Por Anahí
Acordo assustada com os relinchos de Trovão, sim eu reconheço o relincho do meu cavalo, visto meu roupão por cima e saio em disparada para o estábulo, chegando lá vejo um homem tentando prender ele em uma cela, mas esse homem estava tentando usar a força bruta.
- O QUE VOCÊ ESTÁ TENTANDO FAZER? – O homem se assusta e me encara, parece ter cerca de seus 40 anos, seus cabelos eram quase grisalhos e tinha uma fisionomia facial de uma pessoa que já trabalhou e sofreu de mais nessa vida. – NÃO VÊ QUE ASSIM VAI MACHUCÁ-LO? – Vou mais perto e o homem gargalha.
- Quem é você para falar desse jeito com ele? – Diz ele todo dono de si – A dona dele não aparece aqui já faz três anos. Ela nem sabe o que se passa por aqui. – Ela gargalha, uma risada que me dá medo.
- POIS BEM, VOCÊ ESTÁ OLHANDO PARA A DONA DELE. – Digo e ele me encara assustado.
- Se... Senhorita Portilla – Ele baixa a bola de repente – Me desculpe, não sabia que era a senhora.
- Ahhh jura? – Olho com um olhar sínico e ele me encara, aquilo me dá arrepio – Pois bem, vou contar para o meu pai e ele vai tomar as devidas providências, cruzo os braços e começo a gritar, virada de costas para ele – PAPAI... PAPAI!
Ele se aproxima de mim, tampa minha boca e me aponta um estilete e fala:
- Se você gritar mais uma vez, você já era garota, está me entendo? – Ele fala bem perto do meu ouvido e aquilo me arrepia toda, estava com medo daquele homem. Ele me solta e mesmo assim eu afronto ele e chamo meu pai mais uma vez.
- PAPAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIII – Ele agarra meu cabelo e segura agora o estilete no meu pescoço.
- Parece que a patricinha, gosta de gritar é? – Aproxima o estilete da minha garganta. – Ahhh soube que é cantora também, o que acha de ficar sem voz? – Naquela hora eu me arrependi de ter gritado.
- LARGA ELA JOSUÉ – Diz Poncho entrando no estábulo – Já falei para largar ela. – Diz ele com os punhos serrados.
- Ou o que? – Diz ele – Vai gritar para o seu amigo Herrera, igual essa patricinha aqui? – Quando fala ele me balança junto então começo a chorar, estava morrendo de medo, aquele cara parece louco.
- Ok, vamos conversar com calma, tudo bem? – Eles se encaram – Você não quer voltar para a cadeia novamente quer? – Oi? Como assim para a cadeia? E novamente? Começo a pensar e vejo meu pai chegar na porta do estábulo.
- O que está acontecendo aqui? – Meu pai chega e vê aquela situação toda – De novo não... – Ele respira fundo – Josué, olha para mim – O peão obedece – Agora solta a minha filha por favor. – Ele me solta e Poncho mais que depressa me puxa me colocando atrás dele. – Agora venha comigo, por favor.
Quando ele está saindo de lá ele me lança um olhar sombrio, me encolho atrás de Poncho que entende e pega minha mão que estava encostada no seu ombro, eles saem e eu finalmente consigo me recuperar do susto.
- Obrigada, Alfonso. – Digo meio sem jeito – Se você não aparecesse, não sei o que seria de mim. – Solto um suspiro.
- Que diabos, você veio fazer aqui? – Diz ele com raiva quase gritando eu me afasto um pouco dele.
- Desculpa se acordei com os relinchos assustados dos MEU CAVALO e aquele ogro estava maltratando ele. – Digo brava e vou em direção a baia de Trovão. – Bom dia amigão, passo a mão em sua cara.
- Any, desculpa, ele é louco. Falei para o seu pai não contratar ele, mas ele é igual você cabeça dura e acha que todo mundo pode melhorar. – Diz ele em suspiros.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A PROVA DO TEMPO
FanfictionVou lhes contar uma história. A história de como morri, não se assustem, não é no sentido literal da palavra, mas sim no sentido figurado. Eu morri para o amor, morri para a paixão. Todos dizem que dei sorte na vida, mas acredito que não, tive que...