Capítulo 10 - Demônio

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O campo aberto e verde, além de possuir muitas árvores e verde não parecia que estava no meio da cidade grande. A noite, o Ibirapuera em alguns cantos parecia uma floresta misteriosa de contos de fadas, as luzes das estrelas e postes davam um ar noturno sereno e muito encantado.r

Dictatoship adora o parque, não só pela sua beleza exuberante e grande imponência. Mas, por também transmitir uma paz incomum e uma leve serenidade ao mesmo, quem diria que no meio de uma grande cidade de pedra teria tal parque?

"Pelo menos, não tenho mais que aturar Brasil na minha cabeça chorando, agora posso me concentrar em..." estava perdido em seus pensamentos, quando chegou em uma das áreas abertas do parque, no qual havia músicos fazendo um pequeno show. As pessoas e casais dançavam de maneira animada, aproveitando o momento.

Dictatorship acaba mudando sua expressão serena e pacífica, para uma de raiva e nojo daquela cena. Duas mulheres dançavam juntas e riam, trocando carícias no rosto de ambas. Aquilo fez o estômago do country se revirar, sua respiração ficar acelerada e o ódio corria pelas suas veias por conta de uma única cena.

O mesmo começa a andar em direção as pessoas, entretanto, sua cabeça começa a latejar quando ouve o que a cantora morena cantava.


- Podem me chamar de louco, mas querendo ou não somos humanos. Querendo ou não, temos falhas. - disse o português sério, enquanto os outros o encaravam. 

- Tenemos que tocar en su ferida. - disse Espanha, cruzando os braços e encarando o chão.

- E qual seria? -perguntou Chile, focado na situação.

O silêncio se instala, todos estavam mais sérios que o normal. Até mesmo Estados Unidos haviam tirados seus óculos escuros e balançava o acessório entre os dedos.

- Voz. - sussurrou São Paulo, encarando o avó e o tio.

- Exato, mi chico. - disse o espanhol, encarando todos na sala. - Durante o regime, as músicas, filmes, peças de teatro, novelas e programas de auditórios sofreram intervenções diretas e foram impedidos de circular por violarem "a moral e os bons costumes". Logo, Dictatorship odeia quando uma pessoa usa sua própria voz para rebaixa-ló ou tentar acabar com ele.

- Então, o motivo do papai não cantar mais seria esse... - concluiu Rio, com uma de suas mãos no queixo. - Dictatorship tirou aquilo que ele mais protegia e amava: sua voz.

- Então... N-nunca foi culpa m-minha? - SP diz, se encostando no encosto do sofá com os olhos marejados e com uma de suas mãos na boca.

RJ encara o outro country, percebeu que teve uma conclusão em voz alta e agora tudo fazia mais sentido. Mas, seu coração apertou ao ver que tocou em uma ferida tão profunda e não cicatrizada do outro.

- Ei, cara... - RJ não consegue terminar, vendo SP se levantar rapidamente e sair pela porta da frente, a batendo logo em seguida.

Todos encaravam a cena assustado, afinal, não sabiam ao menos como reagir. Ir atrás dele, talvez? Ou deixa-ló pensar sozinho?

- Deixem ele sozinho. É o melhor que temos a fazer. - disse Salvador, que descia as escadas depois de ter colocado Brasília para dormir e se aproximando de RJ. - E enquanto a você... - a garota acaba dando um tapa forte na cabeça do carioca, fazendo seu corpo ir para frente e o mesmo grunhi de dor.

- Tá doidona, é?! Eu já entendi que fiz merda, porra! - exclama RJ, se levantando e encarando a de cabelos castanhos. 

- Merda?! Que merda e das grandes, não é mesmo?! Você tem sorte que os nossos outros irmãos e principalmente Minas não estão aqui! - a garota diz, com os olhos em fúria e levantando uma de suas mãos, prestes a bater no rosto 

¡YA LLEGA! - Argentina exclama, ficando entre os dois states. Entretanto, o argentino acaba sentido o ardo em sua pele e um único estalo certeiro.

Todos ficaram em um momento de tensão pelo que acabava de acontecer, os nervos a flor da pele faziam todos daquela sala quase enlouquecer.

- Okay, guys... stay calm. - Estados Unidos diz, dando um suspiro logo em seguida e puxando seus cabelos negros de leve. - Darmos uma de loucos, mais do que já somos, não vai trazer eles de volta.

- O que temos que fazer agora, é tirar aquele demônio do corpo dele. - disse Uruguai, se aproximando do americano.













- Hey, pessoal! Como vão??

- Desculpe a demora, é que eu fiquei com muitas atividades do EAD (e pra completar, chegou as provas =D), mas tô tentando dar meu máximo e quero trazer mais capítulos o mais breve possível!

- Espero que tenham gostado! Comentem suas críticas e "teorias" (vai saber, adoro saber o que pensam!

- até a próxima! <3




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