Depois da "bela" cortada que dei em Any, me arrependi na hora, vi o olhar dela se entristece, ela não merecia isso, eu sei, mas agi por impulso mais uma vez e me amaldiçoo por isso, essa minha mania de querer afastar os outros.
Quando Anahí me chama de rabugento, eu sinto vontade de sair daquela lanchonete, mas eu tenho culpa por isso, eu que procurei, mas ver que a amizade dela e de minha irmãzinha continua a mesma ou até melhor, me dá um alivio. Lembro desses três últimos anos que ela não apareceu na cidade, muitas coisas aconteceram, o falecimento do meu, as dívidas, a Claudia, só de pensar nela me dá vários tipos de arrepios e de pensar que vou ter que passar de bom noivo para ela hoje a noite, sinto vontade de sumir do mapa.
Para me distrair, vou a fazenda dos Portilla, ver como está o trovão que essa semana estava inquieto, parecia que ele sabia que iria rever a dona.
Chegando lá, vejo uma linda mulher conversando com o Trovão.
- Então é você o motivo desse alvoroço todo, Trovão estava inquieto desde o começo da semana. – Ela se vira com o semblante assustada. – Calma não vou morder. – Digo em tom de brincadeira.
- Que susto Poncho. – Ela balança a cabeça negativamente – Quer dizer Alfonso.
- Pode me chamar pelo apelido. – Digo indo mais perto dela e ela se afastando mais, aquilo me causa um aperto no coração. – Calma não vou morder. – Ela se encosta na parede.
- Alfonso... por favor não. – Quando ela diz, coloca sua pequena mão em meu peito e eu sinto um leve choque e percebo que ela também sentiu.
Me afasto um pouco e ela sai de perto de mim, por um movimento involuntário seguro os braços dela e colo meus lábios, depois que nos separamos ela me dá um tapa no meu rosto e esbraveja, olhando nos fundos dos meus olhos.
- Nunca... – Ela limpa a boca – Nunca mais faça isso. – Se solta de mim e sai correndo, eu apenas a observo e me pergunto, por que raios fiz aquilo.
Trovão começa a relinchar, parecendo que ele entendeu a situação:
- Sua dona é doida, Trovão. – Ele bufa – Ata, eu que sou o doido dessa história? – Ele relincha, parece que ele tem razão. – Tens razão Trovão, eu sou o doido. – Dou tchau para o cavalo e vou para minha casa me arrumar para o tal jantar.
Por Anhaí
Como ele tem coragem de fazer isso? – Penso – Depois de tudo ele acha que pode vir me beijar e vamos ficar bem? – Nego com a cabeça – Que saudades daqueles lábios... Cala boca Anahí Portilla, você precisa odiar ele! – Bufo e entro na casa e vou direto para meu quarto, entro e bato a porta.
- Eii, tem gente querendo dormir. – Diz Dul, com o tapa olhos em cima de seus olhos.
- Desculpa Dul, foi sem querer. – Digo com a voz semi embargada
- O que aconteceu? – Ela me pergunta retirando seu tapa-olhos e vem ao meu encontro e me abraça.
- Ele estava aqui. – Ela me pergunta se era Poncho e eu concordo – Ele me beijou.
- O QUE?! – Ela grita e tapa sua boca e eu arregalo meus olhos – O que como foi isso? – Diz ela quase sussurrando e conto para ela tudo o que aconteceu. – Aiii Deus, bem feito para ele. – Faz uma careta e eu a abraço. Ficamos no quarto arrumando minhas coisas e logo Maite, bate na porta, prontamente eu a abro.
- Querida, avisa a Dul que o quarto dela já está pronto. – Diz ela com um sorriso em seus lábios – Ahhh quase esqueci, tem visita para você. – Ela vira-se e vai para o corredor.
Fecho a porta, falo para Dul e me dirijo a sala de estar e vejo uma senhora sentada no sofá.
- Dona Ruth! – Exclamo e vou correndo abraça-la – Que saudades!
- Oi minha menina, pois é você sumiu. – Diz me abraçando forte – Fiquei muito feliz quando soube que você estava de volta. – Diz em meio à um sorriso – o Alfonso, meu marido, ficaria muito feliz em te ver desse crescida e uma bela mulher. – Sinto um nó na garganta se formar.
- Eu sei dona Ruth e peço perdão por não vir no momento que a senhora e Cleo mais precisavam. – Uma lágrima teimosa caí de meus olhos e ela a enxuga com seu dedo.
-Tudo bem, ele está feliz de onde ele está agora. – Diz ela com um sorriso nos lábios e aquilo me acalma. – Ahhh trouxe uma surpresa para você. – Olho-a e já sei qual é.
Maite traz pedaços de bolo e copos de sucos e chama Dulce para se juntar a nós, ficamos nós quatro conversando e jogando conversa fora. Como é bom poder conversar com as pessoas que você gosta sem se preocupar com paparazzi e câmeras por todo lado, sentia falta daquilo.
À noite se juntamos na mesa de jantar e Chris está conosco, conversamos, rimos, até que Mai solta:
- Anahí Portilla! – Olha para mim e eu a olho – Sabia que você não pode dar surpresas em mulher grávida?
- Mulher grávida? – Paro para pensar uns segundos e aí a ficha cai – Aiii minha nossa! Você está... – Aponto para ela e confirma com a cabeça colocando a mão na barriga – Eu vou ser titia! – Levanto da cadeira e vou correndo dar um abraço nela.
- Além de tia, madrinha do nosso meninão. – Diz Christian colocando a mão na barriga dela.
- Ou nossa princesinha – Diz meu pai e nós gargalhamos.
- Estou tão feliz por vocês dois. Tão feliz – os abraço.
Depois da notícia fiquei radiante, terminamos de jantar e fomos para sala conversar e logo todos forma dormir e fiquei mais um pouco na sala processando tudo o que aconteceu no dia de hoje, coloco minha mãos nos meus lábios e sorrio, mas logo balanço minha cabeça negativamente e subo para meu quarto, coloco meu pijama e deito-me, não demoro muito apago.
Por Alfonso
Chego na casa de Claudia, já se passavam das 19:30, penso na hipótese de dar meia volta e voltar para casa, quando estou me virando a porta se abre.
- Querendo fugir querido? – Diz Claudia e eu reviro os olhos. – Que pena que cheguei antes de você entrar no carro. – Fala com um tom sínico em sua voz. Paga minha mão e me puxa para dentro de sua mansão.
- Olha quem chegou! – Exclama Jonny, pai de Claudia. – Seja bem-vindo filho. – Ele me recebe com um sorriso e apertamos nossas mãos, ele de fato é um homem bom, gentil e honesto. Já a filinha dele é uma cobra, uma víbora da pior espécie.
Nos dirigimos para sala de estar, chegando lá começamos a conversar com alguns dos sócios de Jonny.
- Papai, vou roubar o Poncho de você só um pouquinho. – Diz Claudia entrando na sala de estar e me arrastando para o jardim.
- O que você quer? – Digo cruzando os braços e ela me encara.
- Sabe... Eu estava com saudades de você... – Eu olho bem no fundo dos olhos dela e logo fala – Ok, soube que você andou falando com uma cantorazinha por aí e que até rolou um beijo – Ela diz e logo lança um sorriso sínico – E sabe qual é a melhor parte dessa história? – Me encara
- Não qual é? – Digo, sem acreditar de como ela soube disso.
- Que ela te deu um belo de um tapa na sua cara. – Ela gargalha e eu serro os punhos, antes de ele continuar ela grita – ALFONSO HERRERA RODRIGUES, VOLTA AQUI! AINDA NÃO TERMINAMOS.
- Mas eu já terminei de falar. – Digo dando as costa só escuto ele grunhir e entro novamente na casa.
Jantamos, conversamos sobre cavalos e propriedades agrícolas, me despeço de todos, volto para minha caminhonete e vou para casa.
Estaciono a mesma na frente de minha casa e subo para meu quarto, me jogo na cama e apago do mesmo jeito que deitei-me.
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Espero que estejam gostando da fanfic, peço que deixe seu votinho e comentários. <3 <3
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A PROVA DO TEMPO
FanfictionVou lhes contar uma história. A história de como morri, não se assustem, não é no sentido literal da palavra, mas sim no sentido figurado. Eu morri para o amor, morri para a paixão. Todos dizem que dei sorte na vida, mas acredito que não, tive que...