Lívia Ferreira
Após sair de casa, eu peguei o primeiro ônibus que tinha linha para meu trabalho. Logo que entrei, eu notei alguns olhares curiosos sob mim. Parecia que eu era uma alienígena para alguns, mas a verdade é que eu era como todos, igual por ser humana e por ter minhas particularidades como todos. As diferenças são o que nos iguala. Bom ... É o que penso.
Como ter sorte, eu encontrei uma bancada vazia para me sentar. Fiquei ao lado da janela e senti um friozinho percorrendo a minha barriga, nervosismo.
Eu iria trabalhar como secretária em uma clínica odontológica. O doutor Álvares, dono da clínica, estava precisando para a área administrativa. Fiz minha entrevista após ver uma matéria em um jornal. Como não esperado por mim, ele falou que eu era o que ele estava procurando. Por nenhum momento, ele me olhou como se eu fosse alguém de outro planeta.
Ao chegar a clínica, como na primeira vez, eu fiquei deslumbrada com o ambiente, mas naquele momento, algo de diferente chamou a minha atenção.
Havia um painel com os funcionários da clínica e uma mulher em particular chamou minha atenção. Tentei me aproximar para ver melhor, mas um corpo maior se chocou contra o meu e tivo uma visão que me deixou desconcertada.
A mulher que havia visto no painel estava agachada na minha frente e eu tinha uma bela visão de seu sutiã vermelho. Minha garganta secou na hora e o coração palpitou rápido.
A desconhecida se levantou e eu como já não estava em meu estado normal, vi aquilo tudo em câmera lenta. Não sabia o nome dela, mas parecia uma modelo.
— Você está realmente bem? – Ela indagou com aquela você agradável.
— Es... estou – respondi gaguejando, pois a mulher levou a mão até o botão de sua camisa e abotoou. Será que ela havia percebido que eu estava olhando para lá?
— Eu sou um desastre ambulante. Perdão por ter esbarrado em você... bom... qual é o seu nome? – ela passou a me observar de uma forma esquisita. Falo esquisita, pois ela me olhava de igual para igual. Isso não era muito comum. Com isso, eu fiquei sem saber como agir – Perdeu a fala?
- Ahh ... meu nome é Lívia - Eu disse tentando não manter meu olhar nela. A desconhecida era alta. Parecia frequentar uma academia. No momento usava, uma calça preta justa e uma camisa social azul-marinho.
- Lindo nome - Ela sorriu para mim e achei perfeito - Me chamo ....
- Helen - Uma mulher ruiva saindo de um corredor, gritou de forma eufórica.
- Helen - ela me disse e sorriu mais uma vez.
Após Helen falar seu nome, a ruiva a abraçou forte e iniciar a conversar de forma animada. Eu fiquei um pouco incomodada, mas tentei não pensar no porquê disso.
Sai de fininho, pois não poderia atrasar no primeiro dia.
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Amor à primeira vista - CONCLUÍDO
RomanceLívia é uma jovem de 24 anos. Diariamente, ela tem que lidar com o preconceito das pessoas. Isso a fez pensar que o mundo havia ficado ruim, pois a maior parte das pessoas que havia conhecido levava mais em conta a aparência do que o que havia no in...