Três: Porto Seguro
Yeosang ainda não proderia acreditar no que ouvira.
Todas aquelas palavras martelavam sua cabeça, se encontrava confuso, e de certa maneira tenso.
O corpo ainda agarrado ao peito caloroso de Seonghwa, o choro já havia parado e parando para analisar, sentiu o coração do mais velho acelerado por estar com a cabeça próxima do local.
Pela primeira vez em anos se sentiu seguro. Ele era o seu porto seguro. Um garoto que nem mesmo sabia o nome.
– Está melhor? – foi tirado de seus pensamentos e foi afastado sentindo as grandes mãos segurarem o seu rosto recém molhado pelas lágrimas. – Seonghwa. – disse e o mais novo franziu as sombrancelhas confuso. – Meu nome é Seonghwa.
– O meu é Yeosang...
– Eu sei.
– Preciso ir antes que a aula comece.– se esquivou do toque do moreno levantando da arquibancada
– Me passe o seu celular. – estendeu a mão.
– Vai me roubar? – arregalou os olhinhos arrancando uma risada do mais velho.
– Não é isso seu bobo. Vou adicionar minhas rede sociais. – mesmo confuso passou o aparelho para o outro que não tardou a devolver.
– Agora me prometa que quando precisar irá me proucurar. Quando estiver com raiva, triste, nervoso, ansioso, quero que me conte, promete? – recebeu um aceno positivo com a cabeça e desviou o olhar para o lado. – Quero que prometa Yeosang. – segurou seu queixo o fazendo olhá-lo. – Pode me alcançar fácil sempre que quiser, me mande uma mensagem, DM, tweet, kakao ou FaceTime.
– Ta bem, eu prometo. – finalmente rendeu-se ao pedido.
– Te levo até sua sala. – levantou descendo a arquibancada.
Aquilo deixava o acastanhado tão confuso. Nunca pensou que alguém se desponibilizaria à fazer algo por si e agora um completo estranho estava fazendo aquilo.
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– Não acredito que finalmente falou com ele. – San arregalou o olhos após o que o amigo lhe contou.
– Mas o que ele disse? – dessa vez a pergunta veio de Yunho.
– Ele disse que falaria comigo sempre que precisasse. – sorriu bobo.
Era tão bom saber que aos poucos o garoto confiava em si, se sentia sortudo por não ter que passar o que pensou que passaria para conseguir se aproximar.
Devia confessar que imaginou que o acastanhado fosse muito fechado, mas pelo contrário, é bem aberto, e entregue as pessoas o que pode ser uma presa fácil para a mágoa e talvez parte da explicação do por quê de ser daquela maneira.
– Fico feliz que estejam se dando bem. – Hongjoong foi sincero.
– Podemos por favor não falar sobre ele? – Wooyoung que até agora estava calado resolveu se pronunciar. Porém assim que dito, Yeosang passou pela porta do refeitório. – Ta vendo?! Agora o Seong não vai mais conversar com a gente e apenas ficar olhando pra lá. – cruzou os braços fechando a cara.
– Qual é o seu problema com o pobre do Yeosang? Ele só ta vivendo a vida dele, por que não deixa ele em paz? – Mingi irritou-se.
– É disso que to falando, ele ta vivo, então parem de falar dele como se estivesse morrendo.
– Ele ta morto... – o azulado falou repentinamente recebendo todos os olhares daquela mesa. – ...por dentro. É como se estivesse morto. Ah sei lá, vi na minha aula de psicologia online. – deu de ombros voltando a comer suas uvas despreocupadamente.
Seonghwa bufou e levantou da mesa em um pulo, saindo de lá.
– Você magoou ele, Wooyoung. – recebeu um tapa na nuca vindo do Song.
– Mas dessa vez eu nem fiz nada!
O Park não estava magoado, nem irritado, e nem mesmo com raiva. Apenas sentia que precisava de um tempo longe dos amigos.
Wooyoung era misterioso demais, nunca falava de si, e sempre desviava quando o assunto era o Kang. Hongjoong falava coisas sem sentido e inventava desculpas mais sem sentido ainda dando de ombros e apenas mandava esquecer.
Não sabia se era uma boa idéia fazer aquilo que pretendia, assim mesmo se aproximou da mesa naquele canto um tanto sem iluminação.
– Posso me sentar aqui? – sorriu receoso assim que o olhar perdido e pesado foi direcionado a si.
Mesmo tendo bastante espaço, o acastanhado retirou a bolsa do banco e afastou-se dando lugar para o mais velho.
– Brigou com os amigos? – retirou os fones prestando atenção na resposta.
– Não brigamos, apenas preciso de um tempinho longe deles, ou vou acabar ficando maluco. Mas por que perguntou?
– Sou um bom ouvinte. – deu de ombros. – E também porque eu sou Kang Yeosang, o esquisitão, depressivo e ridículo que ninguém quer ficar perto.
– Quem lhe disse isso? – arqueou as sombrancelhas. – Você não é esquisito muito menos ridículo, e eu quero ficar perto de você. Você é uma pessoa maravilhosa, é lindo tanto por dentro, quanto por fora. Apesar dos olhinhos inchados, perdidos e tristes, você ainda é perfeito.
As palavras do Park o deixaram sem reação, nunca havia recebido tais elogios.
– De fato faz algum tempo que não consigo dormir direito. – abaixou a cabeça. – Tenho medo de eles voltarem. – sussurrou a última parte.
– Eles quem? – o moreno ficou curioso.
– Eu não quero falar sobre isso.
Assim o assunto se encerrou, e pelo resto do intervalo não se falaram mais, apenas comeram em silêncio.
O Kang tentou evitar esbarrar com o garoto pelos corredores da escola durante o dia inteiro, sentia que falara muito mais do que devia, e não queria dar satisfação alguma para ninguém.
Me perdoem pela demora, eu avisei lá pelo twitter que o wattpad apagou o capítulo que eu escrevi, então tive quue reescrever, e além disso dia oito foi meu aniversário, e só tive tempo de escrever, tudo novamente, hoje.
Gostaria de pedir que dessem uma olhadinha em uma oneshot seongsang que eu postei aqui no meu perfil.
Espero que estejam gostando, bjs e até o próximo capítulo.
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One Day at a Time (EM REVISÃO)
Fiksi PenggemarYeosang já não se importava com suas notas, nem com sua vida, não se importava com mais nada, tudo que ele queria era acabar com todo seu sofrimento, mas por outro lado, Seonghwa se importava, e faria de tudo pelo garoto no qual apenas havia observa...