A chegada.
Que momento glorioso, meu grande ato chegou, estou em êxtase contando isso para vocês. Na manhã desse dia maravilhoso, como de costume Poppy treinava seus gatos em sua sala, para eles tudo estava normal, porém eu estava roendo as unhas de ansiedade.
A jovem foi afastada de seus afazeres quando seu alerta soou, no que eu chamo de interfone.
Ela apertou o botão e se inclinou para o aparelho.
— Eu odeio esse barulho — avisou entediada.
— Poppy ! — Era o insuportável de Danton.
— Sim? — respondeu, infelizmente, sorrindo — Problema?
— Aira!
— Estou subindo — Ela se virou para seus gatos — Batgirl deixa o Robin em paz! — ordenou — Todos para casinha — Todos começaram a miar e obedecer seu comando — Sr. Alfred e Capitão James Gordon, cuidem de todos. — finalizou saindo da sala.
Poucos segundos depois ela estava na sala de Aira, ou melhor, no terraço. O lugar era cheio de plantas e flores, todos estavam ali reunidos, assim que ela se aproximou viu Aira encarando um vaso com uma planta que parecia um tempero e estava morta.
— É um enterro? — perguntou a Wayne ganhando o riso do irmão e de Zinda, mas a reprovação de Aira e Arthur.
Danton se aproximou e colocou as mãos no ombro dela, que bom que ia acabar com isso. — Aira, explique para Poppy.
Aira estava de joelhos e com as mãos e o rosto apoiado na mesa de metal, ela limpou a garganta e acariciou a planta.
— Isso é arruda — começou ainda tocando naquela coisa morta e já apodrecendo. — Ela absorve as energias negativas, a maldade do ambiente, sente tudo isso e nos protege. Ela está morta. — Poppy continuou sem entender o significado de tudo aquilo — Algo muito ruim está se aproximando, eu sinto.
Todos ficaram em silêncio. Mal sabiam que a planta estava certa.
— Então...— Zinda começou levemente receosa — Vamos entrar em pânico por causa de uma planta?
— Não é uma... — Aira afirmou se levantando, ela e Arthur se afastaram e revelaram uma grande parede com diversas plantas mortas. — São dezenas.
Eles poderiam tentar se proteger, mas era tarde.
Din Don!
Eu cheguei.
Todos se olharam sem entender e um pouco confusos, não era comum eles ouvirem a campainha tocar.
— Por que temos campainha? — Connor perguntou — E por que toca no terraço? — insistiu erguendo os braços.
Poppy riu. Minha maravilhosa e adorável amada.
Todos desceram e foram para sala de comando.
Estou tão emotivo.
Eles ligaram as câmeras e viram Ziva Quinzel e, rufem os tambores e estendam o tapete vermelho... Eu, Lamark
— É a Ziva Quinzel? — indagou Poppy apertando os olhos.
— Quem é o cara? — Connor questionou levemente enciumado.
Não se preocupe meu companheiro, meu foco é sua gêmea, Ziva Quinzel é apenas minha escada até vocês.
— Vamos abrir? — Zinda quis saber, sem transmitir muito a intensidade que sentia.
— Sim.— Connor.
— Não. — Danton respondeu no mesmo momento e ganhou um olhar de desaprovação do outro. — Não — insistiu devolvendo o olhar. — Ela estava sumida, como vamos saber que é ela mesmo? E quem diabos é esse outro?
E como se pudéssemos ouvir a conversa, não, espera... Podemos ouvir, enfim... Ziva Quinzel olhou para câmera e fingiu se enforcar e mostrou o dedo, como sempre fazia.
— Bom... — começou Poppy, Danton olhou para ela, que ignorou e apontou pra tela pronta para argumentar a favor, mas algo chamou sua atenção — Onde está Connor?
Todos olharam em volta e o viram na tela indo para entrada, correram para tentar impedir, mas já era tarde, todos trombamos na sala de estar, onde desembarcamos do elevador. Não sei com me controlei, Poppy estva bem na frente, sentia seu cheiro cítrico e encarava seus olhos tão azuis como o céu, fiquei um pouco abobalhado por um momento, mas a possessão de Connor me trouxe de volta.
— Onde estava? — indagou para Ziva Quinzel — Quem é ele?
— Mil perdões... — digo, fingindo embaraço — Sou Lamark, sou o filho da Caçadora... — fiz uma pausa dramática, tentando conquistá-los.— Não sou um vilão, desejo me tornar um herói e sei que vocês podem me ajudar— não tive retorno, público difícil — Me desculpem por invadir, mas Ziva Quinzel me disse que não teria problema.
Todos me encaravam desconfiados, mas não me importava, apenas foca nela, queria a ter conhecido ela de verdade e não apenas como um robô hipnotizado. Essa era minha intenção, pelo menos alguns dias estar com eles de um jeito normal, mas meus planos foram por água abaixo.
— Ziva? — chamou Connor, ele se aproximou dela e percebeu sua expressão vazia e olhar perdido, como já disse estava me acostumando com meus poderes e peguei pesado com ela — Baby? — insistiu a tocando, então percebeu e deduziu o óbvio, se virou para mim e me puxou pela gola da minha blusa — O QUE FEZ COM ELA? — gritou.
Tive que me manter no personagem, mas só queria rir. — O que? Eu...eu...não fiz nada!
— Connor, calma! — pediu Poppy o puxando, minha doce Poppy. — Vamos descobrir quem ele é, okay? — afirmou, de maneira ameaçadora se virou para mim.
Consegui ver um boomerang entre os dedos de Connor, Zinda com duas facas verdes brilhantes em suas mãos e todos me encarando com raiva, infelizmente tinha que agir.
Soltei um longo e triste suspiro — É uma pena, queria te conhecer melhor — admito para Poppy.
— O que?
Clap ! Clap !
Duas palmas e seis novos robozinhos.
Notas finais
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Herança
Science FictionSinopse: A pressão de ser alguém muito além do que um humano comum, só aumenta quando seus pais são eles. A liga da justiça deixou um legado para sempre, não apenas na sociedade e com seus atos, eles deixaram seus filhos, prontos para assumirem seus...