CAPÍTULO X
Narrador Onisciente.
E assim tudo mudou
E por mais uma noite Hizashi Yamada dormiu sobre o luar.
Quando a aurora no céu nasceu o cantor já estava andando novamente pela cidade, mesmo sabendo que sem rumo estava. De certa forma aquilo já havia se tornando rotina e mesmo não podendo fazer absolutamente nada em relação a isto, o loiro estava exausto mentalmente e fisicamente, e por sua vez resolveu permanecer por um instante admirando o grande estabelecimento que havia encontrado completamente cheio de instrumentos musicais pelo interesse e cansaço. O loiro se interessou inteiramente pelas guitarras da grande vitrina, principalmente pelo fone de ouvido azulado que avistou bem ao fundo do local lembrando que o seu preto havia sido roubado.
E quando viu já estava entrando na loja e indo direto ao fone e o pegando em mãos para poder examiná-lo adequadamente.
— Vai ficar só admirando ou vai levar? — argumentou a voz grossa e rouca.
Quando Yamada olhou para trás viu a figura velha de um senhor de mais ou menos um metro e trinta que aparentava ter meia idade ou mais, provável vendedor do lugar.
— A não. Eu. Eu não tenho dinheiro — falou o loiro com tom de tristeza.
— Bem então porque está aqui?
— Eu. Eu não sei.
Hizashi colocou o fone novamente no lugar e andou até a porta da pequena loja de cabisbaixo.
— Sabe rapaz, as vezes existem momentos em nossa vida que tudo ao nosso redor parece estar desabando, mas nós nunca nos damos conta de que a única coisa que precisamos é parar, reconsiderar nossos objetivos e tentar um novo recomeço.
Yamada parou por um instante e olhou sério para o homem de cabelos grisalhos.
Como aquele senhor sabia que estava passando por momentos difíceis?
— Você precisa de um emprego e eu preciso de um empregado. Coincidência? Eu diria que não.
O loiro sabia que o velho estava com a razão, tinha que criar mais concepções sobre o que trabalhar, pois a música não lhe iria oferecer apenas shows em lugares de baixo escalão como trabalho. Havia muito mais no requisito “emprego” onde a música se envolvia.
— Rapaz, você quer um trabalho. Não quer? — perguntou o velho Atsushi Imai.
Hizashi concordou com o velho Imai que logo descobriu-se que era o próprio dono da pequena loja de instrumentos musicais.
Atsushi colocou Yamada para limpar os instrumentos novos e restaurar aqueles que estavam usados e velhos e enquanto isto ele tomava conta do caixa e a recepção de todos os clientes que entravam no local.
No final do dia o loiro já tinha terminado de arrumar todos os instrumentos possíveis e o velho grisalho já havia fechado o caixa.
— Bem, garoto, já terminamos o serviço por aqui — argumentou Imai. — Você fez um ótimo trabalho nessa guitarra velha.
— Sim... Sabe, eu sei que parece maluquice, mas parece que já tinha visto ela em algum lugar.
Yamada quando começou a arrumar todas guitarras e baterias apenas uma de todas as outras guitarras chamou sua atenção. De um amarelo ensolarado e ofuscante e para si tão familiar como se já tivesse visto aquele objeto amarelado em algum lugar.
— Não. Você não é maluco só não foi lhe dito toda a verdade — falou Atsushi vindo em direção ao loiro que não estava entendendo absolutamente nada das palavras daquele senhor.
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Doces Melodias
FanficCAPÍTULO I Narrado por: [Hizashi Yamada] Um triste destino Depois que deixei meu pai para seguir com minha carreira de cantor percebi o quanto é difícil lidar com as tarefas do dia sozinho, estou morando em um pequeno apartamento em um prédio meia...