17° Um plano quase perfeito

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Nos primeiros dois meses, Max conseguiu se distrair, canalizando suas energias em coisas que ele não fazia há tempos. Junto com Nina, fizeram trilha, pescaram, acamparam, escalaram, pularam de paraquedas, voaram de asa delta, passearam de caiaque enfim, até que chegou a hora de Nina partir; Suas férias da faculdade terminara e para a sua tristeza teria que voltar pra Londres.
Era perceptivo que o rapaz ainda não estava bem. Apesar de todas essas distrações, ele, todas as fim de tardes, se apresentava  ao pôr do sol, com uma bebida e um cigarro em mãos e ficava com olhar fixo e pensamentos bem longe até aquele momento passar. Era uma rotina fixa, ver o sol se pondo, desde o ocorrido entre ele e Mel. Em conversa com Maurice e com seus pais, Nina resolveu transferir a faculdade para a cidade, ela tinha um plano pra ajudar Max a reconquistar Mel. Sua justificativa para convencer os pais e Maurice foi:  Pra ficar mais perto de todos, já que Max ainda não estava bem e já que lá na Europa, ela também se sentia sozinha,  então seria bom pra todos naquele momento. Eles amaram sua idéia, então Nina, em um desses pôr do sol que Max estava a assistir, foi até ele e contou seus planos.

- Tem um cigarro aí? Eu lhe trouxe mais uma bebida.  (risos)
- Tenho sim, toma. Fiquei sabendo que você vai embora.
- Não vou mais.
- Como assim? E a faculdade?
- Decidi me transferir pra cá.
- Porque? Se a faculdade lá é melhor doque as daqui.
- Eu disse pra sua mãe e para  meus pais que eu ficava muito solitária lá sem vocês por perto.
- Mas ... é óbvio que é mentira né gata?
- Sim... kkkk é óbvio.
- Então porquê? Porque quer se transferir?
- Eu vou te ajudar a voltar com Mel.
- Mano (risos) que papo é esse agora kkk? A gente nem sabe aonde ela tá.
- Caaaalma Max. A gente não sabe, mas o namoradinho dela sabe. (risos)
- Ah tá ... aquele canalha, que me odeia? Como você vai fazer isso?
- Calma garoto, escuta só: Eu vou pedir transferência pra faculdade que o garoto estuda, vou me aproximar dele com a desculpa de fazer algumas fotos, vou colar dele, se for preciso,  vou até parequera-lo, até descobrir tudo sobre a Mel. Então, você poderá ir atrás dela e resolver oque ficou pendente entre vocês. Oque acha?
- Caralho Nina, você é muito foda. Se você ficar com ele, Mel fica livre pra mim. (risos)
- Calma aí garanhão, a nossa intenção, é só descobrir aonde a menina está, para você ir de encontro com ela e falar quem foi que espalhou  toda informação pra mídia, ela com certeza, não sabe, e precisa saber, entendeu? Isso provavelmente vai resolver parte dos seus problemas e vai  tirar essa bad que você tá nela kkkk
- Você é demais garota, maaaas eu não estou com bad nenhuma. (risos)
- Ah tá sim kkkk olha pra você kkkk assistindo o pôr do sol, que nostalgia.
-  Ah garota não fode kkkkk sem neurose.

E os dois se abraçaram, fumando seus respectivos cigarros. Aquela idéia pareceu boa pra Max, mas será que o destino vai permitir que tudo saia do jeitinho que Nina planejou?
Em outro cenário, na casa dos avós de Mel, uma festa reúne toda família; Sim, é o noivado de Mel com Victor. A garota decidiu aceitar o pedido do rapaz, após perceber que, sozinha, não consegue esquecer Max. Seus pais no entanto não pode questionar o noivado, mesmo sabendo que Victor foi o verdadeiro culpado por todo sofrimento que a filha passou. O namoro e agora o noivado era a única coisa que à distraia. Os avós contaram pra Scott e Adelaide que quando o garoto não está na fazenda, Mel se insola, chora pelos cantos ou cavalga o dia inteiro pra se distrair e que o garoto está lhe fazendo bem. Ouvindo isso, Scott e Adelaide aprovaram o noivado da filha.
A amizade de Victor e Steven ainda continuara forte, pois Steven também não sabia que o verdadeiro culpado por todo mau que a família sofreu, era o amigo.
Enfim, o início de mais um semestre na faculdade vai começar e todos estão empolgados com os calouros. Mel transferiu-se pro interior e Nina conseguiu matricular-se na faculdade que os rapazes estudam, aonde Adelaide também é professora. No primeiro dia de aula, o estilo gótico de Nina, chamou atenção de vários veteranos, inclusive de Steven, mas a garota só tinha em mente, Victor. O plano que ela havia orquestrado, batia como um martelo em sua cabeça, então, apartir dali, seu plano havia começado.
Na hora do intervalo, quando todos vão ao refeitório lanchar, Nina com seu lanche procurou se assentar ao lado de Victor. Não foi difícil acha-lo, o rapaz era o único de origem oriental na turma de fotografia. Ao se aproximar da mesa dos rapazes, Steven meio desajeitado, ficou meio sem reação diante Nina.

- Posso me assentar com vocês?

Victor responde que sim, cutucando Steven, que estava meio que hipnotizado olhando a garota.

- Vocês são da turma de fotografia?
- Ele não, somente eu.
- Sou Nina.
- Ah sim, desculpa, eu sou Victor e esse é o meu amigo Steven. Diga oi Steven.
- O-o-oiiii

Fala Steven meio gago.

- Eu estou precisando fazer um book. Todo ano eu faço. Mas agora que me mudei pra cá, meu fotógrafo preferido não pode fazer.
- Eu não sou profissional. Você deveria procurar um.
- Gosto dos estudantes. Melhor custo e benefício.  (risos)
- Bem, sendo assim, vai ser um prazer,  eu estou precisando ganhar um extra.

E Steven vendo eles conversar ficou meio que incomodado com aquele diálogo e  fala mais que depressa:

- Pois é, ele vai casar, tá noivo. Vai casar com minha irmã né mano? Ele é um cara bem comprometido. Eu não, sou solteiro, quero dizer, estou disponível, tipo... tipo assim:  se você quiser conhecer a cidade, sei lá, eu posso te ajudar.

E após aquela atitude nada haver de Steven, Nina fala:

- Noivo? Se você quiser pode leva-la no ensaio. Eu não quero causar brigas ou intrigas.
- Não, nada haver. Minha noiva é de boa  e  entende meu trabalho.
- Pois é mais seria bom eu ir também, minha irmã não demonstra, mas é ciumenta, muuuito ciumenta.
- Por mim tudo bem Steven, agora me diga, qual é o nome da sua irmã?
- Mel. O nome dela é Mel.
- E ela estuda aqui?
- Não. Se mudou pro interior. É uma loooonga história.

Nessa hora o sinal tocou. E Victor levantando da mesa fala:

- Bem, bora lá amigão, segundo tempo. Tá aqui meu contato Nina, qualquer coisa me liga. Vem cara.
- Tá bom, eu ligo sim.

E Victor sai arrastando Steven pela blusa. Em seguida fala:

- Que isso mano? Qual foi o combinado? Não é pra falar sobre a Mel, com ninguém, com ninguém.
- Calma aí Victor, a menina é caloura e nova na Cidade.
- Idependente. Oque aconteceu com a sua irmã, o mundo inteiro ficou sabendo. Ninguém pode saber do seu paradeiro. Ninguém precisa saber que estou noivo com ela, estamos entendido?
- Beleza. Você tem razão. Você acha que aquela garota vai espalhar pela Universidade que você tá noivo com a minha irmã?
- Acredito que não, mas é melhor a gente ter cuidado com oque fala e com quem a gente fala.
- Falou então, mano. A gente se vê na saída.
- Falou.

E cada um vai pra sua sala. Já na hora de ir embora, Max está com um carro com os vidros fumê  à espera de Nina,  despertando a curiosidade dos garotos que a vê entrando no automóvel. Nina fala:

- Obrigada pelo jesto nobre, mas não precisava de vir me buscar. Você vai estragar tudo com essa ansiedade.
- Pois é. Não conseguir esperar. Seu pai ia vir maaaas ... eis me aqui. Conta tudo.
- Acho que não vai ser bom te contar, o que eu descobrir, com você dirigindo.

Na hora Max escosta o carro numa manobra brusca e fala:

- Fala... Me fala agora. Descobriu alguma coisa?
- Sim, eu descobrir. Ela se mudou pro Interior e...
- E...
- E está noiva com Victor. Ele nem me deu muita idéia, dá pra ver que ele gosta muito dela.
- Que merda! Que merda mano. Noiva?
- Exatamente! Noiva. Acho que eu não vou conseguir muita coisa com esse Victor mas em compensação, o irmão dela é bem lesado e me flertou.
- Steven?
- Sim, ele mesmo. Acho que, mesmo sem a ajuda de Victor eu consigo descobrir o paradeiro dela, através do garoto, ele fala demais.
- Não! Acho que, eu não quero mais saber. Que droga! Ela tá noiva com aquele cara. Ela me disse uma vez, que eles não tinha nada haver.
- Calma Max. Eu acho que ela não teve opção.
- Coé Nina, hoje em dia ninguém obriga ninguém a se casar. Ela tá nessa porque quer, ou porque talvez descobriu que o ama.
- Tá muito cedo pra você tirar essas conclusões. Vou descobrir mais coisas, tenha calma. Confia em mim.

E os dois seguiram pra casa.

Eu nunca vou te esquecerOnde histórias criam vida. Descubra agora