Capítulo 4 - Bem Vindo

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Portugal acorda e começa a se levanta devagar, via a luz do sol entrando de maneira agradável e pássaros cantarem do lado de fora. Acaba sorrindo, realmente era maravilhoso acordar assim. Entretanto, ele estranha não sentir o cheiro de café pelo ar da casa, já que Brasil quase sempre acordava cedo e fazia seu café, e o cheiro se espalhava pela casa.

Ele se levanta e troca de roupa, escova os dentes, arruma seu cabelo e o fim seu tapa olho. Assim que sai do quarto estranha mais uma vez não escutar a voz escandalosa de seu filho ou até mesmo sua doce risada, fazendo uma face incrédula por está tudo... Tão quieto.

Ele desce as escadas e vai em direção a cozinha, vendo que estava tudo igual a noite passada, com exceção da louça lavada. Mas, tirando isso, a cozinha estava arrumada e sem ninguém.

"Mas onde diabos está esse miúdo?!" pensou, começando a procurar em cada canto da casa, indo até o quarto de SP e entrando sem bater.

São Paulo estava na janela, olhando a paisagem enquanto fumava um cigarro que estava pela metade. Ao escutar a porta se abrindo, ele vê seu avô o encarar com um olhar de preocupação e logo em seguida uma tossida por conta do cheiro do cigarro em seus pulmões.

- São Paulo, tens que parar de fumar! - disse o mais velho, tampando o nariz. Isso faz SP suspirar.

-  É, eu sei. - disse, apagando a bituca de cigarro no para-peito da janela. - Bom dia pra você também, vovô.

- Oh, desculpe. Bom dia... Mas, onde está Brasil? - disse o português, ainda um pouco incomodado com o cheiro do quarto do outro.

- Ué, papai não está fazendo o café? - disse o estado, encarando o outro que apenas faz um aceno negativo com a cabeça. - E nos outros cômodos? 

- Eu vasculhei a casa inteira, se ele tivesse saído teria deixado algum recado... - disse Portugal, de maneira nervosa. SP fica incrédulo, era muito raro seu pai fazer isso.

- Olhou no acervo? - questionou, vendo Portugal arregalar os olhos e sair sem dar resposta e fazendo SP o seguir até  chegarem aos fundos da casa. A porta estava aberta e o local estava bem bagunçado, diferente de como viram no dia anterior.

- Pai? - SP disse, andando com cautela pelo local. - Pai, cadê você?

Portugal começou a revirar alguns lugares do acervo, vendo que algumas coisas estavam espalhadas. Ele foi até um canto mais escuro, onde havia a caixa de vidro do dia anterior, vendo que o que mais temia, aconteceu. 

A caixa de vidro estava estourada, o antigo uniforme que está ali sumiu. Portugal sentiu um frio na espinha e engoliu seco, só em pensar em como está seu filho.

- Vovô? Onde você... - SP questiona atrás de seu avô, mas logo se cala quando vê a caixa. - Ah não... 

Ambos se encaram, Portugal estava com um semblante assustado e SP com os olhos marejados. O pior aconteceu.



RJ  estava ao telefone de maneiras desesperada, ligando para todas as linhas de segurança, logo após receber a notícia de SP sobre o sumiço de seu pai e do uniforme militar. Ele sabia que precisavam cercar ele o mais rápido possível. Certamente, é um country sossegado, mas quando as coisas apertam ele se torna mais responsável que SP, de uma maneira um pouco mais... desesperada, talvez?

- QUERO TODOS OS BATALHÕES EM PRONTIDÃO, QUERO TODAS AS DEFESAS, QUERO TODAS AS MEDIDAS, PORRA! - gritou ao telefone, andando de um lado para o outro e desligando o celular de maneira nervosa.

- Rio, fique calmo! - Salvador aparece do lado do mesmo, com um copo de água. - Papai está bem! Só que... você sabe.

- Não, ele não está bem.  Aquilo não é meu pai. - disse, recusando a água. - Aquela coisa que prendeu ele, mas aquele ser não é ele.

Salvador suspira, realmente estava preocupada. Se aquele ser se aproxima-se de São Paulo ou Minas Gerais e fizesse a cabeça deles, poderiam voltar como a época do "Café com Leite". A mesma pensava assim, por quê pelo que entendeu seu pai sofreu uma pressão de seu passado.

- Você sabe que só uma maneira de acabar com isso, não é? - disse, encarando o irmão. RJ encara a mesma com os olhos arregalados.

- Nem pense, não vamos fazer isso de novo. Por isso que hoje em dia ele... - O mesmo é cortado com várias sequências de batidas na porta.

O mesmo faz uma careta, mas decide ir abrir. Quando abre a porta, ele acaba vendo vários countrys caindo no chão.

- Mas que porra é essa?! - indignou, encarando os outros que reclamavam do tombo.

WHERE IS BRAZIL? - gritou Estados Unidos, se levantando em um pulo em direção a RJ.

- Calma, caralho! Eu tô atrás dele pelos quatro cantos dessa merda do país! - disse, irritado.

- Pessoal, silêncio! - disse Salvador, fazendo todos encararem o estado. - Tem uma criança dormindo lá em cima, então falem mais baixo!

- Lo siento, Salvador. - disse Argentina, se levantando e ajudando os amigos a se levantar - Só estamos preocupados com Brasil, isso nunca havia acontecido...

- Eu sei que estão, todos estamos. - disse a mesma, ajudando os mesmo a se levantarem. - Mas temos que manter a calma, de verdade! Por isso estava pensando em fazer algumas equipes de busca.

- Cê perdeu o juízo, mana?! Eles atrás daquele... ser?! - indignou RJ, que mantinha um semblante irritado com a outra.

- Não, não perdi. Mas acho que ele não deve ter ido muito longe, por isso acho que devemos fazer grupos de buscar e sair por aí! Quem encontrar ele, avisa os outros grupos e quem estiver próximo vai até lá pra ajudar. - disse a mesma, como se fosse óbvio.

- Não vai ser tão fácil assim, já tô avisando. - RJ diz, se sentando no sofá e passando os dedos entre seus cabelos. - Não é o papai que estamos indo atrás. Aquilo não é o papai.

- Afinal de contas, se não é o Brasil que está sumido. ¿Quien es?- disse Colômbia, se irritando com todo aquele suspense. RJ suspira, encarando chão com um rosto sério.

- Aquele é Dictatorship Brazil.



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