Capítulo 8

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Por Anhaí

Com o fim do almoço, eu ajudei Maite e Mai na cozinha com a louça e Dulce estava lá só por estar.

- Vi que Poncho estava com vocês. – Diz Mai colocando um prato no escorredor de louça.

- Umhum, ele apareceu lá. Nos ajudou com a pintura da cerca. – Disse dando de ombros.

- Vi que ele estava meio cabisbaixo. – Disse a mais velha.

- Digamos que eu fui meio grossa com ele. – Falei soltando um ar pesadamente. – Será que é mal eu tratar ele com indiferença? – Pergunto, pegando um copo para secar.

- Vocês tiveram uma história juntos. – Fala Mai colocando uma tampa de panela. – E vi o quanto você sofreu com o rompimento do noivado. – Ela suspira e eu me preocupo.

- Está tudo bem? – Indaga Dulce preocupada.

- Estou sim. – Ela esboça um sorriso. – Só estou exausta, a gravidez tem seus pontos bons e seus ruins.

- Acho que você deveria sentar-se um pouco. – Fala para ela. – Eu termino aqui e Dul me ajuda. – Encaro Dul que me mostra a língua e vem me ajudar, tomando o posto da Mai.

- Olha que vou me acostumar com esses paparicos hein. – Diz ela em tom de brincadeira.

Após alguns minutos terminamos a louça e fui para meu quarto me arrumar, para buscar a Cleo na escola. Então vesti uma calça preta colada, uma sapatinha da mesma cor da calça, uma camiseta branca, joguei um casaco leve clarinho e deixei meu cabelo solto. Coloquei um pequeno brinco e a gargantilha que ganhei de Poncho. Olhei-me no espelho e gostei do que vi. Sai do meu quarto e indo ao quarto de Dul para ver se estava pronta.

Toc, toc – Bato na porta

- Quem é? – Diz ela.

- Any. Está pronta?

- Sim, só passar um perfume e podemos ir. – Assim ela o fez, saindo do quarto ela me olha de cima a baixo, e fala – Nada mal hein? – Esboça um sorriso em sus lábios.

- Não sabemos quem podemos encontrar, não é mesmo? – Digo em tom de brincadeira e ela concorda.

Fui ao escritório de meu pai, peguei a chave da caminhonete, despedi-me e fui em direção a mesma, que estava na frente de casa, entramos e seguimos em direção a cidade.

- Dul. – Falei quebrando o silêncio. – Você percebeu que a Mai ficou estramha depois que falamos do Alfonso, ontem a noite? – Ela concordou com a cabeça.

- Não deve ser nada, minha mãe diz que na gravidez as mulheres sentem os sentimentos cem vezes mais intensos. Deve ser isso. – Ela fala e pode ser que ela tenha razão. – Onde aprendeu a dirigir tão bem? Nunca vi você dirigir. – Ela me indaga.

- Em Nova York não tem como dirigir, lá é um caos. – Ela e eu rimos e ela concorda com a minha pontuação. – Bem, aprendi com ele.

Início Flashback

- Isso agora você pisa na embreagem, para trocar de marcha. – Assim eu o faço e sorrio para ele. – Muito bem. Podemos ir? – Assenti com a cabeça.

Então ligo o carro e levo e começo a andar pela estrada de terra que tem entre nossas duas fazendas. Demos a volta nos terrenos e voltamos para a casa dele.

- Consegui! – Digo com tamanha alegria, saindo do carro. – Consegui dirigir sem apagar você viu? – Digo indo ao encontro dele que me recebe com um grande abraço.

- Falei que conseguiria. – Ele fala se afastando um pouco para me olhar.

- Ahh, você é um ótimo instrutor. – Digo e ele fica todo cheio de si.

- Sou mesmo. – Diz ele convencido. – Mas você é uma ótima aluna. – Diz tomando meus lábios, um beijo doce e calmo.

Fim Flashback

- Any! – Diz Dulce. – ANY! – Ela exclama me fazendo olhar para ela. – Está no mundo da lua menina?

- N-não. – Digo para ela. – Estava entretida com a paisagem, só isso. – Dei de ombros tentando convence-la. Se ela soubesse o que estava recordando, ela ficaria me enchendo o resto da viagem.

- Ok... – Diz ela.

Chegamos em frente a escola primária Hiuston. Estávamos a espera de Cleo, esperei encostada no carro e logo vi Cleo com uma menina. Assim que me viu ela saiu correndo em minha direção e a menina também.

- ANY! – Ela gritou e eu me abaixei para ela me dar um abraço. – Você veio! – Mais um abraço apertado, se afastou um pouco e olhou para a menina. – Falei que ela era minha amiga. – Dul riu da situação e eu corei.

- Então você é a Marisa? – A menina envergonhada apenas concordou. – Prazer Anahí Portilla. – Estendi minha mão para ela. Meio adulto eu sei.

- Prazer, Marisa Fernández. – Retribuiu meu aperto de mão.

Depois das apresentações, resolvemos lanchar na lanchonete dos pais do Chris, pois era a melhor dali, relutei de início pois iria encontrar a Sabrina novamente. Mas quando o Chris me falou que era o dia de folga dela eu respirei aliviada.

- Droga. – Falei e Dul e Cleo olharam para mim. – Esqueci minha bolsa no carro, vou pegar ela. Vão entrando, que eu já volto. – Elas assentiram e nos separamos, por sorte achei uma vaga em frente a lanchonete.

Olhei para os dois lados da rua. Não vinha nenhum carro atravesseientrei na caminhonete, peguei meus pertences, sai do carro e o tranquei. Olheinovamente não vinha nenhum carro. De repente escutei um barulho de freadabrusca e um carro vindo em alta velocidade na minha direção. Eu fiqueiparalisada no meio da rua e o carro ainda em minha direção. Senti um pesoenorme me empurrando para o outro lado da via. 

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