Lorys acordou assustada, teve pesadelos, demorou alguns segundos para se lembrar aonde estava, aos poucos foi se recordando porque estava ali, lágrimas rolaram pelas suas faces, sentiu tanta angustia e pena de Daiane, pensou que deveria continuar a ajudar aquela moça doente. No quarto não muito longe dali, a paciente escoltada pela Polícia Militar, dormiu pouco com sobressaltos, a todo momento sentia a dor no braço dilacerado e em sua mente os acontecimentos se repetiam, revivia tudo aquilo, sabia que sua vida tinha acabado, seria presa, não ia aguentar viver enclausurada, sentia muita raiva de si, se perguntava porque insistia naquele relacionamento com Cris, respondia a si no mesmo instante, a amava, mas tinha convicção de que não era correspondida. Tinha que agradecer a ex, a tal amiga, a tia e sua tia Mercedes, por terem transferido para aquele Hospital de bacana e ter toda assistência. Quando finalmente dormiu um pouco acordou assustada, coração acelerado, trêmula, ficou quieta na cama, mas não lembrava do sonho. A médica que cuidava de Lorys e Daiane chegou, olhou a evolução das moças, deu alta para Lorys e manteve a outra moça porque estava com necrose no local dos ferimentos. Andréia e Cris souberam da alta e foram buscar Lorys, estava muito pálida, mas sorrindo quando as duas entraram no quarto, levaram roupas limpas, teve que sair na cadeira de rodas, por se sentir fraca. Chamou Cris e pediu que a levasse pra ver Daiane, a amiga se recusou, mas não teve jeito, Lorys disse que queria falar com a moça que quase tirou sua vida. Entrou no quarto sozinha, Daiane estava de olhos fechados, sentiu a presença de alguém, pensou que fosse uma das enfermeiras, seu braço estava dormente, sabia que aquilo não era bom. Quando ouviu seu nome ser dito se assustou ao ver que era Lorys, fechou os olhos e as lágrimas correram em suas faces, uma mão tocou na sua, ela a puxou, não acreditava no que estava acontecendo, aquela mulher ali, iria xinga-la, falar sobre o que ela tinha feito. Lorys estava orando para seus orixás, pedindo por aquela pessoa que se encontrava perdida, Daiane sentiu uma paz tomar conta de seu coração e sua alma estava mais leve. Com carinho a moça na sua frente, começou a falar que tinha perdoado o que havia feito a ela e a Cris, Daiane chorava, mas sentia paz, a voz suave da moça lhe acalmava, Lorys finalizou dizendo que iria ajuda-la no que pudesse, ajudaria os pais e a tia dela também, a acamada agradeceu e pediu perdão, um sorriso foi o presente da moça, em seguida saiu deixando Daiane com seus pensamentos. A maquina dos batimentos cardíacos começou a apitar, uma enfermeira entrou, verificou a temperatura que estava 38,9 C, ministrou medicação, os batimentos foram voltando ao ritmo normal. Cris levou Lorys até o carro, que havia buscado no estacionamento do predio onde morava, ao sair a moça na cadeira de rodas puxou o ar com força e demoradamente, deu um beijo na mão da amiga que empurrava a cadeira e recebeu outro no topo da cabeça. Se olharam, seus olhos brilharam, Andreia olhava aquela cena e ficou feliz pela sobrinha estar novamente gostando de alguém. Chegaram em casa, Lorys andando devagar foi direto para o banheiro tomar banho, queria tirar o cheiro do hospital, olhou os curativos, tirou as ataduras para tomar banho, Andreia bateu na porta, perguntou se precisava de ajuda, respondeu que naquele momento não, só depois para fazer curativos. A tia ficou no quarto esperando e falando com ela, Lorys falou que foi ao quarto de Daiane, comentou que sentiu pena da moça doente, Andreia falou que o advogado estava fazendo o possível para ela não ser condenada, mas acreditava que não conseguiria mudar a situação, pois era grave o que a moça tinha feito. Ja haviam conseguido uma clinica para tratar do vicio, mas a condenação era quase certa, porém achava que pegaria a pena mínima. Após o banho Lorys foi ajudada pela tia, que se assustou com os cortes no corpo da sobrinha, segurou as lágrimas, desceram para almoçar, Cris estava com Marcia na cozinha, sorriu ao ver sua amada, a abraçou e levou até a cadeira, todas comeram e falavam animadas. Cris chamou a amiga para passar o próximo final de semana na casa da praia, ela falou que adoraria, porém precisava saber se a médica a liberaria para a viagem. Ao acabarem o almoço Andreia, Lorys e Cris foram expulsas da cozinha por Márcia, sentaram na sala, a dona da casa falou pra Cris que poderia ficar ali o tempo que quisesse, ela agradeceu, mas ficaria só até alugar outro apartamento, não conseguiria viver mais naquele imovel, ja tinha faladona Imobiliaria e lhe asseguram que em dois dias teriam um apartamento para ela, contrataria uma empresa para fazer a mudança, evitaria ao maximo voltar lá. Pediu licença no trabalho, adiantaram suas ferias que só venceria em dois meses. Lorys estava cansada e disse que ia se deitar um pouco, chamou a amiga para lhe fazer companhia, subiram para o quarto dela. Lá Cris se deitou com ela e ficaram abraçadas, Lorys logo dormiu, efeito da medicação que estava tomando, a moça ficou ali olhando, beijando e fazendo carinhos em sua amada. Decidiu que no final de semana conversaria com Lorys sobre seus sentimentos torcia para que fosse correspondida. A moça dormindo a abraçou Cris se rendeu ao sono e dormiu tambem.
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Prazer Indescritível
RomanceLorys era uma mulher de 25 anos, recatada, se sentia diferente das pessoas de sua idade, não tinha vontade de se relacionar sério com ninguem. Porém quando saia se transformava num vulcão de prazer e realizava as fantasias de muitas mulheres. Mas el...