estende a sua mão em minha direção e eu coloco a minha mão na sua o cumprimentando, mas não falo nada. Sinto seus dedos me apertar levemente. - E eu posso saber o seu nome linda?