Epilogue

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Algum tempo havia se passado desde aquela conversa, a mulher já havia sido julgada como culpada pelo assassinato dos pais de Yeosang, assim como agressão — tanto física quanto verbal — contra o próprio.

Assim tinha passado todo esse tempo na casa dos Park's. Se sentia sortudo em ter pessoas que cuidassem de si, lembrava da época em que estava com os pais, mas não de uma forma ruim. Lembrava e queria chorar por estar feliz novamente, nem tudo estava em seu devido lugar, mas logo ficaria.

Era seu aniversário, o dia em que completaria dezoito e poderia finalmente pegar toda a grana e a casa dos pais, já não precisaria dar mais trabalho para os pais de Seonghwa e os pagaria por tudo que havia lhes feito gastar consigo.

— Que lugar maravilhoso! — o moreno comentou adentrando a sala.

Escutou um fungar e assim que olhou para o Kang, sentiu o coração doer ao vê-lo chorando. Lhe abraçou acariciando seus fios.

— Isso é tão estranho e tão bom. Eu 'tô em casa Seongie. — sorriu mesmo com lágrimas nos olhos. — Vamos dar uma olhada lá em cima. — o puxou pelas escadas.

— Vai trocar os móveis? — perguntou olhando algumas fotos que haviam na mesa de maquiagem intacta, dentro do quarto.

— Vou separar algumas roupas e doar, jogar as coisas vencidas como cremes, esmalte, maquiagens e pretendo ficar com o resto. — deu de ombros jogando algumas peças dentro de uma caixa e substituindo pelas suas.

— Tem coragem de ficar sozinho nessa casa gigante? — se aproximou lhe ajudando com o que fazia.

— Por enquanto será isso, mas talvez eu venda a casa e compre outra menor, ou apenas deixe ela aqui pra caso algum dia eu queira voltar, acho que não tenho coragem de me desfazer dela. — riu baixo.

Pararam de falar por alguns minutos, tempo esse que Seonghwa usou para olhar para o garoto concentrado à sua frente. A cada dia que passava se sentia ainda mais apaixonado pelo cara frágil, mas que lhe parecia tão forte e determinado agora.

Talvez ele não fosse uma porcelana que se quebra tão facilmente.

— O Hongjoong mandou avisar que o Jongho chamou a gente 'pra ir em um restaurante chique do pai dele, todo mundo vai, o que acha?

— É uma ótima ideia. — sorriu.

***

— Você 'tá tão lindo! — gritou com os olhos lacrimejando.

— Por que você 'tá chorando, Wooy? — se abraçaram.

— Eu já senti vontade de fazer isso desde que coloquei meus pés no portão dessa casa, tanta coisa se passou na minha cabeça e eu me senti horrível de novo, agora eu 'tô te olhando e pensando no quanto eu tenho sorte em te ter. — secou seu rosto.

Durante a tarde o Jung havia levado seu melhor amigo ao cabelereiro. O que era para ser apenas uma hidratação, terminou com o cabelo em um tom de marrom amarelado, não ficou ruim, mas era diferente. Agora estavam escolhendo as roupas que ele usaria à  noite.

— Você também tem que se arrumar, vai 'pra casa que eu me viro, daqui à pouco o Seong hyung vem me buscar.

— Ai que saco, vocês são uns amores! — comentou com uma voz exageradamente manhosa.

A noite havia caído, todos estavam na mesa no terraço daquele prédio enorme do restaurante, a área estava privada apenas para Jongho e os seus novos amigos.

One Day at a Time (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora