Capítulo 11 - Café das 6

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SP bateu fortemente a porta de sua casa, ainda com a mão em sua boca e os olhos marejados de lágrimas, as quais ainda tentava segurara ao máximo. O garoto acaba batendo suas costas com a porta, escorregando sob a mesma e se sentando no chão e deixando suas lágrimas caírem livremente pelo rosto.

O suor escorria pelo rosto junto com as lágrimas, afinal, havia corrido em direção a sua casa sem olhar para trás. Claro, quase foi atropelado e empurrou em muitas pessoas, talvez poderia ser considerado como um louco ou maníaco. Suspirou fortemente, passando a mão em seus cabelos e em seguida encarando sua mão.

"Eu... pensava que havia sido eu o culpado de... tudo." pensou, encarando a ponta de seus dedos. 

O states se levanta devagar, subindo as escadas em direção ao seu quarto ainda com lágrimas manchando seu rosto. Ao abrir a porta do comodo viu o maço de cigarros em cima de seu criado mudo, e rapidamente virou o rosto com nojo.

- Eu... Não vou acender nenhum cigarro, nenhum! Não vou fumar igual a um viciado por culpa d-dele! - disse pra si mesmo, se jogando na cama e agarrando o travesseiro. Parecia uma criança assustada e que agarrava seu bichinho de pelúcia.

SP encarava o nada, e ficou um bom tempo assim. O mesmo não sabia se havia se passado minutos ou horas naquela posição, mas logo suas lágrimas estavam secas em seu rosto sem expressão. Ele coça os olhos de leve, e percebe que estava ali no seu quarto seu velho violão preto estava ali e um canto escondido do quarto.

"Nossa, eu nem me lembrava mais que ainda tinha ele..." pensou vagamente, se levantando e se sentando na cama. Encarou o instrumento de maneira receosa. Brasil havia o ensinado a tocar e deu-lhe como um presente de um de seus aniversários.

Sorriu abobado, se levantando da cama e pegando o mesmo. A madeira estava gasta, os fios velhos e certamente ele estaria muito desafinado, afinal, fazia anos que ao menos tocava no instrumento. O garoto senta-se na beirada da cama e aprecia o instrumento, tirando um pouco do pó que estava por cima, testou levemente as cordas com acordes simples. Momentos alegres de quando tocava com seu pai, irmãos e irmãs passou pela sua mente e fez o garoto soltar um sorriso abobado com uma lágrima.

- Vai embora, que eu to pagando pra ver... Sei que tu vai desistir, e vamos tomar aquele café. Das 6... - cantarolou, com leves acordes. - Amargo, como: Todo sorriso falso e aperto de mão. Como: todo "te amo" que não vem do coração. Como um limão... Amargo, como: Todas as contas não pagas e decepção. Como: Todos os feitos errados que traz solidão. Como um limão...

O garoto suspira, abaixando de leve sua cabeça. Entretanto, logo levanta ela com um olhar sério.

- Vai embora, que eu to pagando pra ver... Sei que tu vai desistir. - cantou alto, dando um sorriso e fechando os olhos, sentindo a música. - E vamos tomar aquele café, das 6. Com açúcar. Como: Como boas amizades que pode encontrar. Como: Como lugares tão lindos que te prendem lá. Como amar... Com açúcar. Como: Como ter um sonho lúcido e poder voar, voar. Tão rápido que nem a luz pode nos alcançar. Como amar... -  cantou, encarando o teto. - E vamos tomar aquele café, das 6.

O mesmo termina, com um último acorde e continuou a encarar o teto com um pequeno sorriso. Ele só queria tomar um café agora.


Os outros países decidiram voltar as buscas de Dicatorship, ficando apenas Estados Unidos, Portugal, Espanha. Além da dupla de irmãos que ainda discutia sobre o que havia acontecido anteriormente.

- Você é um babaca mesmo, em RJ! - disse Salvador, batendo o pé e indo em direção a cozinha.

- Tomar no... - o mesmo é cortado por Portugal, que acaba dando uma tossida falsa.

- Parabéns, Portugal. Ainda bem que é você avô deles e não eu. - Espanha diz, se sentando no sofá e suspirando. - Faz horas que eles só brigam!

- Pois é, eu iria falar algo mas... Deixa para depois. - disse sério, com um pequeno sorriso de canto. - Temos que arranjar um plano de atrair Dictatorship, mas como?

- Bem, sabemos que temos que atrair ele com algo que mexa com cabeça dele. Logo, temos que fazer algo que o deixe irritado ao ponto de sair do buraco que aquele verme se esconde. - disse RJ de maneira grosseira e encarando o chão.

- Poderíamos chamar seus irmãos. - questionou EUA.

- Não, quanto menos eles se envolverem, é melhor. Principalmente Minas. - disse RJ, encarando o americano. - Temos que fazer um plano para encurralar ele, como o rato que ele é.

- E se cantarmos? - indignou o português, com um rosto pensativo.

- What? - disse EUA, encarando o country. - Você acha que ele vai vim até nós, só por estarmos fazendo um coral?

- Acho. Afinal, vamos usar algo que ele tirou do Brasil: sua voz. - disse o Portugal, encarando o outro. - Ou é isso, ou teremos que achar outro plano.

- Concordo com Portugal. - disse Espanha, cruzando as perna e encarando ambos. - Melhor fazer isso, do que dar um tiro nele novamente.







- hey pessoal!

-  vídeo do capítulo não é nada, mas é por que eu adoro essa animação! Mas, ela não tem nada a ver com a história.

- espero que tenham gostado até a próxima! <3





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