Sweet Hell

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Anne
Too hot to cry — Nessa Barret
"I've gotten used to Hell, and now I can the hottest flames are blue. Like me and you".

" — Ann, precisamos ir — Diana segura minha mão, mas não me movo.

Meus olhos estavam cobertos por lágrimas que nunca foram derramadas. Não seria possível descrever o quão terrível aquele espetáculo era.

— Anne, a polícia está chegando, por favor — Winnie pegou minha mão e eu entendi.

O castelo de cartas havia desmoronado."

Meu corpo todo ferveu depois que o despertador tocou. Minha consciência se abriu antes mesmo dos meus olhos. Foi um pesadelo, repito pela décima vez após me sentar na cama.
Preciso aprender a lição, não adianta jogar tudo para o alto se sou eu quem juntará tudo no final.

Caralho que ressaca de merda — murmuro alguns palavrões e esfrego os olhos por conta da claridade. Levanto aos tropeços, sentindo o mundo girar. Agradeço a Deus por Bertha não estar em casa, ela ficaria puta se visse o meu quarto. Pilhas de roupas sujas estavam dispostas ao redor da minha cama.

"Como pode! Uma dama viver nesse lixão" — ela falaria.

Em meio à bagunça, procuro meu celular. Dado o tamanho do meu quarto, é mais fácil encontrar uma agulha no palheiro.
Quando peguei o aparelho, suspiro satisfeita por ainda estar funcionando. As várias notificações e chamadas perdidas me deixam tonta. O chat que Ruby criou e apelidou de "amigos para sempre" tinha trezentas e cinquenta mensagens. Bom saber que eles estão vivos. Leio as últimas.

"Amigos para sempre💝"

*Áudio Winnie*
"Bom dia desempregados."

Cole
"Está na hora de mudar o nome do grupo."

Diana
"Prisioneiros para sempre?".

— Como se ela trabalhasse — penso alto. Larguei meu celular na cama e fui ao banheiro. Um banho seria ideal para eliminar o cheiro de álcool. A banheira de repente se tornou muito atrativa.

Tento assimilar minha imagem no espelho enquanto o banho não está pronto. As olheiras, em contraste com meu rosto magro, mostravam as noites mal dormidas. Posso cobrar 200 dólares para assustar uma casa com dois andares.

Senhorita Shirley? — alguém grita e eu acordo com a banheira quase cheia.

— Se eu continuar me olhando dessa maneira, terminarei como Narciso — um sorriso irônico surge nos meus lábios pálidos.

— Senhorita Shirley? — duas batidas na porta fazem questão de lembrar que não estou sozinha.

Merda, merda, merda — tiro a roupa e entro na banheira com rapidez. Não é necessário que nenhum passarinho conte para a mamãe o que sua adorável filha está fazendo em sua ausência.

— Entra! — anuncio com falsa tranquilidade. O que a vaca queria agora? Rezo para que o cheiro dos sais de banho sobreponha o de tequila.

— Sinto muito pela interrupção, sua mãe ligou informando que adiou sua viagem para Los Angeles Margot, a assistente de Bertha, pronuncia como um robô.

— Não consigo acreditar, é uma pena — afronto, sem expressão. Meu dia acaba de melhorar.

— Quando estiver devidamente vestida, iremos discutir sobre o retorno de sua agenda e...

Lar de rosas e espinhos - ShirbertOnde histórias criam vida. Descubra agora