Por Anhaí
Minha conversa com Chris estava animada. Uma voz de garotinha chama minha atenção quando ela diz meu nome.
- Any! – Olho para trás e vejo que a garotinha era a minha doce e pequena Cleo. Levanto-me da cadeira e ela vem correndo me abraçar.
- Cleo! Quanto tempo! – Eu abraço ela fortemente – Minha nossa, como você cresceu de lá para cá. – Abraço ela novamente e lhe dou um beijo na bochecha.
- Claro, faz três anos que você não vem me ver. – Diz ela, como amo a sinceridade dela. – Mas minha mãe falou que você estava trabalhando e eu entendi, mas agora você está aqui. – Ela me abraça novamente.
- Sim, mas eu sempre liguei para você, para contar das novidades! – Ela concorda com a cabeça – E os presentes que te enviava quando eu viajava para outros países. Sempre lembrei de você. – Ela me lança um sorriso.
- Aquela alí é Dul? – Olho para ela e concordo com a cabeça, ela iria na direção dela e uma voz masculina a chama e quando olho nem acredito no que eu estou vendo na minha frente.
- Cleo! Quantas vezes eu já te falei para não sair correndo? – Diz ele se abaixando na frente da menina que abaixa a cabeça – Não faz mais assim tá? – Ela apenas concorda e sai correndo na direção de Dulce e Chris ele esboça um sorriso e fica negando com a cabeça.
Quase morro com aquele sorriso, quantas vezes já sonhei em ver aquilo novamente, quantas vezes. Respiro fundo e tomo coragem em dizer oi.
- Olá Alfonso, quanto tempo. – Ele me encara e me perco naquela imensidão verde e esboço um sorriso.
- Oi. – Diz seco e se afasta.
Sinto um ódio dele, me ferve o sangue o jeito dele indiferente comigo. Ele terminou tudo, ele que não foi atrás de mim lá NY, eu esperei ele por todo esse tempo e é assim que ele me trata? Nego com a cabeça, coloco meu melhor sorriso e volto a minha mesa. Sento-me e logo Cleo me pergunta:
- Any! Vai ficar uma semana aqui? – Eu nego com a cabeça e ela fica triste. – Vai ficar apenas dois dias igual da última vez? – Nego também e ela fica mais triste ainda.
- Vou ficar três meses. – Ela me olha com um brilho no olhar, e sinto o olhar de Poncho sobre mim e Chris que não esconde o sorriso.
- Três meses?! – Diz Cleo toda animada. – Não acredito. Mamãe vai pirar com essa notícia.
- Eii mocinha onde aprendeu esse linguajar? – Diz Chris em meio a um sorriso.
- Na escola ué. – Falou e deu de ombros e caímos na gargalhada.
- Podia ficar sem essa Chris. – Diz Dulce em meio a um sorriso.
- Cleo, precisamos ir. – Diz Alfonso o olhar dela fica tristonho.
Olhando o rostinho dela eu tomo coragem e falo:
- Cleo, o que você acha de amanhã depois da escola você ir lá em casa? – Ela me olha com um grande sorriso nos lábios. – Claro se sua mãe e o rabugento do seu irmão deixarem. – Dou uma piscadela para ela e sinto Poncho bufar ao meu lado, mas dou de ombros.
- Pode deixar, eu convenço eles. – Ela me abraça e sai de mãos dadas à Poncho.
Depois de mais alguns minutos Ucker chega e logo vamos em direção à fazenda. Mas agora Chris está junto conosco.
Chegando na frente da fazenda, vejo que nada mudou, ela continua na mesma cor branca com arcos em sua entrada, um grande e espaçoso sofá, para tomar um pouco de brisa, as janelas ainda são de madeiras. Desço do carro e vou em direção a porta da entrada e uma menina de cabelos curtos olha para mim incrédula.
- NÃO PODE SER! – Ela grita – ANY! É VOCÊ? – Ela sai correndo da porta e me abraça forte e caímos na grama.
- Se não me sufocar com seu abraço, ainda sou eu. – Dou risada e ela também.
- Estava com tantas saudades... – Ela encho os olhos de lágrimas, logo ela pisca várias vezes.
- Eu também Mai. – Ela começa a me bater – Aii o que eu fiz?
- Você – um tapa – Não – outro – Avisou – Mais um – que chegava hoje. Sua vaquinha.
- Desculpa queria fazer uma surpresa. – Digo em meio a gargalhadas.
Ela se levanta de cima, me ajuda a levantar, recebe Dul com um abraço forte e vai junto de seu noivo o Chris.
- Barbie do Texas! – Olho para trás e vejo meu pai com um enorme sorriso em seu rosto, corro em direção a ele e me jogo nos braços dele.
- Papai! – Ele me abraça forte – Que saudades! – Dou vários beijos em sua bochecha.
- Ahhh não, assim fico com ciúmes. – Diz uma mulher em tom de brincadeira, olho pelos ombros de meu pai e vejo Maite, vou dar um abraço forte nela. – Pode se passar anos, mas esse seu abraço é único. – Fala me abraçando forte. – Que saudades minha pequena estrelinha.
Após a chegada subo ao meu quarto com Dulce, pois ela dormiria comigo até arrumarem o quarto de hóspedes.
- Eu vi sua cara quando você viu o Alfonso. – Ela me olha com um sorriso malicioso.
- Não viaja Dul. – Digo dando de ombros.
- Também vi sua cara quando ele te deu um corte. – Ela olha para mim com um ar de pena, mais uma vez dou de ombros.
- Já te falei que você é insuportável? – Ela me mostra a língua e cai na gargalhada. – Vou ver como está o Spirit. – Deixo ela dando risada, fecho a porta e respiro fundo.
Saindo da casa, vou direto para o estábulo, logo vejo meu cavalo em sua baia, ele começa a relinchar assim que sente meu cheiro, corro e logo chego ao destino.
- Oi garotão! – Falo e abro a portinha da baia – Quanto tempo. – Começo a passar a mão nele que relincha me respondendo.
- Então é você o motivo desse alvoroço todo, Trovão estava inquieto desde o começo da semana. – Uma voz masculina fala e olho para trás e paraliso com minha visão.
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A PROVA DO TEMPO
FanfictionVou lhes contar uma história. A história de como morri, não se assustem, não é no sentido literal da palavra, mas sim no sentido figurado. Eu morri para o amor, morri para a paixão. Todos dizem que dei sorte na vida, mas acredito que não, tive que...