5° Os dramas da vida

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Enquanto isso, Thomas sai do quarto de Max ligando pro Nick.

- Nick, cadê você? Contratou o segurança?

Nick do outro lado, responde:

- Sim, sim, ta tudo certo. Me parece que começou hoje, ele não está aí com Max?
- Não, deve já ter ido embora, mas quero-o pra mais tarde no show. Max tava aqui, na cama, com duas vadias. Eu não quero meu filho com doenças em Nick, veja pra mim a procedência das garotas e quem permitiu suas entradas. O condomínio é visado por paparazzi, já pensou no escândalo? Vamos evitar. Ta ouvindo Max?

Thomas faz a pergunta ao garoto enquanto o mesmo passa por ele, apenas de toalha procurando algo pra comer. Naquele momento, Max, já na cozinha, abraça Diná e fala ao pé do ouvido.

- Porque você não me falou que o velho tava chegando? Agora ele vai me encher o saco até a próxima geração kkkkk.
- E ele deixou eu pelo menos trazer meu celular? Me pegou pelo braço e me trouxe.

Fala, Diná.

- Sua desculpa só será válida se subir comigo e me ajudar a esfregar minhas costas.
- Então vamos, antes que seu pai te chinga de novo, não gosto da forma que ele fala com você.
- Liga não Bá eu já tô acostumado.

Max fala, indo pro quarto abraçado à Diná. Max sempre teve uma relação linda com ela e seu esposo Matias, aliás, Max, sempre tratou seus empregados ou colaboradores como ele gosta de falar, de forma humanizada. Mas, Diná, além de ter sido sua babá, é pra ele como uma mãe. Já na banheira, esfregando as costas do rapaz, Diná o aconselha:

- Seu aniversário ta chegando, tem que pegar juízo menino. Sua mãe não ia gostar desse seu comportamento.
- Tô cansado Bá...

Bá é a forma carinhosa que ele chama Diná.

- Tô cansando dessa loucura, tô cansado do velho me controlando, me manipulando, me dizendo oque devo ou não devo fazer, tô cansando dessa loucura de uma hora ta num lugar e outra hora em outro. Eu não tô vivendo. Ele quer controlar até quem entra na minha vida, tô com saudades da minha mãe, as vezes eu só quero ela.
- Mas você sabe que ela sempre estará lá pra você, vai vê-la. Ela também sente sua falta.
- Se sentisse estaria aqui.

Fala Max todo sentimental.

- Você acha que eu trabalho com seu pai porque? Você acha que eu gosto de trabalhar ao lado de alguém que fala mau da sua mãe? Estou aqui por você e por ela. Eu sempre levo notícias suas. Estarei aqui até quando você não precisar mais. Agora levanta dessa banheira, se arrume e vai cantar pra suas fãs.
- Eu te amo Bá, do fundo do meu coração e diga á minha mãe, que eu a amo também e que uma hora essa loucura aqui vai acabar. Bora lá.

Já em outro cenário, na casa de Scott, a família à mesa, Adelaide fala:

- Iae meu amor, ta calado, como foi o dia? Quem é a celebridade dessa vez?

Scott com um sorriso meio de lado responde:

- Max King.
- O cantor teem? Ecaaa

Fala Mel, debochando da situação.

- Ele mesmo. Mas vocês conhecem o protocolo. Nada de sair falando sobre mim por aí, na minha profissão é perigoso tanto pra eles quanto pra nós. É preciso nós resguadar.
- Eles sabem amor, não precisa se preocupar.
- Eu só acho que é furada pai, esse cara é considerado, o garoto problema. Vive se metendo em confusões. Sem falar que faz shows pelo país inteiro.

Fala Stevem ao pai e o pai argumenta.

- Mas isso eu já estou ciente e vocês tratam de se acostumar com a idéia de nem sempre me ter por perto. Eu preciso trabalhar, colocar alimento na mesa, pagar seus estudos, enfim.

Adelaide completa os argumentos de Scott.

- Calma gente, também não é bem assim. Todos os jovens tem seus conflitos. Não desanime seu pai. É um novo desafio. O salário vai compensar o sacrifício.
- Nem vem mãe, esse cara é realmente surtado. Briga com os paparazzi, faz gestos obscenos pras câmeras, se recusa a fazer o Show se algo tiver errado, enfim.

Fala Steven com muita propriedade. No exato momento o telefone de Scott toca. A família se espanta, porque Scott nunca foi de ter um telefone. E ele explica antes de atender.

- Calma família, esse aparelho exclusivo do trabalho, me deram, pra falar comigo na hora que quiserem. Com licença, eu preciso atender.

Ao telefone era Nick, convocando-o pro show.

- Pois não!
- Scott, aqui é o Nick. Max tem show hoje no Cred Car e eu preciso de você na escolta. Mandarei um motorista as 20 horas. Pode ser?
- Sim, pode sim, estarei pronto no horário.
- Beleza, até mais tarde.
- Até mais.

Respirando fundo, Scott desliga o telefone.

- Quem é?

Pegunta Adelaide assustada com o silêncio do marido.

- É o Nick, agente de Max, o garoto vai se apresentar hoje, me convocaram. (respira fundo) então tá né, o dever me chama. Vou me arrumar.
- Amor, mas você nem terminou.
- Eu como por lá. Não se preocupe.
- Mãe, mãe, acho melhor se acostumar. O papai vai sair muitas vezes à noite, o garoto faz shows.

Fala Mel pra mãe, observando o pai indo se arrumar.

- Pois é, eu havia me esquecido desse detalhe.

E o três continuam jantando sem a presença de Scott.
Já pela manhã, nos noticiários, só falavam da super lotação do show de Max King e a saidinha pra balada, pós show. Elizabeth Mourice, sua mãe, se arrumando pra ir trabalhar, acompanhava tudo pela TV. Na tentativa de falar com seu ex marido Thomas e seu filho, a mesma, com o celular na mão, respira fundo, desliga a televisão e vai trabalhar.
Já na casa de Scott, todos naquele pique em suas rotinas diária. A mãe e os filhos indo pra faculdade cedo e Scott ainda dormindo, à espera do despertador. Dentro do carro, Steven com seu fone inseparável atrás, mãe e filha dialogam nos bancos da frente do carro:

Eu nunca vou te esquecerOnde histórias criam vida. Descubra agora